E Oscar estava morto, Anny gritava e Reno me segurava enquanto Rafi segurava a adaga na mão, tudo aconteceu muito rápido, o sangue ainda estava quente em minhas mãos. — Porque fez isso? — Daniel estava no chão ao lado do corpo de Oscar. — Dominique porque fez isso? — Domi me ajuda. — Reno disse me puxando. — Preciso te levar para longe daqui. — Não! — Domi, por favor?! — M*****a! — Anny gritou. — M*****a! — Oscar nos traiu. — Falei para Reno enquanto ele me puxava da tenda de Oscar. — Domi, precisamos sair antes que os homens de Oscar cheguem. — Não, entende. — Tentei falar, mas Elisa me interrompeu. — Precisa tirá-la daqui. — Ela olha para Anny. — Ele já está morto, pare de gritar. — Me solte! — Falei, queria ter certeza que ele estava morto. — Não. — Reno me arrastou até a minha tenda, Rafi estava impedindo que outras pessoas entrassem na tenda de Oscar. — Porque matou Oscar? — Reno sussurrou. — Ele merecia morrer. — Eu falei, não era mentira e então eu respirei alivi
Havia uma guerra para se ganhar, sangue a ser derramado e uma a rainha a ser substituída e tudo o que eu conseguia pensar é como Daniel tinha me olhando, a forma como me odiou naquele momento estava consumindo todos os meus pensamentos. Havia coisas mais importantes a ser pensar era claro e eu sabia, mas sempre que tentava colocar meus pensamentos em ordem à culpa me consumia, eu tinha conseguido machucá-lo e sabia que era preciso, sabia que para seu bem tinha que mantê-lo longe de mim, longe da pessoa que Odin estava me tornando. — Está péssima! — Elisa disse. — E o que se esperava? — Bem mais da minha futura rainha. — Ela sorriu. — Espere menos então, ai posso te surpreender. — Digo me levantando. — Não odeie Dominique, não sou sua inimiga. — Tão pouco é amiga. — Mas precisa de mim. — Ela sorriu. — E você precisa da aprovação de Rafi. — Está sofrendo pela morte de seu noivo, devo deixá-la só. — Ela disse irritada, eu não odiava Elisa, o que eu odiava era saber que ela mach
Odin me puxou novamente e dessa vez parei em minha tenda, ainda estava me recuperando de tudo quando Odin falou. — É vingança, isso tudo é vingança? — Sentir um desespero tomar um corpo. — Sou muito paciente e um tanto vingativo. — Porque você foi embora? O que elas fizeram com Calila? — Elas destruíram minha filha, o medo de Calila ser poderosa, dela ter um pouco de magia a fizeram trancafiaram, elas ocultam muitas coisas de mim. — O que houve com Calila? — Anastácia enlouqueceu estava com medo da morte, mas ela não a machucaria Calila, me temia o bastante para saber que eu cumpriria minha promessa. — Odin parecia está ferido. — Mas a maneiras de se destruir alguém se nem ao menos derramar uma gota de sangue, eu não podia chegar perto, ela colocou feiticeiras no castelo, não demorou muito para sacrifícios serem feitos, ela achou um forma de enganar a morte, mas não de se tornar imortal. — O que elas fizeram com Calila. — Seja lá o que tenha acontecido, esse é o motivo de tudo.
