Yaides— Enfim chegamos! — David disse quando paramos em frente a porta da minha casa. Parecíamos dois adolescentes nervosos e olhando um para o outro, esperando que um dos dois tomasse uma iniciativa. Respirei fundo e tomei coragem.— Quer beber alguma coisa? — Ele sorriu. Eu adorava ver esse sorriso e pensei por muitas e muitas vezes que não o veria mais, mas aqui está ele.— Eu adoraria!Ansiosa, eu abri a minha bolsa e pesquei a chave lá dentro, a levando a fechadura em seguida. A girei e a porta se abriu. Passei pela porta e o sininho balançou fazendo o seu reconhecido som, acendi as luzes e me virei para olhá-lo sentindo o meu coração saltar enlouquecido dentro do meu peito. David fechou a porta atrás de si e me tomou em seus braços imediatamente, me beijando ardentemente, e na ânsia desse gesto, deixei a minha bolsa cair no chão. Minhas mãos ávidas enlaçaram o seu pescoço e ele me apertou em seu abraço, colando os nossos corpos e andou comigo assim grudada a ele. Subimos as esc
Yaides— Ainda não acredito que você conseguiu fazer isso. — Maya falou do banco de trás do carro. — Sabe quantas vezes eu e o tio Júlio tentamos tirá-la daquela loja? — A menina indagou com diversão. Júlio, ela fala muito nele e eu sei que é algo bem natural, a final ele sempre esteve em nossas vidas. Mas eu sei que de alguma forma isso o incomoda. Pensei olhando pela janela do carro. — Para onde vamos? — Minha filha perguntou com curiosidade.— Ah! É verdade, nós temos um itinerário. — David puxou um papel de dentro do bolso da camisa e o entregou. A menina parecia afobada. Ela abriu o papel dobrado e se pôs a ler.— Piquenique no parque, visita ao centro histórico, ao zoológico, ao museu, e a casa do papai. — Olhei para o David, concentrado na direção do carro, nervosa com essa última parte. Eu não estava preparada ainda para visitar a sua família. — Não é muita coisa ao mesmo tempo não? — Maya questionou e ele deu de ombros de um jeito descontraído.— Talvez, mas eu quero fazer tu
David— Estou muito feliz que você consertou as coisas com Yaidis, e que surpresa, hein? — Ela sorriu.Uma coisa sobre essa linda mulher. Lilian sempre torce pelos seus filhos, embora ela nunca se meta em nossas vidas. Ela nos permite escolher os nossos próprios caminhos, mas sempre procura nos guiar para não errarmos. É claro que isso depende mais de nós do que dela e no final, ela sempre vibra conosco. — Eu não fazia ideia de que era ela, e olha que eu sou sua cliente já faz alguns meses.— É, acho que o fato de ser sua cliente, foi o que me levou onde estou agora. Se não fosse por você, eu jamais a teria procurado.— Bobagem, quando o destino quer unir duas pessoas que se amam, ele sempre dá o seu jeito.— Está bem! — falei abrindo um sorriso feliz e a beijei no rosto. — Pode pôr a Maya na cama para mim? Eu vou ver como ela está— Claro. Tenha uma ótima noite, filho!— Obrigado, mãe! Tenho certeza de que terei uma noite maravilhosa. — falei baixinho e com um tom de brincadeira e
David— Eu estava pensando — falei depois de um longo tempo em silêncio.— No que?— Amanhã é o dia do baile e seria bom se ficasse por aqui.— David, eu não posso! — Ela me interrompeu. — A loja ficou fechada hoje o dia todo e...— Eu pago o seu dia — repeti e ela riu de uma maneira descontraída, me fazendo rir também. Me virei de lado e ela fez o mesmo.— Você já fez isso hoje — rebateu baixinho e beijou rapidamente a ponta do meu nariz.— Você vai precisar ir a um cabeleireiro e comprar um vestido para ir essa festa.— Eu tenho vestidos na minha casa — retrucou tentando sair da cama, mas eu a impedi com o meu corpo. Levei a minha boca ao seu seio e o puxei com os meus lábios, a fazendo arfar baixinho.— Eu sei que você tem, mas pode me deixar mimá-la um pouquinho, não pode? — Suguei o seu seio e ela respirou fundo, gemendo baixinho em seguida. Ergui a minha cabeça e a olhei. — Por favor! — insisti carinhosamente e ela me deu um meio sorriso.— Tudo bem, mas isso vai custar caro pr
