Odin estava mexendo na minha escova de cabelo quando entrei por um momento me assustei, ele se virou e sorriu. — Por que está sorrindo? — Casar? — Ele deu o que parecia uma risada. — Tão cruel. — Prefere que eu o mate? — Seria aceitável. — Ele disse colocando a escova na mesinha. — Eu preciso dele vivo. — Minha menininha linda. — Odin disse docemente se aproximando de mim. — Os faça terem medo e eles te seguirão para sempre. — Não quero um reinado como de Anastácia. — Falei me afastando. — O povo a ama porque ela é má. — Ele parecia admirar isso nela. — Não estaria querendo derrubá-la se amasse. — Destruímos o que amamos quando o que amamos tenta nos destruir. — Odin sorri. — Mas não precisa destruir seu povo, eles podem amá-la e assim mesmo temê-la. — E como pretende fazer com que isso aconteça? — Odin sempre interferindo. — Uma prova de amor ao seu povo. — Ele falou abrindo seu sorriso assustador. — Como Odin? — Decidi me sentar e ouvir os sombrios desejos dele. — Ame O
Levantei-me um pouco mais tarde, eu tinha que tomar uma decisão e chamei por Odin. — Preciso que me diga o que Oscar fez. — Já disse que será antes da batalha. — Odin disse irritado. — Não posso matá-lo, não posso ser eu matá-lo. — Eu perderia Daniel, e mesmo sabendo que não tinha isso era doloroso. — É por ele? — É claro que ele sabia, ele sempre sabe. — Não sei do que está falando. — Preferir fingir, admitir seria um erro. — Não quer magoá-lo? — Ele sorriu. — Tenho pena de você. — Estou fazendo tudo que deseja, tudo e sabemos que não é porque tenho algo a ganhar com isso, mas não quero .... Como eu falaria aquilo, eu nem ao menos sabia o que eu sentia, nem porque isso era importante. — Venha aqui! — Ele me chama. — Para que? — Te mostrarei algo. — E eu me aproximei Odin colocou sua mão em meu ombro. Eu me vi de frente para um espelho, minha pele estava muito mais pálida e uma coroa estava sobre minha cabeça, não havia sinal de felicidade de fato não havia sequer sinal
O céu estava branco, era um destes dias silenciosos, os homens levantaram e saíram para caçar. Já estávamos bastante próximos do reino de Tárcia e precisamos nos organizar para o ataque. — Alteza! — Anny disse trazendo o vestido. — Agradeço. — Anny ainda me olhava irritada, eu já estava me acostumando com isso, ela era uma das únicas mulheres que fazia parte do nosso êxito, as outras não falavam diretamente comigo, elas sempre estavam muito ocupadas, elas cuidavam de seus maridos, eu queria que elas lutasse, queria a força de cada uma delas, mas não havia tempo para ensiná-las a lutar, e eu não levaria mais inocentes para a morte. — Quando isso acabar, não poderá servi-la. — Ela deixou o vestido estendido em uma cadeira, — Não a obrigarei. — Eu seria mais delicada com ela se tivesse tempo, mas coração quebrados não era minha prioridade no momento. — Pode chamar Rafi, por favor? — Sim. – Anny sai e pouco tempo depois Rafi aparece. — Vamos? — Rafi mostra sua espada. — Ou isso nã
E quando Elisa chegou seus olhos pousaram nos de Rafi que olhou para Reno como se pedisse desculpas, eles haviam se acertado, mas quanto tempo isso iria durar? Imagino tempo suficiente para Elisa encontrar um jeito de estragar tudo de novo. — Seja bem vinda! — Digo tentando não mostrar minha irritação com sua presença, a convidei para minha tenda que precisava conversar com ela. — Poderia ter confiado seu segredo comigo. — Ela disse dando um largo sorriso e indo até o espelho. — Não somos o tipo de pessoa que divide segredos. — Digo tirando a escova de cabelo da mão dela. — Não dividimos nada. — Está chateada comigo? — Ela perguntou. — Eles são as pessoas que mais amo, não gosto deles brigando por sua causa. — Brigam pelo ego e não por mim, Reno não me ama, ele precisa ser amado e saber que não é o favorito de ninguém o magoa. — Ela parecia tão diferente. — Ele não é assim. — Ela não iria ofendê-lo, não na minha frente. — Eu o amo, não da forma que ele quer, ele irá encontrar
