O grande salão estava cheio, todos nos olhavam com admiração, alguns se aproximavam de nossas cadeiras e nos felicitou, eu como as outras davam o melhor falso sorriso que podíamos conseguir naquele momento, o salão estava cheio, candelabros iluminava todo o lugar, as sete cadeiras estavam uma do lado da outra, do outro lado estava à rainha sentada em seu trono, ela usava um vestido branco, seu manto vermelho a deixava mais linda, e em sua cabeça a coroa cravejada de diamantes brilhavam tanto quanto seus olhos. Algum nobre se aproxima e pergunta algo, Elaine que sempre é mais gentil responde. — Maravilhadas com o castelo. — Ela mente rapidamente, a verdade é que àquela altura, estávamos todas exaltadas, irritadas e prontas para fugir. — E você? — Eu o olhei, queria muito ignorá-lo, mas me dizendo. — Nunca vi algo tão belo quanto este castelo e nunca participei de uma festa tão agradável! — Ele parece satisfeito com a minha resposta, eles queriam ter certeza de que trocaram alguma
E depois da demonstração de poder, a rainha me deixou me sentar, e fique ali observando uma das criadas limpando o sangue de Caio, a mãe dele chorava em silêncio, o baile continuava, era como se nada tivesse acontecido, era como se apenas eu, soubesse o que tinha acontecido, mas sempre que eu pensava que só era um pesadelo, eu olhava para o meu vestido que ainda tinha o sangue dele, às vezes eu me atrevia a olhar para Elaine, mas seus olhos acusadores me fazia estremecer. Nada fazia sentido, eu devia estar morta, meu coração devia ter parado de bater, mas mesmo despedaçado e sangrando ele continuava a bater. Eu já não mais chorava, não sentia essa necessidade, para ser sincera nada me importava, nem mesmo o rosto de felicidade da rainha, ou o olhar de desculpas do soldado, eu só queria que amanhecesse logo, queria muito acabar com aquela dor, agora entendo o que Odin dizer com "você ira se arrepender". Eu estou morta mesmo com coração batendo, mesmo que eu consiga respirar, eu estou m
Acabei dormindo ao lado da cama, possivelmente após se cansar de ouvir meu choro a criada desistiu de me ajudar, posso sentir meu olhos inchados, e minha garganta dolorida. — Eu disse que vinha. — Me assusto ao ouvir a voz de Odin no escuro. — E para que? — Falei tentando me levantar. — Não quer viver? — Ele me pergunta, mas ainda não consigo enxergá-lo. — Não. — Falei me deitando na cama, me sentia fraca. — Irá morrer, enquanto ela vive? Irá morrer para ela viver? — Ele ri. — Achei que iria querer vingança. — O que posso fazer? Não vou ver outra pessoa que amo morrer. — Eu te mostrei um futuro. — Agora ele se aproxima, consigo ver seus em meio à escuridão. — Não me tornarei aquilo. — Eu nunca seria aquele monstro. —Você fez uma escolha ontem e veja onde te levou. — Você sabia? — Eu o acusei, mas minha voz estava fraca, eu sequer conseguia acusa-lo o encarando. — Somos donos das nossas escolhas, mas também somos donos das consequências sobre elas. Fez sua escolha, não pode
Olhei-me no espelho, a criada tinha trazido um maior, já que eu destruí o que aqui tinha. Minha mortalha caia perfeitamente em meu corpo, mas era o meu cabelo que se destacava, a coroa pousava delicadamente em minha cabeça, hoje a criada achou melhor usa meu cabelo solto, o vestido que cobria todo o meu corpo era lindo, eu estava pronta, eu iria fazer o que ninguém nunca teve coragem. — Está tão linda! — A rainha entra no meu quarto, ela usava um belo vestido vermelho. — Majestade! — Eu a reverencio, senti um monte de emoções, mas a raiva e o ódio, não era nada comparada à dor que ela me causava com sua presença. — Sabe Dominique, ontem você foi tão insolente, mas a perdoei. — Ela sorriu como ternura de uma mãe. — Sim, majestade. — Mas também admirei, qualquer pessoa teria perdido o controle, mas não você. — Ela levantou meu queixo, me olhou profundamente. — É a rainha e sempre faz o que é certo, não sou ninguém para questioná-la. — Eu queria dizer a ela tudo que penso, mas não
