Rebecca Acordei, sentindo dor no ombro e pescoço, estava em uma posição estranha que me deixou com torcicolo, me sentei no chão massageando o pescoço tentando aliviar a dor. Pelo visto me jogaram aqui de qualquer jeito. Já conheço esse lugar, pois já estive aqui, é a masmorra da casa Lunar. O lugar era mal iluminado, apenas uma lâmpada pendia sozinha no corredor para iluminar várias celas. Eu não sabia as horas, nem se era dia ou noite. E só me restava esperar que alguém viesse. Levantei andando de um lado para o outro na cela, dessa vez sem algemas nas mãos e nos pés. Pensava nas atitudes de Marlon, ele estava com raiva de mim, podia sentir, e não o culpo. Mas se aliar a Caleb para me sequestrar já estava passando dos limites. Enquanto pensava escutei os passos de alguém vindo pelo corredor, parei esperando meu visitante aparecer, era Caleb: - Seja bem vinda a nossa alcatéia! - Ele disse em tom debochado. - Soube que você concordou em vir, é verdade? O analisei de cima a baix
Luan Na quarta-feira, Rebecca não apareceu na escola, mandei mensagem para ela, liguei várias vezes e não consegui contatá-la. À tarde fui trabalhar na prefeitura e encontrei John, ele me perguntou se Rebecca havia dormido em minha casa e foi então que nos demos conta que ela estava desaparecida. Tentei entrar em contato pelo link mental, mas estava fora do meu alcance. Procurei em todos os lugares, fui até a beira do rio ver se ela estava lá e nada. Sem rastro. Cheguei a conclusão que ela havia sido levada pelos Guerreiros da noite, pela forma como ela agiu na segunda-feira quando viu Marlon entre eles. - Droga! - Dei um soco no volante do carro. Não deveria ter deixado ela sozinha, ela tinha dito que deveria fazer alguma coisa. - O que você fez, Rebecca? - Gritei sozinho de novo no carro. Voltei à prefeitura, já era tarde e só o meu pai ainda estava lá. Entrei na sala dele sem pedir licença. - Rebecca sumiu! Você não vai colocar nossos soldados para procurá-la? - Pergun
Rebecca Horas e horas passavam e o tédio crescia dentro de mim, ficar em uma cela sem ter nada para fazer, sem conversar com ninguém, sem celular, sem televisão, sem poder correr. Somente a mente pensando mil coisas ao mesmo tempo, e sem conseguir chegar a nenhuma conclusão, era uma tortura. Finalmente Caleb decidiu dar a honra de sua presença, vindo me ver. - Boa noite, princesa! Como você está? Sempre com seu humor debochado, pensei. O encarei esperando que ele fosse direto ao assunto que o trouxe. - Hora, hora vejo que está de mau humor! - Ele riu. - Está decidida então a colaborar? Ele ergueu uma sobrancelha. - Sim. - Respondi. - Agora me tire daqui. - Calma aí, as coisas não são desse jeito. Vamos fazer uma festa e te apresentar para alcatéia. Aí sim você vai tomar o seu posto. - E quando vai ser isso? - Perguntei, ansiosa. Já estava de saco cheio de ficar na masmorra. - Em breve. - Ele respondeu e já ia saindo, até que voltou. - O que você queria em troca mesm
Marlon Rebecca me surpreendeu vindo ao meu quarto. Ela havia me dito que poderia sair a qualquer momento, mas eu não levei a sério. Então quando ela apareceu aqui fiquei um pouco atônito. Ela se divertiu com a minha expressão de assustado, me deu um beijinho no rosto e ainda tocou em meus cabelos, e eu custei a reagir, inebriado com seu cheiro, com a sua presença e com o seu poder de fazer qualquer coisa comigo. Precisei reunir todas as minhas forças para lutar contra esse sentimento, afinal eu não a conheço, não sei nada sobre ela, enquanto ela parece saber tudo sobre mim. Ela brincava com as mechas do meu cabelo, e eu lutava contra o que sentia, até que deixei mágoa transbordar pelo meu peito. Com a voz baixa pedi que ela se retirasse do meu quarto. No fundo eu só queria que ela insistisse em ficar, mas ela simplesmente saiu. Chegou o dia da cerimônia de apresentação de Rebecca para a alcatéia Guerreiros da noite. Quando entrei no salão, todos estavam ansiosos para vê-la. E em t