DavidParecia que havia voltado no tempo e que mais uma vez eu era aquele jovem ansioso e nervoso para levá-la ao baile da escola. Minha mãe ria de mim, pois eu não conseguia ficar parado e a cada segundo soltava o ar pela boca. Por que ela não desce logo essa escadaria? Que demora é essa? Maya surgiu no topo da escada com um sorriso grande de menina feliz e não posso negar que olhei rapidamente para lá, esperando que fosse Yaides.— Atenção todos vocês, que a princesa Yaides está vindo aí! — A menina anunciou com uma empolgação incrível.Meu coração quase saiu pela boca e meus olhos ansiavam por finalmente vê-la. Minha filha desceu as escadas e correu para os meus braços, e eu a segurei em meu colo e logo as minhas irmãs também descerá. Então ela veio, me deixando completamente sem palavras e sem ação também. O belo vestido azul turquesa, colava ao seu corpo com delicadeza e suavidade, desenhado com detalhes cada curva do seu corpo esguio, uma calça como a de uma sereia se arrastava
David— Lembra desse dia? — sussurrei em seu ouvido e ela olhou de lado, para encontrar os meus olhos. Ela fez sim para mim.— Foi a partir desse dia que não a tirei mais da minha cabeça. — Sorri.Eu não sabia disso, mas estou muito feliz de saber.— Quer beber algo?— Um Gin, por favor! — pediu, beijando-me rapidamente. Deixei três beijos em sua boca, antes de me afastar e fui para o bar improvisado, que estava lotado e bufei por ter que aguardar em uma fila. Olhei para trás e a encontrei conversando animada com uma garota.— Não sei de quem foi a ideia, mas cara, isso aqui está muito bom! — Um homem comentou e eu me forcei a desviar os meus olhos da minha namorada, para olhá-lo.— Pois é! — falei em concordância.— Talvez você não lembre de mim, eu sou o Hélio. — Ele me estendeu uma mão. — Eu era a mascote do time de futebol.— Ah claro, Hélio Maldonado, me lembro sim! — Apertei a sua mão e quando abriu a boca para falar alguma coisa, o barman o chamou.— Sua vez, cara!— Foi um pra
Yaides— Experimenta esse! — David pediu, levando um biscoito de polvilho a minha boca. Mordi a massa doce e imediatamente ela começou a derreter em minha língua.— Hum, gostinho irresistível de maracujá! — gemi em apreciação.— Deixe-me ver — pediu, aproximando-se por cima da pequena mesa e beijou-me apreciando o sabor direto na minha boca. — Delícia! — sussurrou, em meio ao beijo e eu ri. — Nunca foi tão gostoso tomar um café matinal! — sibilou quando se afastou só um pouquinho.— Minha vez — disse, pegando uma colherada de pudim e levei a sua boca, para em seguida beijar-lhe. David segurou a minha cintura com uma mão e me fez sentar em seu colo.— Essa brincadeira está me deixando com vontade — ralhou distribuindo beijos pelo meu rosto, maxilar e parou atrás da minha orelha. Gemi baixinho e soltei um suspiro exatamente igual.— Não, Senhor! — Afastei-me, ou iria sucumbir ao nosso desejo. Ele fez uma carinha triste e me lançou um olhar pidão, que me fez rir outra vez. — Não, David!
Yaides— Júlio, você não pode...— Eu posso, e vou! Você é minha, Yaides!— Eu não sou um objeto, mão sou sua propriedade! — rebati irritada com o seu modo de falar. Ele deu dois passos para perto de mim, e antes que eu conseguisse me afastar, me puxou bruscamente para os seus braços, me manteve presa a eles. — Me solta, Júlio, você está me machucando!— Eu não passei sete anos da minha vida, cuidando de você e da sua filha, para entregá-las àquele idiota do David! — disse baixinho, porém havia ódio em suas palavras.— Eu não te pedi nada! Me larga, seu... — Fiz força para livrar-me dos seus braços, mas ele me apertou ainda mais, então comecei a me debater.— Ou você é minha, ou não será de mais ninguém!— Não! Me larga, Júlio! — gritei para o homem transtornado e completamente fora de si. Júlio finalmente me largou, porém não tive tempo de me afastar dele, pois segurou firme os meus cabelos e forçou um beijo em minha boca. Aproveitei minhas mãos livres e comecei empurrá-lo, bater fo