O sol nasceu e eu não consegui dormir me virei para todos os lados, até que desisti e decidi ir dar uma volta na floresta, pensei em toda a história contada por Daniel a história de Tárcia e como ela havia sido dividida em quatro partes. A história se inicia com a morte do primogênito do rei de Tárcia em uma batalha, os seus quatros irmãos voltaram rapidamente para ver quem seria dono da coroa, mesmo que Dalho fosse o segundo havia comentários de que ele não era filho legítimo do rei, e que por isso o rei não desejava entregar Tárcia para um bastado, como também não poderia admitir a traição o rei declarou que com a morte do seu primogênito seus quatro filhos teriam que dividir as terras de Tárcia, pois seus quatro filhos seriam reis. Bem, o que não agradou Dalho que era muito ambicioso e que não queria dividir seu reino fazendo então uma aposta com seus três irmãos, o rei que não tivesse herdeiros legítimos com sua rainha em dez anos daria suas terras e seus servos para o outro em ord
Fiquei ali por muito tempo, não conseguia me levantar fiquei pensando em tudo. Na forma como Oscar tinha passado de amigo para inimigo e como isso me tornava uma mocinha indefesa de novo e eu estava cansada de ser indefesa, cansada dessas pessoas ficarem tentando me manipular, cansada de coroas de reis e rainhas malditos. Eu estava cansada dessa dor que me consumia cada dia e como tudo parecia piorar, já não bastava Anastácia e Odin prontos para me matar, agora eu precisava lidar com Oscar também. Todos tinham um plano para o meu futuro, ou eu me tornaria a rainha de Tárcia ou morreria sem nem ao menos tentar. Morrer seria fácil, morrer seria muito mais fácil do que ser rainha, ter que liderar um povo para morte, se vingar de Anastácia, destruir Odin e desmascarar Oscar. Tudo era tão difícil e morrer era fácil demais. — Oscar! — Gritei correndo em sua direção e lhe dando um abraço. — Estive pensando na proposta que me fez há algum tempo. — Qual proposta? — Reno que estava ao lado de
Anny passou correndo por mim, ela chorava muito, corri para entender o que estava acontecendo, mas ela continuava a correr mesmo que eu gritasse seu nome. Ela caiu e eu a alcancei. — Anny o que foi? — Ela chorava muito. — Anny pode me falar. — Por que está fazendo isso? — Ela disse irritada recusando a minha ajuda. — Isso é o que? — Ela colocou a mão no rosto. — O ama? — Ela perguntou sem me olhar. — Quem? — Oscar... O ama? — Demorei um pouco para compreender o que ela estava falando. — Não. — Ela então me encarou com tanto ódio. — Então porque irá se casar com ele? — Você o ama? — Perguntei me sentado ao seu lado. — Mais que minha própria vida. — Senti pena de Anny, o amor por Oscar era um desperdício, ele nunca se casaria com aquela pobre menina, Anny não era feia era muito desajeitada, mas não feia e tinha um belo sorriso, mas Oscar não se apaixonava por belos sorrisos e Anny era só uma menina. — Anny não desejo magoá-la, mas Oscar não a ama. — Parei de falar quando ela v
Odin estava mexendo na minha escova de cabelo quando entrei por um momento me assustei, ele se virou e sorriu. — Por que está sorrindo? — Casar? — Ele deu o que parecia uma risada. — Tão cruel. — Prefere que eu o mate? — Seria aceitável. — Ele disse colocando a escova na mesinha. — Eu preciso dele vivo. — Minha menininha linda. — Odin disse docemente se aproximando de mim. — Os faça terem medo e eles te seguirão para sempre. — Não quero um reinado como de Anastácia. — Falei me afastando. — O povo a ama porque ela é má. — Ele parecia admirar isso nela. — Não estaria querendo derrubá-la se amasse. — Destruímos o que amamos quando o que amamos tenta nos destruir. — Odin sorri. — Mas não precisa destruir seu povo, eles podem amá-la e assim mesmo temê-la. — E como pretende fazer com que isso aconteça? — Odin sempre interferindo. — Uma prova de amor ao seu povo. — Ele falou abrindo seu sorriso assustador. — Como Odin? — Decidi me sentar e ouvir os sombrios desejos dele. — Ame O
