O céu estava branco, era um destes dias silenciosos, os homens levantaram e saíram para caçar. Já estávamos bastante próximos do reino de Tárcia e precisamos nos organizar para o ataque. — Alteza! — Anny disse trazendo o vestido. — Agradeço. — Anny ainda me olhava irritada, eu já estava me acostumando com isso, ela era uma das únicas mulheres que fazia parte do nosso êxito, as outras não falavam diretamente comigo, elas sempre estavam muito ocupadas, elas cuidavam de seus maridos, eu queria que elas lutasse, queria a força de cada uma delas, mas não havia tempo para ensiná-las a lutar, e eu não levaria mais inocentes para a morte. — Quando isso acabar, não poderá servi-la. — Ela deixou o vestido estendido em uma cadeira, — Não a obrigarei. — Eu seria mais delicada com ela se tivesse tempo, mas coração quebrados não era minha prioridade no momento. — Pode chamar Rafi, por favor? — Sim. – Anny sai e pouco tempo depois Rafi aparece. — Vamos? — Rafi mostra sua espada. — Ou isso nã
E quando Elisa chegou seus olhos pousaram nos de Rafi que olhou para Reno como se pedisse desculpas, eles haviam se acertado, mas quanto tempo isso iria durar? Imagino tempo suficiente para Elisa encontrar um jeito de estragar tudo de novo. — Seja bem vinda! — Digo tentando não mostrar minha irritação com sua presença, a convidei para minha tenda que precisava conversar com ela. — Poderia ter confiado seu segredo comigo. — Ela disse dando um largo sorriso e indo até o espelho. — Não somos o tipo de pessoa que divide segredos. — Digo tirando a escova de cabelo da mão dela. — Não dividimos nada. — Está chateada comigo? — Ela perguntou. — Eles são as pessoas que mais amo, não gosto deles brigando por sua causa. — Brigam pelo ego e não por mim, Reno não me ama, ele precisa ser amado e saber que não é o favorito de ninguém o magoa. — Ela parecia tão diferente. — Ele não é assim. — Ela não iria ofendê-lo, não na minha frente. — Eu o amo, não da forma que ele quer, ele irá encontrar
Havia gritos de todas as partes, eu olho para dois jovens uma mulher e um homem que estavam encolhidos em um canto, alguém segurava uma espada e estava avançando sobre eles, eu corri e quanto mais perto eu me aproximava, mas eles gritavam, estavam apavorados, eu queria salvá-los queria tirar aquele ser de perto deles e então quando me aproximei perto o bastante ela se virou era como se eu estivesse olhando no espelho era eu, com a espada suja de sangue. — Eles irão sangrar como a fizeram sangrar. — Ela disse sorrindo. — Eu prometo que farei eles queimarem. Eu senti todo o ódio que estava nela, havia tanta dor e raiva. — Dominique! — Alguém gritou meu nome, mas não ousei abrir os olhos. — Dominique está tudo bem, está segura agora. Era Daniel a sua voz preocupada me deu medo e quando abri os olhos o abracei com muita força, ele murmurava algo, mas a única coisa que eu sabia era que estava ali e não queria sair dali, não queria sentir aquele ódio de novo, ele tentou me afastar para
E Oscar estava morto, Anny gritava e Reno me segurava enquanto Rafi segurava a adaga na mão, tudo aconteceu muito rápido, o sangue ainda estava quente em minhas mãos. — Porque fez isso? — Daniel estava no chão ao lado do corpo de Oscar. — Dominique porque fez isso? — Domi me ajuda. — Reno disse me puxando. — Preciso te levar para longe daqui. — Não! — Domi, por favor?! — M*****a! — Anny gritou. — M*****a! — Oscar nos traiu. — Falei para Reno enquanto ele me puxava da tenda de Oscar. — Domi, precisamos sair antes que os homens de Oscar cheguem. — Não, entende. — Tentei falar, mas Elisa me interrompeu. — Precisa tirá-la daqui. — Ela olha para Anny. — Ele já está morto, pare de gritar. — Me solte! — Falei, queria ter certeza que ele estava morto. — Não. — Reno me arrastou até a minha tenda, Rafi estava impedindo que outras pessoas entrassem na tenda de Oscar. — Porque matou Oscar? — Reno sussurrou. — Ele merecia morrer. — Eu falei, não era mentira e então eu respirei alivi
