Sentindo-se revigorado, depois de usar o mesmo sabonete de Deirdre, com cheiro de bambu, Brendan segurou e apertou a jovem em seus braços. Buscando elogios, ele perguntou:― Ainda estou fedendo? ―― Sim ― disse Deirdre, sem rodeios e teimosamente. ― Por favor, não fique no meu quarto. Não quero ter que lidar com o problema, quando Charlene vier procurar por você. ―Ao sentir algo, Brendan levantou o queixo de Deirdre com a ponta dos dedos, olhou para sua expressão facial e ponderou.― Você está com raiva de mim? ―― Se tudo não passa de um ato, por que eu deveria estar com raiva? ― respondeu Deirdre, um tanto envergonhada.― Nesse caso, por que estou sentindo que você está com ciúmes e arredia como um gato? ― Brendan riu.― Você tem pensado demais. Só acho a situação incômoda... ― murmurou Deirdre.Mas, antes que pudesse terminar de argumentar, os lábios de Brendan encontraram os dela e suas respirações ficaram misturadas e confusas. Quando terminaram, Brendan disse:― Deirdre
Deirdre ficou emocionada com a preocupação que a governanta tinha por sua saúde. Engel sempre a tratava muito bem.Deirdre deixou a governanta entrar no quarto e ocupar uma cadeira. Ao sentir o aroma forte do pimentão recheado, Deirdre começou a sentir fome e começou, com o prato no colo, a comer.Engel não conseguiu ficar parada esperando e começou a arrumar o quarto. Foi quando viu a camisa de um homem, pendurada no banheiro. Sem entender, se aproximou e percebeu que era a mesma que Brendan usava, durante o jantar.Enquanto comia, Deirdre percebeu que a governanta tinha parado de fazer barulho. Por isso, levantou a cabeça e perguntou:― Tem alguma coisa errada, Anna? ―A governanta percebeu que agia estranho e colocou a camisa no mesmo lugar de antes.― Nada. Só percebi que estou cansada de limpar e preciso descansar um pouco. ― Então mudou de assunto e perguntou: ― E aí, minha linda, o que você achou da comida? ―― Está muito deliciosa, parece a mesma receita que minha mãe fa
O homem não disse nada enquanto o subordinado vasculhava a bolsa de Charlene e tirava um pacote de remédios, com grosseria. Então, o algoz leu os rótulos e jogou no rosto de Charlene.― Então, é isso que você quis dizer quando disse que quase arruinou o relacionamento deles! Então, por que você comprou esses afrodisíacos? Não me diga que você precisa drogar o homem para que ele queira transar com você! ―O rosto de Charlene ficou pálido e ela explicou:― Não... não é como você disse. É porque Bren, eu e Deirdre estamos morando juntos. Bren não quer transar comigo quando Deirdre está por perto, então eu não tenho muitas oportunidades... ―― Você pode garantir que Brendan vai se drogar e transar com você? ―― Sim, posso garantir! ― Charlene assentiu, imediatamente.― Vou acreditar em você. ― O homem zombou. ― Vou te dar outra chance. Se você não conseguir engravidar, vou descobrir outra maneira para você. ―O homem parecia calmo quando disse que descobriria outra maneira, mas Char
Embora Brendan estivesse ofegante, de tanto lutar, não conseguia reprimir seu desejo sexual.Deirdre percebeu que algo estava errado e perguntou:― Brendan, o que foi que aconteceu? ―O magnata se lembrou da xícara de café e cerrou os punhos com tanta força que suas veias estalaram.― Charlene me drogou. ―― O quê? ― Deirdre ficou surpresa, incapaz de acreditar que Charlene tinha sido ousada o suficiente para drogar Brendan, sem medo das consequências.― O que devemos fazer? Devo chamar uma ambulância e te levar para o hospital? ―― Não, se eu for para o hospital, Charlene vai suspeitar de alguma coisa ― recusou Brendan, enquanto tentava manter seu último resquício de sanidade.― O que nós devemos fazer, então? ― Deirdre estava em pânico. ― Você está fora de si, esse negócio deve ser muito potente. Se você não for ao hospital, pode prejudicar sua saúde! Você está falando... ―Deirdre se engasgou. Ela não pôde deixar de tremer incontrolavelmente quando pensou na solução. Aquela
