Marlon Rebecca me surpreendeu vindo ao meu quarto. Ela havia me dito que poderia sair a qualquer momento, mas eu não levei a sério. Então quando ela apareceu aqui fiquei um pouco atônito. Ela se divertiu com a minha expressão de assustado, me deu um beijinho no rosto e ainda tocou em meus cabelos, e eu custei a reagir, inebriado com seu cheiro, com a sua presença e com o seu poder de fazer qualquer coisa comigo. Precisei reunir todas as minhas forças para lutar contra esse sentimento, afinal eu não a conheço, não sei nada sobre ela, enquanto ela parece saber tudo sobre mim. Ela brincava com as mechas do meu cabelo, e eu lutava contra o que sentia, até que deixei mágoa transbordar pelo meu peito. Com a voz baixa pedi que ela se retirasse do meu quarto. No fundo eu só queria que ela insistisse em ficar, mas ela simplesmente saiu. Chegou o dia da cerimônia de apresentação de Rebecca para a alcatéia Guerreiros da noite. Quando entrei no salão, todos estavam ansiosos para vê-la. E em t
Rebecca Marlon queria uma resposta e eu devia isso a ele, mas sabendo o quanto ele é teimoso, temo que se eu contar, ele saia daqui querendo desafiar Caleb para um duelo. Durante toda a noite senti pelo vínculo o quão enciumado ele estava com a proximidade de Caleb comigo, este por sua vez percebeu e passou o resto da noite tentando provocar Marlon ainda mais. Me aproximei dele e ele me abraçou sem resistência, pela primeira vez. Seu cheiro me inebriou e me senti instantâneamente atraída por ele, passei os braços pelo seu pescoço inalando suavemente o seu cheiro delicioso, só queria que o tempo parasse para ficar assim para sempre. - Marlon... - Balbuciei sem querer responder. - Eu não tenho uma resposta para te dar agora, apenas saiba que fiz tentando proteger você. E quando eu puder vou esclarecer tudo. Apenas confie em mim e espere. Senti seu seus músculos se tencionarem, e ele recuou saindo do meu abraço. - É só isso? Devo esperar... essa é a sua resposta? Ele pergu
Luan Faz uma semana desde que Rebecca sumiu, e hoje é o dia da minha cerimônia de posse, e também o meu noivado com Raíssa. Quando entrei o salão já estava lotado, sorri e entrei parando ao lado de meu pai, embaixo da clarabóia no centro do salão. Logo Raíssa, que usava um vestido bordô longo, entrou chamando a atenção de todos, acompanhada de seu pai. Não consegui tirar os olhos dela, era como se ela tivesse se tornado a loba mais bonita da nossa alcatéia do dia para noite. Droga de elo de companheiro! Pensei. Eles pararam em nossa frente e então meu pai começou a cerimônia: - Luan, meu filho, hoje é um dia histórico para nossa alcatéia. Você assume o papel de Alfa, liderando nossa comunidade com sabedoria e coragem. E, ao mesmo tempo, você se compromete com Raíssa, que trará alegria e força para nossa família. Quero que você lembre que ser Alfa não é apenas um título, é uma responsabilidade. É proteger nossa alcatéia, defender nossos interesses e garantir a prosperidade de no
Rebecca Dois meses se passaram, Caleb intensificou o treino dos soldados, e muitas vezes tenho que participar para curar os que se machucam gravemente. A impressão que tenho é que ele se prepara para uma guerra. Ele tem se tornado cada vez mais agressivo. A única coisa boa que vejo é a visível evolução de Marlon em combate e fisicamente. Nosso contato, apesar de morarmos na mesma casa, tem sido pouco. Conversando apenas formalmente na frente dos outros. Também tenho conversado com Luan, que parece estar fazendo o mesmo com os soldados da Lua Crescente. Estávamos tomando café da manhã quando ouvimos as sirenes tocarem, Caleb se levantou imediatamente entrando em contato mental com os soldados da torre. - O que está acontecendo? - Perguntou Marlon. - Estamos sendo atacados! - Caleb respondeu. Para o lado norte! - Ele gritou para Marlon e Colin enquanto pegavam as suas armas e saiam da casa apressados. - Vamos para um lugar seguro! - Disse Suzane, mulher de Colin. Para mi
