Rebecca Dois meses se passaram, Caleb intensificou o treino dos soldados, e muitas vezes tenho que participar para curar os que se machucam gravemente. A impressão que tenho é que ele se prepara para uma guerra. Ele tem se tornado cada vez mais agressivo. A única coisa boa que vejo é a visível evolução de Marlon em combate e fisicamente. Nosso contato, apesar de morarmos na mesma casa, tem sido pouco. Conversando apenas formalmente na frente dos outros. Também tenho conversado com Luan, que parece estar fazendo o mesmo com os soldados da Lua Crescente. Estávamos tomando café da manhã quando ouvimos as sirenes tocarem, Caleb se levantou imediatamente entrando em contato mental com os soldados da torre. - O que está acontecendo? - Perguntou Marlon. - Estamos sendo atacados! - Caleb respondeu. Para o lado norte! - Ele gritou para Marlon e Colin enquanto pegavam as suas armas e saiam da casa apressados. - Vamos para um lugar seguro! - Disse Suzane, mulher de Colin. Para mi
Senti minhas pernas fraquejarem e quase caí, se não fosse uma senhora me segurar. - Sente-se. - Ela disse de forma gentil me levando até uma cadeira. - Vi que você está trabalhando desde cedo sem comer nada. Vou pegar algo para você. Foi então que percebi, já era tarde e minha última refeição havia sido no café da manhã. Sem falar que havia gasto toda minha energia para curar e agora me senti esgotada física e emocionalmente. Ela voltou me trazendo um sanduíche e um copo de suco. Que engoli rapidamente agradecendo. Assim que me viu sentada, Marlon se aproximou. - Você está bem? - Ele perguntou, e pude perceber a preocupação em seus olhos. - Preciso descansar um pouco. - Falei, mas a verdade é que precisava de horas de sono para me recuperar. Ele me levou até um colchão que havia improvisado no chão e me deitei, apagando quase imediatamente. Quando acordei o sol já brilhava e senti minhas forças renovadas. O pessoal já estava mais calmo no abrigo. Me levantei indo a
Luan John me falou que Rebecca estava vindo, e me senti ansioso para vê-la. Ele não me disse qual era o assunto nem soube me responder quando perguntei se ela viria para ficar. Deixei autorizada a entrada dela na portaria, já eram quase quatro horas quando ouvi passos no corredor, só pelo barulho ritmado dos seus saltos, sabia que ela. Ela chegou batendo de leve na porta e me levantei para abraçá-la. Ela estava deslumbrante em um macacão social preto. A abracei inalando suavemente seu perfume, como era bom vê-la depois de tanto tempo. Pelo que me lembro sempre estivemos juntos. - Minha alcatéia foi atacada e vim pedir a sua ajuda. - Ela disse e isso me deixou atônito. - Sua alcatéia? - Perguntei levantando levemente uma das sobrancelhas enquanto me sentava de volta à minha cadeira e ofereci a ela outra. Ela riu, da minha surpresa. - Bem, você já sabia que eu não pertenço a Lua Crescente, mas então descobri que meu pai foi o alfa da Guerreiros da noite e isso me torna a
Rebecca Passei a noite na casa dos meus pais, contei toda a verdade para eles ontem. Meu pai não consegue acreditar e diz que vai investigar, já minha mãe teve uma crise de ansiedade e não conseguia parar de chorar. Toda a situação foi tensa, mas queria voltar o mais rápido possível para alcatéia. Consegui vir sozinha, alegando a Marlon que ele precisava cuidar do andamento das obras enquanto eu estava fora. Perdemos muitos soldados durante a luta, o que fazia ter um trabalho enorme de reconhecimento e sepultamento de cada um. Também havia o medo constante de sermos atacados por alguma outra alcatéia que poderia aproveitar nosso momento de vulnerabilidade. Ainda não sabemos o real motivo do ataque da alcatéia Lua Sangrenta a nossa. Tomei o café da manhã com meus pais e aproveitei para fazer uma mala com as minhas coisas para levar de mudança. Depois de todas as despedidas e mais choro da minha mãe. Me dirigi à prefeitura. Hoje vou falar com Luan aconteça o que acontecer. Nem que