Charlene empurrou Engel com toda a força, mas não foi o suficiente para tirar a mulher grisalha do caminho, afinal, apesar da idade, a governanta passava os dias realizando trabalhos pesados, por isso seu corpo era forte. Por outro lado, Charlene era uma mulher esnobe que se recusava a realizar qualquer tarefa.A expressão da cobra se tornou uma máscara de desprezo e ódio. Ela olhava para Engel com malicia.Engel ficou inexpressiva e disse, com firmeza:— Senhorita McKinney, você não pode entrar no escritório, o senhor Brighthall e Dee estão desfrutando de um momento íntimo. Seria melhor você voltar para o seu quarto e descansar. —Charlene rangeu os dentes e disse ameaçadoramente:— Você deve estar ciente da atitude de Brendan em relação a mim. Quando ele se casar comigo, serei a matriarca da família. Você acha que Brendan vai se importar se eu fizer alguma coisa com você? —Engel sorriu e respondeu:— Não sei se o senhor Brighthall se importará, mas sei que estarei segura enqu
Depois de tantos atos insanos, Deirdre não ficou surpresa com o fato de Charlene ter drogado a bebida de Brendan, mas ficou surpresa com a determinação do magnata em não causar nenhum mal a ela.Francamente, ela não confiava muito em Brendan. Afinal, Deirdre foi inúmeras vezes prejudicada por causa das coisas que Brendan fez. No entanto, o magnata realmente escolhera suportar o efeito do afrodisíaco e perder a consciência para não a machucar.O olhar de Engel pousou no rosto impecavelmente bonito de Brendan. Suas sobrancelhas ainda estavam fortemente franzidas em seu estado inconsciente. Dava até para imaginar como a experiência anterior fora desagradável para ele.― Dee. ― Engel não pôde deixar de dizer: ― O senhor Brighthall te ama muito, de verdade. ―-Brendan acordou sentindo o corpo todo dolorido. Metade de seu corpo estava dormente por ter sido espremido em um pequeno sofá em vista de seu físico alto e musculoso.Ele se preparava para se levantar quando sentiu o peso prend
Brendan não falou nada, mas olhou para ela com olhos gelados. Não havia como dizer o que estava em sua mente e Charlene não pôde deixar de se sentir culpada. ― Bren... ―― Não pense que sou tolo ― disse Brendan. A frieza emanava de seu corpo, e seus olhos, que podiam ver através dela, tinham a intenção de alertá-la. ― Eu não quero que nada parecido com isso se repita, você entende? ―― Bren... ― Charlene morria de medo, e as lágrimas escorriam por seu rosto instantaneamente. Ela não tinha escolha a não ser reconhecer a culpa. ― Eu não fiz de propósito. Eu te amo demais e recebi esse conselho de um médico. Achei que fazer isso esquentaria nosso relacionamento, eu... ―― Parece que você não entendeu minhas palavras. ― Brendan a interrompeu, com frieza. ― Quero que responda que não vai deixar isso acontecer de novo. ―Ele se inclinou com os olhos apertados e uma atitude fria.― Eu não sou um peão no seu joguinho estúpido. A sobrevivência de Ophelia é menos importante para mim do qu
Charlene levantou da cama, de um salto, então se joelhou de frente para o algoz, com lágrimas escorrendo pelo rosto.― Senhor! Por favor, me dê mais uma chance! Eu prometo! Eu prometo a você que vou ficar grávida de Brendan! ―O homem não se comoveu e Charlene foi capturada por um dos homens, que a jogou na cama, enquanto a mulher gritava e se debatia.O homem franziu as sobrancelhas em desprezo. Então pensou em algo e riu friamente.― Não é ainda mais divertido fazer com que Brendan crie o filho de um dos meus capangas? ―Enquanto era sucessivamente abusada, Charlene perdeu a conta do tempo, até que acordou, sozinha, no quarto do hotel. Chorando, a cobra entrou debaixo da ducha e, com tristeza, constatou que, pelo menos, nenhum dos homens havia usado de violência excessiva. Com raiva, pensou: 'Isso é tudo culpa de Deirdre!'Enquanto saía do hotel, o recepcionista olhou com malícia para a mulher, cujas roupas estavam desgrenhadas e o andar era levemente cambaleante. Charlene rang