Levantei-me um pouco mais tarde, eu tinha que tomar uma decisão e chamei por Odin. — Preciso que me diga o que Oscar fez. — Já disse que será antes da batalha. — Odin disse irritado. — Não posso matá-lo, não posso ser eu matá-lo. — Eu perderia Daniel, e mesmo sabendo que não tinha isso era doloroso. — É por ele? — É claro que ele sabia, ele sempre sabe. — Não sei do que está falando. — Preferir fingir, admitir seria um erro. — Não quer magoá-lo? — Ele sorriu. — Tenho pena de você. — Estou fazendo tudo que deseja, tudo e sabemos que não é porque tenho algo a ganhar com isso, mas não quero .... Como eu falaria aquilo, eu nem ao menos sabia o que eu sentia, nem porque isso era importante. — Venha aqui! — Ele me chama. — Para que? — Te mostrarei algo. — E eu me aproximei Odin colocou sua mão em meu ombro. Eu me vi de frente para um espelho, minha pele estava muito mais pálida e uma coroa estava sobre minha cabeça, não havia sinal de felicidade de fato não havia sequer sinal
O céu estava branco, era um destes dias silenciosos, os homens levantaram e saíram para caçar. Já estávamos bastante próximos do reino de Tárcia e precisamos nos organizar para o ataque. — Alteza! — Anny disse trazendo o vestido. — Agradeço. — Anny ainda me olhava irritada, eu já estava me acostumando com isso, ela era uma das únicas mulheres que fazia parte do nosso êxito, as outras não falavam diretamente comigo, elas sempre estavam muito ocupadas, elas cuidavam de seus maridos, eu queria que elas lutasse, queria a força de cada uma delas, mas não havia tempo para ensiná-las a lutar, e eu não levaria mais inocentes para a morte. — Quando isso acabar, não poderá servi-la. — Ela deixou o vestido estendido em uma cadeira, — Não a obrigarei. — Eu seria mais delicada com ela se tivesse tempo, mas coração quebrados não era minha prioridade no momento. — Pode chamar Rafi, por favor? — Sim. – Anny sai e pouco tempo depois Rafi aparece. — Vamos? — Rafi mostra sua espada. — Ou isso nã
E quando Elisa chegou seus olhos pousaram nos de Rafi que olhou para Reno como se pedisse desculpas, eles haviam se acertado, mas quanto tempo isso iria durar? Imagino tempo suficiente para Elisa encontrar um jeito de estragar tudo de novo. — Seja bem vinda! — Digo tentando não mostrar minha irritação com sua presença, a convidei para minha tenda que precisava conversar com ela. — Poderia ter confiado seu segredo comigo. — Ela disse dando um largo sorriso e indo até o espelho. — Não somos o tipo de pessoa que divide segredos. — Digo tirando a escova de cabelo da mão dela. — Não dividimos nada. — Está chateada comigo? — Ela perguntou. — Eles são as pessoas que mais amo, não gosto deles brigando por sua causa. — Brigam pelo ego e não por mim, Reno não me ama, ele precisa ser amado e saber que não é o favorito de ninguém o magoa. — Ela parecia tão diferente. — Ele não é assim. — Ela não iria ofendê-lo, não na minha frente. — Eu o amo, não da forma que ele quer, ele irá encontrar
Havia gritos de todas as partes, eu olho para dois jovens uma mulher e um homem que estavam encolhidos em um canto, alguém segurava uma espada e estava avançando sobre eles, eu corri e quanto mais perto eu me aproximava, mas eles gritavam, estavam apavorados, eu queria salvá-los queria tirar aquele ser de perto deles e então quando me aproximei perto o bastante ela se virou era como se eu estivesse olhando no espelho era eu, com a espada suja de sangue. — Eles irão sangrar como a fizeram sangrar. — Ela disse sorrindo. — Eu prometo que farei eles queimarem. Eu senti todo o ódio que estava nela, havia tanta dor e raiva. — Dominique! — Alguém gritou meu nome, mas não ousei abrir os olhos. — Dominique está tudo bem, está segura agora. Era Daniel a sua voz preocupada me deu medo e quando abri os olhos o abracei com muita força, ele murmurava algo, mas a única coisa que eu sabia era que estava ali e não queria sair dali, não queria sentir aquele ódio de novo, ele tentou me afastar para