Olhei para o tapete que estava na minha frente, ele leva para uma escada que nos levaria para as sete pedras, nos aconselhavam a fechar os olhos. Odin se levanta com um livro preto, e começa falar em uma língua a qual eu nunca tinha ouvido antes, a rainha sorri para mim. Meu pai segurava minha mãe, que não chorava, havia uma fúria em seus olhos. Eu era a primeira, eu subiria ao altar, não devemos gritar, nem demonstrar dor, seria rápido, Liza havia prometido. Sentir meu coração pulsar rapidamente, puxei o ar. Senti quando a mão de Elaine segurou a minha. — Você consegue, é forte. — Eu sabia que ela não estava me dizendo para fugir, mas aquilo me confortou, eu era forte, conseguiria, eu salvaria a irmã de Caio e me salvaria, ele se orgulha disso. A voz de Anastácia se tornou mais alta. — O nosso reino era um lugar de guerra e sangue, meu pai era um homem que só sabia viver na guerra, vi muitos homens de sua confiança morrer, vi crianças ficaram sem seus pais, mas um dia eu disse "
Não sei o que aconteceu com meus pais, tão pouco sei o que ira acontecer comigo, cansei de chamar Odin, mas ele não aparece, estou aqui nesse lugar escuro e gelado, o cheiro de coisas mortas, me dar vontade de vomitar. Já faz alguns dias que estou aqui, o que está acontecendo, é um mistério para mim, ninguém fala nada, os soldados que às vezes me trazem água, simplesmente não me respondem, minha cabeça dói, meu corpo parecer está tão pesado que eu mal consigo me mexer.Caio me segurava pela cintura, puxava meu corpo para o corpo dele.— Eu te amo. — Ele pega em meu pescoço sua duas mão e me beija. — Tanto.E de repente ele cai, olho para o soldado, que estava com a espada na mão.— Por que fez isso?! — Perguntei.— Ela mandou. — Ele olha para uma sombra preta, no céu que vem em minha direção tento correr, mas ela me segura.— Dominique! — A voz familiar me chama.Olhei para aquele rosto, e depois para o lugar onde eu estava, aquilo não era certo, o que Rafi faria aqui, ainda mais vest
Rafi procura de algo que pudéssemos usar, achei uma escada e nós dois conseguimos pegar a escada e levar até o muro, jogamos a corda, para escalarmos. — Domi, você tem que segurar o Reno, se não ele irá sair bolando pela floresta adentro. — Rafi me diz preocupado. — Não se preocupe. — Falei, precisamos amarrar a corda na cintura de Reno, ele não estava bem para escalar e a escada não alcançava até o alto, eu fui a primeira a sub, peguei a corda e conseguir escalar e passar pelo muro, sentir um alívio, mexi a corda para Rafi saber que podia mandar o Reno, não seria fácil para Rafi sub com Reno nas costas e j**a-lo, ainda corríamos o risco de a escada quebrar com os dois. Ele mexe a corda e eu puxo com todas as minhas forças, quando enfim consegui puxar Reno nós dois caímos, do outro lado, saímos bolando, floresta abaixo. — Ai! — Foi à única coisa que consegui dizer, Reno tinha abriu os olhos, mas logo fecha de novo. O deixei encostado em uma árvore e corri para ter certeza que Rafi t
Reno fez uma fogueira, se sentamos, enquanto algum bicho, que, com certeza, não era nada bom, passava. Eu devolvi a ele o saquinho, não ousei abri-lo, mesmo que minha curiosidade estivesse gritando comigo até agora, não podia tocar naquilo, não queria saber sobre os segredos que rodeava aqueles dois irmãos, não queria me apegar tanto a eles a ponto de não conseguir deixá-los, e eu teria que deixá-los, não poderia carregá-los para a morte, não podia permitir que morressem como Caio...Caio, eu pensava muito nele, às vezes a acordava chamando seu nome, meu coração ainda dói quando me lembro dele, ainda sinto o calor de seu corpo no meu, e às vezes posso jurar ouvi-lo chamando meu nome. Lembro-me dele sorrindo, e às vezes me lembro dele me olhado, ele simplesmente conseguia me dizer o quanto me amava com aqueles olhos, (sem dizer uma palavra) me deixando tão envergonhada a ponto de me fazer baixar a cabeça.— Domi não chore, prometo que amanhã procuro algo que dê vontade de comer. — Rafi