Eu não sei exatamente quando eu decidir que era o meu dever defender a todos, eu simplesmente acreditei que era o certo, que eu era mais forte do que eles e então precisava protegê-los. Dessa forma fui me esquecendo de que eu também podia ser protegida, que aqueles que eu queria proteger também estavam dispostos a me defender. Então naquela manhã quando Reno entrou no meu quarto com um sorriso torto falando " Está tudo resolvido, não precisa se casar com ninguém" eu fiquei assustada, primeiro achei que ele estivesse brincando e depois temi o que isso queria dizer, temi participar de uma guerra de ter sangue sobre a coroa. Mas o que ele disse foi pior, era uma solução horrível. Porque eu tiraria tudo delas. Tudo que eu prometi dá a elas, novamente as escolhidas seriam sacrificadas, de uma forma menos fúnebre, mas não menos dolorosa. — Não permitirei. — Falei para Reno, enquanto eu me levantava para gritar com todos que acharam que eu permitira que se sacrificasse por mim. — El
Mandei chamar Reno, precisava tirar essa história de Miranda a limpo, ele chegou e me olhou por um momento, eu estava deitada, o dia havia me cansado. — Fui estudar com você. — Ele disse pulando na minha cama, minha mãe ergueu o olhar de advertência para ele que mandou um beijo para ela, logo percebi o humor dele mudou, o que seja que tenha acontecido coisa boa não era. — Mamãe pode nos deixar a sós? — Pedir, ela me encarou por um momento. — Ele devia ao menos fingir decoro. — Ela disse emburrada. — Prometo que fingirei na próxima vez, excelentíssima. — Minha mãe saiu irritada. — Um dia ela me fará escolher entre vocês dois. — o encarando, ele estava aprontando algo, estava claro para mim. — Será uma pena, pois sei como gosta dela, mas não podemos ter tudo. — Apenas revirou os olhos, ele estava de bom humor, parecia até outra pessoa. — Por que está minando as chances de Miranda de ser rainha? — Ele ficou sério e então começou a sorrir. — Como eu seria o marido dela, se ela e
Acordei com Daniel passando a mão suavemente em meu rosto, ele sorriu e então me deu um beijo rápido. — Preciso ir, devia está na sua porta te protegendo. — Me protege melhor aqui na cama. — Daniel revirou os olhos e me deu outro beijo. — Como desejar vossa alteza. — Ele sussurrou enquanto me beijava. — Preciso de um favor. — Falei enquanto ainda conseguia manter o pensar. — O que desejar farei. — Daniel me puxou para outro beijo, mas me afastei. — Preciso que liberte a Anny. Daniel tombou para trás respirou fundo, parecia tá com dificuldade para voltar a falar, mas por fim falou. — Ela tentou te matar, não podemos liberta-la, não agora, talvez depois. — Sabe o que fiz com ela? — Ela quase te tirou de mim, a verdade é que não me importo o que fez com ela. — Faça isso por mim. — Eu o beijei. — Por favor! — Deve ver com Reno. — Eu sou a rainha, as decisões de Reno nunca devem estar acima das minhas. — Mesmo assim prefere fazer isso escondido? Ele estava certo, mas n
Ouvi Leia resmungar e me levantei para ver se ela estava bem, e congelei quando vi quem brincava com ela, Odin estava sobre o berço brincando com ela, que sorria inocentemente, ele se virou para mim. — É como você nasceu. — Fique longe dela. — Eu me aproximei e a tirei do berço, olhei para Daniel que dormia confortavelmente. — Não estava com saudade criança? — Ele perguntou, seus olhos estavam ainda mais fundos, ele parecia cansado. — Não, fique longe, me deixe em paz Odin. — Eu me agarrava a Leia, eu morria antes dele machucá-la. — Não entende, nada disso foi por você e sim por ela. — Isso não, me leve, faça o que quiser, mas ela fica em segurança. — Leia começou a chorar.. — Por favor, ela não. — Calma, criança, irei te explicar tudo. — Ele disse e então estávamos em uma sala, que era familiar de alguma forma e lá estava o espelho. — O que quer?! — Quando fui amaldiçoado por Sanciã, ela me transformou em um monstro, e prendeu a minha verdadeira forma nesse espelho. — Odin
Quinze anos depois Léia Meu tio Reno estava cada vez pegando mais pesado comigo, sei que foi ordem da minha mãe, ela acreditava em uma Tárcia em que as mulheres se defendiam sozinhas, e a verdade Tárcia acabou se tornando conhecida por ter muitas guerreiras mulheres, e como a futura rainha eu não podia desapontar a minha mãe. Mas ela podia colocar qualquer um para me treinar e eu aceitaria de bom gosto, porém o tio Reno sempre se oferecia, ele achava que eu tinha muito no que melhorar. — Com sua idade sua mãe já tinha me derrubado. — Ele falou quando colocou a espada na minha barriga. — Estaria morta em uma batalha. — Não estaria, a verdade é que eu nem iria para uma batalha se esquece que sou princesa? — Eles agiam como se eu fosse realmente liderar uma guerra, eu ficaria segura em meu castelo e mandaria meu exército conquistar para mim. — Sabe que seus pais foram viajar porque o reino de Alequidias está pressionando Tárcia para tomar parte das terras que ele acredita ser dele.