Havia gritos de todas as partes, eu olho para dois jovens uma mulher e um homem que estavam encolhidos em um canto, alguém segurava uma espada e estava avançando sobre eles, eu corri e quanto mais perto eu me aproximava, mas eles gritavam, estavam apavorados, eu queria salvá-los queria tirar aquele ser de perto deles e então quando me aproximei perto o bastante ela se virou era como se eu estivesse olhando no espelho era eu, com a espada suja de sangue. — Eles irão sangrar como a fizeram sangrar. — Ela disse sorrindo. — Eu prometo que farei eles queimarem. Eu senti todo o ódio que estava nela, havia tanta dor e raiva. — Dominique! — Alguém gritou meu nome, mas não ousei abrir os olhos. — Dominique está tudo bem, está segura agora. Era Daniel a sua voz preocupada me deu medo e quando abri os olhos o abracei com muita força, ele murmurava algo, mas a única coisa que eu sabia era que estava ali e não queria sair dali, não queria sentir aquele ódio de novo, ele tentou me afastar para
E Oscar estava morto, Anny gritava e Reno me segurava enquanto Rafi segurava a adaga na mão, tudo aconteceu muito rápido, o sangue ainda estava quente em minhas mãos. — Porque fez isso? — Daniel estava no chão ao lado do corpo de Oscar. — Dominique porque fez isso? — Domi me ajuda. — Reno disse me puxando. — Preciso te levar para longe daqui. — Não! — Domi, por favor?! — M*****a! — Anny gritou. — M*****a! — Oscar nos traiu. — Falei para Reno enquanto ele me puxava da tenda de Oscar. — Domi, precisamos sair antes que os homens de Oscar cheguem. — Não, entende. — Tentei falar, mas Elisa me interrompeu. — Precisa tirá-la daqui. — Ela olha para Anny. — Ele já está morto, pare de gritar. — Me solte! — Falei, queria ter certeza que ele estava morto. — Não. — Reno me arrastou até a minha tenda, Rafi estava impedindo que outras pessoas entrassem na tenda de Oscar. — Porque matou Oscar? — Reno sussurrou. — Ele merecia morrer. — Eu falei, não era mentira e então eu respirei alivi
Havia uma guerra para se ganhar, sangue a ser derramado e uma a rainha a ser substituída e tudo o que eu conseguia pensar é como Daniel tinha me olhando, a forma como me odiou naquele momento estava consumindo todos os meus pensamentos. Havia coisas mais importantes a ser pensar era claro e eu sabia, mas sempre que tentava colocar meus pensamentos em ordem à culpa me consumia, eu tinha conseguido machucá-lo e sabia que era preciso, sabia que para seu bem tinha que mantê-lo longe de mim, longe da pessoa que Odin estava me tornando. — Está péssima! — Elisa disse. — E o que se esperava? — Bem mais da minha futura rainha. — Ela sorriu. — Espere menos então, ai posso te surpreender. — Digo me levantando. — Não odeie Dominique, não sou sua inimiga. — Tão pouco é amiga. — Mas precisa de mim. — Ela sorriu. — E você precisa da aprovação de Rafi. — Está sofrendo pela morte de seu noivo, devo deixá-la só. — Ela disse irritada, eu não odiava Elisa, o que eu odiava era saber que ela mach
Odin me puxou novamente e dessa vez parei em minha tenda, ainda estava me recuperando de tudo quando Odin falou. — É vingança, isso tudo é vingança? — Sentir um desespero tomar um corpo. — Sou muito paciente e um tanto vingativo. — Porque você foi embora? O que elas fizeram com Calila? — Elas destruíram minha filha, o medo de Calila ser poderosa, dela ter um pouco de magia a fizeram trancafiaram, elas ocultam muitas coisas de mim. — O que houve com Calila? — Anastácia enlouqueceu estava com medo da morte, mas ela não a machucaria Calila, me temia o bastante para saber que eu cumpriria minha promessa. — Odin parecia está ferido. — Mas a maneiras de se destruir alguém se nem ao menos derramar uma gota de sangue, eu não podia chegar perto, ela colocou feiticeiras no castelo, não demorou muito para sacrifícios serem feitos, ela achou um forma de enganar a morte, mas não de se tornar imortal. — O que elas fizeram com Calila. — Seja lá o que tenha acontecido, esse é o motivo de tudo.