Havia uma guerra para se ganhar, sangue a ser derramado e uma a rainha a ser substituída e tudo o que eu conseguia pensar é como Daniel tinha me olhando, a forma como me odiou naquele momento estava consumindo todos os meus pensamentos. Havia coisas mais importantes a ser pensar era claro e eu sabia, mas sempre que tentava colocar meus pensamentos em ordem à culpa me consumia, eu tinha conseguido machucá-lo e sabia que era preciso, sabia que para seu bem tinha que mantê-lo longe de mim, longe da pessoa que Odin estava me tornando. — Está péssima! — Elisa disse. — E o que se esperava? — Bem mais da minha futura rainha. — Ela sorriu. — Espere menos então, ai posso te surpreender. — Digo me levantando. — Não odeie Dominique, não sou sua inimiga. — Tão pouco é amiga. — Mas precisa de mim. — Ela sorriu. — E você precisa da aprovação de Rafi. — Está sofrendo pela morte de seu noivo, devo deixá-la só. — Ela disse irritada, eu não odiava Elisa, o que eu odiava era saber que ela mach
Odin me puxou novamente e dessa vez parei em minha tenda, ainda estava me recuperando de tudo quando Odin falou. — É vingança, isso tudo é vingança? — Sentir um desespero tomar um corpo. — Sou muito paciente e um tanto vingativo. — Porque você foi embora? O que elas fizeram com Calila? — Elas destruíram minha filha, o medo de Calila ser poderosa, dela ter um pouco de magia a fizeram trancafiaram, elas ocultam muitas coisas de mim. — O que houve com Calila? — Anastácia enlouqueceu estava com medo da morte, mas ela não a machucaria Calila, me temia o bastante para saber que eu cumpriria minha promessa. — Odin parecia está ferido. — Mas a maneiras de se destruir alguém se nem ao menos derramar uma gota de sangue, eu não podia chegar perto, ela colocou feiticeiras no castelo, não demorou muito para sacrifícios serem feitos, ela achou um forma de enganar a morte, mas não de se tornar imortal. — O que elas fizeram com Calila. — Seja lá o que tenha acontecido, esse é o motivo de tudo.
Encontrei Rocco sentado sozinho, próximo da fogueira ele parecia estar lutando contra o sono. — O que faz aqui? — Ele perguntou. — Não consigo dormir, mas vejo que não tem problema com isso. — Digo me aproximando mais dele. — Rocco não tem medo de seus sonhos como vossa alteza. — Ele sempre se manteve longe de mim, não sei exatamente o por que. — Do que está falando? — Sabe vossa alteza, Rocco não acha que seja mau, mas não consigo ver essa inocência que tentam atribuir a você. — Quem tenta? — Seus soldadinhos. — Ele faz menção aos homens. — Dizem que ela é muito nova, não sabe o que está acontecendo, devemos protegê-la e devemos guiá-la. — Acha que não sou tão inocente então? — Rocco não conhece o mundo, mas Rocco conhece a maldade quando ver. — Está me dizendo que sou má? — Eu nem ao menos pensei em me defender. — A vingança é um tipo de maldade. — Ele disse parecendo pensativo. — Rocco deve vigia e vossa alteza deve ir dormir. — Não quero ser má, mas não sei como posso
Andei apressada para a tenda, mas ele me puxou pelo braço, parecia furioso, seus olhos caíram sobre os meus, e então ele me beijou novamente, eu o empurrei, porém ele não saiu do lugar. — Não vai fazer isso. — Se eu tivesse tido coragem de morrer, tanta gente teria sido poupada. — Esse povo não tinha esperança até que você apareceu, por anos viveram na escuridão, viu como estavam ontem? — Eu não sou a luz, Daniel sou escuridão, eu a trago comigo por onde eu passo e se eu viver não sei como ele vai me usar. — Quem, me diga quem vai te usar? — Eu me calei, estava desmoronando — Não importa. — Falei me afastando dele, não o quero envolvido nisso. — Não permitirei que desista. — Ele falou, e eu senti vontade de rir, homens sempre achando que tem nossas escolhas. — Não pedir sua permissão. — Ele se aproximou e me pegou pela cintura. — Sempre abusada. — Ele sorriu, e selou um beijo em meus lábios. — Mas saiba que se me der na telha a levo daqui agora, não ache que te deixarei coloc