Senti minhas pernas fraquejarem e quase caí, se não fosse uma senhora me segurar. - Sente-se. - Ela disse de forma gentil me levando até uma cadeira. - Vi que você está trabalhando desde cedo sem comer nada. Vou pegar algo para você. Foi então que percebi, já era tarde e minha última refeição havia sido no café da manhã. Sem falar que havia gasto toda minha energia para curar e agora me senti esgotada física e emocionalmente. Ela voltou me trazendo um sanduíche e um copo de suco. Que engoli rapidamente agradecendo. Assim que me viu sentada, Marlon se aproximou. - Você está bem? - Ele perguntou, e pude perceber a preocupação em seus olhos. - Preciso descansar um pouco. - Falei, mas a verdade é que precisava de horas de sono para me recuperar. Ele me levou até um colchão que havia improvisado no chão e me deitei, apagando quase imediatamente. Quando acordei o sol já brilhava e senti minhas forças renovadas. O pessoal já estava mais calmo no abrigo. Me levantei indo a
Luan John me falou que Rebecca estava vindo, e me senti ansioso para vê-la. Ele não me disse qual era o assunto nem soube me responder quando perguntei se ela viria para ficar. Deixei autorizada a entrada dela na portaria, já eram quase quatro horas quando ouvi passos no corredor, só pelo barulho ritmado dos seus saltos, sabia que ela. Ela chegou batendo de leve na porta e me levantei para abraçá-la. Ela estava deslumbrante em um macacão social preto. A abracei inalando suavemente seu perfume, como era bom vê-la depois de tanto tempo. Pelo que me lembro sempre estivemos juntos. - Minha alcatéia foi atacada e vim pedir a sua ajuda. - Ela disse e isso me deixou atônito. - Sua alcatéia? - Perguntei levantando levemente uma das sobrancelhas enquanto me sentava de volta à minha cadeira e ofereci a ela outra. Ela riu, da minha surpresa. - Bem, você já sabia que eu não pertenço a Lua Crescente, mas então descobri que meu pai foi o alfa da Guerreiros da noite e isso me torna a
Rebecca Passei a noite na casa dos meus pais, contei toda a verdade para eles ontem. Meu pai não consegue acreditar e diz que vai investigar, já minha mãe teve uma crise de ansiedade e não conseguia parar de chorar. Toda a situação foi tensa, mas queria voltar o mais rápido possível para alcatéia. Consegui vir sozinha, alegando a Marlon que ele precisava cuidar do andamento das obras enquanto eu estava fora. Perdemos muitos soldados durante a luta, o que fazia ter um trabalho enorme de reconhecimento e sepultamento de cada um. Também havia o medo constante de sermos atacados por alguma outra alcatéia que poderia aproveitar nosso momento de vulnerabilidade. Ainda não sabemos o real motivo do ataque da alcatéia Lua Sangrenta a nossa. Tomei o café da manhã com meus pais e aproveitei para fazer uma mala com as minhas coisas para levar de mudança. Depois de todas as despedidas e mais choro da minha mãe. Me dirigi à prefeitura. Hoje vou falar com Luan aconteça o que acontecer. Nem que
Marlon Todo sentimento que eu estava reprimindo durante esses últimos dois meses estava vindo à tona, me sentia completamente envergonhado, magoado, traído, enciumado e com raiva. Mas ainda lutei ao máximo para não me transformar dentro do carro, Dom queria tomar o controle à força. Rebecca freou o carro bruscamente e pareceu assustada com a minha reação. E lhe perguntei se ela sabia como eu me sentia. Porque para mim Rebecca parecia se preocupar com todas as pessoas, tanto da nossa alcatéia, quanto da alcatéia em que ela cresceu. Ela ia realmente até seu limite para ajudar as pessoas, e eu não tinha dúvidas que ela era uma pessoa boa e uma líder nata, mas para mim era diferente. A impressão era que eu sempre estava em segundo plano, todos tinham mais valor para ela do que eu, e eu me perguntava se realmente éramos destinados. Ela não me respondeu nada e continuei a tentar controlar Dom. - Somos mesmo companheiros destinados ou você, me marcou somente para brincar comigo? Perg