Encontrei Rocco sentado sozinho, próximo da fogueira ele parecia estar lutando contra o sono. — O que faz aqui? — Ele perguntou. — Não consigo dormir, mas vejo que não tem problema com isso. — Digo me aproximando mais dele. — Rocco não tem medo de seus sonhos como vossa alteza. — Ele sempre se manteve longe de mim, não sei exatamente o por que. — Do que está falando? — Sabe vossa alteza, Rocco não acha que seja mau, mas não consigo ver essa inocência que tentam atribuir a você. — Quem tenta? — Seus soldadinhos. — Ele faz menção aos homens. — Dizem que ela é muito nova, não sabe o que está acontecendo, devemos protegê-la e devemos guiá-la. — Acha que não sou tão inocente então? — Rocco não conhece o mundo, mas Rocco conhece a maldade quando ver. — Está me dizendo que sou má? — Eu nem ao menos pensei em me defender. — A vingança é um tipo de maldade. — Ele disse parecendo pensativo. — Rocco deve vigia e vossa alteza deve ir dormir. — Não quero ser má, mas não sei como posso
Andei apressada para a tenda, mas ele me puxou pelo braço, parecia furioso, seus olhos caíram sobre os meus, e então ele me beijou novamente, eu o empurrei, porém ele não saiu do lugar. — Não vai fazer isso. — Se eu tivesse tido coragem de morrer, tanta gente teria sido poupada. — Esse povo não tinha esperança até que você apareceu, por anos viveram na escuridão, viu como estavam ontem? — Eu não sou a luz, Daniel sou escuridão, eu a trago comigo por onde eu passo e se eu viver não sei como ele vai me usar. — Quem, me diga quem vai te usar? — Eu me calei, estava desmoronando — Não importa. — Falei me afastando dele, não o quero envolvido nisso. — Não permitirei que desista. — Ele falou, e eu senti vontade de rir, homens sempre achando que tem nossas escolhas. — Não pedir sua permissão. — Ele se aproximou e me pegou pela cintura. — Sempre abusada. — Ele sorriu, e selou um beijo em meus lábios. — Mas saiba que se me der na telha a levo daqui agora, não ache que te deixarei coloc
O dia estava acinzentado, não fazia frio nem calor, meu pai diria que era um bom dia para iniciar uma guerra, o sol não iria atrapalhar a visão dos soldados e não haveria chuva para deixa o solo escorregadio, sem dúvidas era um bom dia para guerra ou talvez um bom dia para morrer. — Estamos prontos para partir. — Reno disse caminhando na minha direção. — Preciso ver alguém antes. — Falei. — Quem? — Ele perguntou sem paciência. — Anny, preciso libertá-la. — Reno olhou para Rafi que pareceu concedido. E ela estava encolhida no canto, parecia estar chorando, seus cabelos estavam sujos e suas roupas rasgadas, vi que tinha uma tornozeleira no pé, e suas mãos estavam amarradas. O lugar não era o mais limpo, o que era de se esperar sendo um lugar improvisado, havia um pote de água no chão. E eu tinha culpa, Anny estava assim porque eu permiti, mas isso tinha que acabar. — Anny. — Ela levantou a cabeça, me encarou com tanto ódio que por um momento a desconheci, a garota que estava ali,
Vejo daqui o castelo reluzente e majestoso como sempre, não demoraria muito para chegar até ele e devo admitir que estou com medo, não bastante para correr, mas o bastante para senti um arrepio se espalhando por todo o meu corpo e o mesmo tempo um alivio, porque para o bem ou para o mau ia acabar. Olhei para Daniel que cavalgava a minha frente. Ele estava quieto há bastante tempo, nem mesmo Reno que sempre fala muito parecia está disposto a dizer algo, todos sabíamos que os soldados enviados a nossa frente estariam indo para um banho de sangue, eles eram a distração, precisamos deles para Eliza entrar com os outros no castelo, e não podíamos deixar de nos sentir culpados, havia muitos homens bons, muitos que estavam lutando por uma esperança e muitos só esperavam morrer fazendo o reino um lugar melhor, estavam dando suas vidas por algo tão incerto e duvidoso. E eu os invejo não por valentia, não porque estavam sendo bons soldados, eu os invejo por ter esperança e arriscarem tudo por el
E a primeira parte do plano tinha dado certo estávamos dentro do castelo, fui levada contra a minha vontade para longe de Daniel e Reno, jogada em um quarto, minhas mãos foram amarradas na cama, e a porta trancada, não sabia como Reno planejava me tirar daqui. E não demorou muito para ouvir o barulho e a porta se abriu. Anastácia estava linda, seus olhos brilharam como diamante, ela usava um vestido leve, no tom branco, porém duvido que seja o vestido do casamento, ela pareceu me avaliar por um instante. — Então pensou melhor? — Claro. — Eu disse sem baixar o olhar como ela esperava. — Não tem como ganhar de mim, minha querida, não pode simplesmente desejar ser rainha, sabe o que tive que fazer para ter essa coroa sobre a minha cabeça? — O que quer? — Perguntei impaciente. — E se conseguisse iria fazer o que? — Parecia calma, e curiosa. — Não sei ao certo. — Eu sentia raiva dela, ela parecia saber como me derrubar. — Claro que não sabe alguém como você seria massacrada por todo