Rebecca Marlon queria uma resposta e eu devia isso a ele, mas sabendo o quanto ele é teimoso, temo que se eu contar, ele saia daqui querendo desafiar Caleb para um duelo. Durante toda a noite senti pelo vínculo o quão enciumado ele estava com a proximidade de Caleb comigo, este por sua vez percebeu e passou o resto da noite tentando provocar Marlon ainda mais. Me aproximei dele e ele me abraçou sem resistência, pela primeira vez. Seu cheiro me inebriou e me senti instantâneamente atraída por ele, passei os braços pelo seu pescoço inalando suavemente o seu cheiro delicioso, só queria que o tempo parasse para ficar assim para sempre. - Marlon... - Balbuciei sem querer responder. - Eu não tenho uma resposta para te dar agora, apenas saiba que fiz tentando proteger você. E quando eu puder vou esclarecer tudo. Apenas confie em mim e espere. Senti seu seus músculos se tencionarem, e ele recuou saindo do meu abraço. - É só isso? Devo esperar... essa é a sua resposta? Ele pergu
Luan Faz uma semana desde que Rebecca sumiu, e hoje é o dia da minha cerimônia de posse, e também o meu noivado com Raíssa. Quando entrei o salão já estava lotado, sorri e entrei parando ao lado de meu pai, embaixo da clarabóia no centro do salão. Logo Raíssa, que usava um vestido bordô longo, entrou chamando a atenção de todos, acompanhada de seu pai. Não consegui tirar os olhos dela, era como se ela tivesse se tornado a loba mais bonita da nossa alcatéia do dia para noite. Droga de elo de companheiro! Pensei. Eles pararam em nossa frente e então meu pai começou a cerimônia: - Luan, meu filho, hoje é um dia histórico para nossa alcatéia. Você assume o papel de Alfa, liderando nossa comunidade com sabedoria e coragem. E, ao mesmo tempo, você se compromete com Raíssa, que trará alegria e força para nossa família. Quero que você lembre que ser Alfa não é apenas um título, é uma responsabilidade. É proteger nossa alcatéia, defender nossos interesses e garantir a prosperidade de no
Rebecca Dois meses se passaram, Caleb intensificou o treino dos soldados, e muitas vezes tenho que participar para curar os que se machucam gravemente. A impressão que tenho é que ele se prepara para uma guerra. Ele tem se tornado cada vez mais agressivo. A única coisa boa que vejo é a visível evolução de Marlon em combate e fisicamente. Nosso contato, apesar de morarmos na mesma casa, tem sido pouco. Conversando apenas formalmente na frente dos outros. Também tenho conversado com Luan, que parece estar fazendo o mesmo com os soldados da Lua Crescente. Estávamos tomando café da manhã quando ouvimos as sirenes tocarem, Caleb se levantou imediatamente entrando em contato mental com os soldados da torre. - O que está acontecendo? - Perguntou Marlon. - Estamos sendo atacados! - Caleb respondeu. Para o lado norte! - Ele gritou para Marlon e Colin enquanto pegavam as suas armas e saiam da casa apressados. - Vamos para um lugar seguro! - Disse Suzane, mulher de Colin. Para mi
Senti minhas pernas fraquejarem e quase caí, se não fosse uma senhora me segurar. - Sente-se. - Ela disse de forma gentil me levando até uma cadeira. - Vi que você está trabalhando desde cedo sem comer nada. Vou pegar algo para você. Foi então que percebi, já era tarde e minha última refeição havia sido no café da manhã. Sem falar que havia gasto toda minha energia para curar e agora me senti esgotada física e emocionalmente. Ela voltou me trazendo um sanduíche e um copo de suco. Que engoli rapidamente agradecendo. Assim que me viu sentada, Marlon se aproximou. - Você está bem? - Ele perguntou, e pude perceber a preocupação em seus olhos. - Preciso descansar um pouco. - Falei, mas a verdade é que precisava de horas de sono para me recuperar. Ele me levou até um colchão que havia improvisado no chão e me deitei, apagando quase imediatamente. Quando acordei o sol já brilhava e senti minhas forças renovadas. O pessoal já estava mais calmo no abrigo. Me levantei indo a