AntesHá muito tempo atrás semideuses desceram a terra, eles se divertiam distribuído magia e causando o caos na terra.Mas não é sobre eles que iremos falar e sim sobre o que eles deixaram para trás, pois os deuses só davam bênçãos para os humanos através de sacrifícios e mesmo depois que eles se foram os humanos continuaram com a tradição. Em Tárcia a cada sete anos sete meninas são dadas como tributos para o deus da guerra para saciar sua sede de sangue e a paz reinar. Porém nem tudo é o que parece. InícioO cheiro do frango que minha mãe assava me fazia perder a concentração, era a quinta flecha que passava longe do centro do círculo que meu pai tinha feito na árvore, ele estava do outro lado cortando lenha e uma hora ou outra me olhava, não me pressionava, mas sabia que era importante para ele que eu acertasse.— Esse e
Estava me vendo em um belo vestido branco, meus cabelos negros eram a única coisa que tinha cor ali, meus olhos castanhos faziam semanas que não brilhavam, minha pele clara se perdia na cor branca do vestido. Três mulheres enfiam alfinetes no vestido e minha mãe chorava sem parar.— Elisabeth, por que está chorando tanto? — Uma das mulheres pergunta, enquanto enfia um alfinete no vestido.— De felicidade! Não é mamãe? — Digo antes que minha mãe possa dizer algo que nos comprometa.— Sim, não podia estar mais feliz. — Minha mãe diz com seus lindos olhos verdes tristes.E eu a compreendia, afinal quantas vezes uma mãe pode ver sua filha vestida com sua mortalha, antes de estar morta?— Pode tirar o vestido, estará pronto para o grande dia. — A mulher carrancuda diz.— Obrigada! — Digo gentilmente e comecei a tirar os laços que estavam me sufocando.— Filha, gostaria de ajuda?— Não precisa. —Tirei o vestido que tanto eu odeio do meu corpo e coloquei meu outro vestido de cor lilás. — Pre
Caminho até a enorme casa ao lado e bato na porta.— Sim, o que deseja? — A criada baixinha de cabelos ruivos pergunta, não gosta muito de mim, na verdade. Poucas são as pessoas que gostam, sou um exemplo do que uma escolhida não deve ser.— Elaine está?— Sim, pode entrar. — Ela diz se virando para ir chama Elaine, fiz uma careta, mesmo sabendo que era algo infantil, mas não havia muito que se fazer além disso.A enorme casa da Elaine era bela e cheia de flores, ao contrário da minha que estava sem vida.Elaine entra na sala com seu lindo vestido verde, ao contrário de mim, ela é o exemplo do que uma escolhida deve ser. Muito calma e conformada, fingi muito bem estar feliz por morrer pelo nosso reino, mas não estava, minha melhor amiga não está conformada, apenas aceita porque sua família acha que é uma honra morrer para o bem do reino.— Foi fazer a prova do vestido hoje? — Ela perguntou de forma gentil, sempre gentil demais para o meu gosto, mas eu a adorava e por isso suportava ta