Marlon Todo sentimento que eu estava reprimindo durante esses últimos dois meses estava vindo à tona, me sentia completamente envergonhado, magoado, traído, enciumado e com raiva. Mas ainda lutei ao máximo para não me transformar dentro do carro, Dom queria tomar o controle à força. Rebecca freou o carro bruscamente e pareceu assustada com a minha reação. E lhe perguntei se ela sabia como eu me sentia. Porque para mim Rebecca parecia se preocupar com todas as pessoas, tanto da nossa alcatéia, quanto da alcatéia em que ela cresceu. Ela ia realmente até seu limite para ajudar as pessoas, e eu não tinha dúvidas que ela era uma pessoa boa e uma líder nata, mas para mim era diferente. A impressão era que eu sempre estava em segundo plano, todos tinham mais valor para ela do que eu, e eu me perguntava se realmente éramos destinados. Ela não me respondeu nada e continuei a tentar controlar Dom. - Somos mesmo companheiros destinados ou você, me marcou somente para brincar comigo? Perg
Rebecca A reunião foi um pouco tensa, assim que apresentei a proposta de aliança com a Lua Crescente. Alguns membros não concordaram, alegando que isso comprometeria a linhagem pura da nossa alcatéia. - Senhores, entendemos as preocupações em relação à nossa linhagem, mas é importante lembrar que estamos em uma situação de vulnerabilidade. - Expliquei. - Perdemos muitos soldados e precisamos de ajuda urgente. A Lua Crescente ofereceu mão de obra qualificada e soldados para nos ajudar. - Mas qual é o custo dessa ajuda? - Perguntou um dos membros. - A Lua Crescente não está pedindo nada em troca, apenas será feita uma aliança entre nossas alcatéias. - Respondi. - E, como parte dessa aliança, será realizada uma festa para celebrar o acordo. - Isso é um erro. - Disse outro membro. - Estamos abrindo as portas para uniões entre lobos de nossa alcatéia e os da Lua Crescente. - Exatamente. - Concordei. - Durante anos, nossos lobos têm sofrido com a falta de seus parceiros destina
Luan Desde que Rebecca saiu daqui, minha cabeça estava explodindo. Eu fiquei realmente surpreso e me senti traído quando vi o companheiro dela com aquela marca no pescoço. Além de tudo parece que Rebecca foi tão possessiva no momento de o marcar, que fez isso em um lugar que seria visto por todos. Senti ciúme e também inveja, não porque queria que Rebecca fosse minha, meus sentimentos por ela haviam mudado muito desde que descobri minha companheira destinada. Mas porque eu queria poder ter uma companheira na qual eu tivesse tanto orgulho como ela tinha do seu companheiro. Isso me fez sentir raiva por ter uma companheira fútil, vulgar e egoísta. Assim que cheguei em casa as coisas estavam ainda piores, meu pai estava quase totalmente transformado tamanho era sua raiva por mim. Minha mãe veio em minha direção: - Seu pai quer te matar! - Ela disse, nervosa. Com uma falsa calma me dirigi até o bar enchendo meu copo com whisky e me sentando lentamente de frente para o meu pai,
Rebecca Acordei com Marlon ao meu lado, me sentindo renovada e feliz. Descemos juntos para o café da manhã, rindo e conversando animadamente. A cozinha estava iluminada pelo sol da manhã, e o aroma de café fresco enchia o ar. Suzane já estava lá, observando-nos com um olhar acusatório. - Então vocês são um casal? - Perguntou, sua voz carregada de desaprovação. Olhei para ela, sentando-me à mesa. - Sim, nós somos um casal. - Respondi, colocando a mão sobre a mão de Marlon. Ele me olhou de volta, sorrindo feliz. Suzane franziu a testa. -Então quer dizer que essa marca no pescoço dele, é sua? - Sim, é. - Respondi, firme. Ela se levantou, sua voz aumentando de tom. -A feiticeira da alcatéia não pode ser acasalada! Vocês estavam enganando meu filho Caleb! Ignorei sua indignação e perguntei: - Por falar no seu filho, onde estão Caleb e Colin? Ela deu de ombros, se encolhendo na cadeira. - Eu não sei. Minha expressão se tornou séria. - Por qual motivo nós