Acabei dormindo ao lado da cama, possivelmente após se cansar de ouvir meu choro a criada desistiu de me ajudar, posso sentir meu olhos inchados, e minha garganta dolorida. — Eu disse que vinha. — Me assusto ao ouvir a voz de Odin no escuro. — E para que? — Falei tentando me levantar. — Não quer viver? — Ele me pergunta, mas ainda não consigo enxergá-lo. — Não. — Falei me deitando na cama, me sentia fraca. — Irá morrer, enquanto ela vive? Irá morrer para ela viver? — Ele ri. — Achei que iria querer vingança. — O que posso fazer? Não vou ver outra pessoa que amo morrer. — Eu te mostrei um futuro. — Agora ele se aproxima, consigo ver seus em meio à escuridão. — Não me tornarei aquilo. — Eu nunca seria aquele monstro. —Você fez uma escolha ontem e veja onde te levou. — Você sabia? — Eu o acusei, mas minha voz estava fraca, eu sequer conseguia acusa-lo o encarando. — Somos donos das nossas escolhas, mas também somos donos das consequências sobre elas. Fez sua escolha, não pode
Olhei-me no espelho, a criada tinha trazido um maior, já que eu destruí o que aqui tinha. Minha mortalha caia perfeitamente em meu corpo, mas era o meu cabelo que se destacava, a coroa pousava delicadamente em minha cabeça, hoje a criada achou melhor usa meu cabelo solto, o vestido que cobria todo o meu corpo era lindo, eu estava pronta, eu iria fazer o que ninguém nunca teve coragem. — Está tão linda! — A rainha entra no meu quarto, ela usava um belo vestido vermelho. — Majestade! — Eu a reverencio, senti um monte de emoções, mas a raiva e o ódio, não era nada comparada à dor que ela me causava com sua presença. — Sabe Dominique, ontem você foi tão insolente, mas a perdoei. — Ela sorriu como ternura de uma mãe. — Sim, majestade. — Mas também admirei, qualquer pessoa teria perdido o controle, mas não você. — Ela levantou meu queixo, me olhou profundamente. — É a rainha e sempre faz o que é certo, não sou ninguém para questioná-la. — Eu queria dizer a ela tudo que penso, mas não
Olhei para o tapete que estava na minha frente, ele leva para uma escada que nos levaria para as sete pedras, nos aconselhavam a fechar os olhos. Odin se levanta com um livro preto, e começa falar em uma língua a qual eu nunca tinha ouvido antes, a rainha sorri para mim. Meu pai segurava minha mãe, que não chorava, havia uma fúria em seus olhos. Eu era a primeira, eu subiria ao altar, não devemos gritar, nem demonstrar dor, seria rápido, Liza havia prometido. Sentir meu coração pulsar rapidamente, puxei o ar. Senti quando a mão de Elaine segurou a minha. — Você consegue, é forte. — Eu sabia que ela não estava me dizendo para fugir, mas aquilo me confortou, eu era forte, conseguiria, eu salvaria a irmã de Caio e me salvaria, ele se orgulha disso. A voz de Anastácia se tornou mais alta. — O nosso reino era um lugar de guerra e sangue, meu pai era um homem que só sabia viver na guerra, vi muitos homens de sua confiança morrer, vi crianças ficaram sem seus pais, mas um dia eu disse "
Não sei o que aconteceu com meus pais, tão pouco sei o que ira acontecer comigo, cansei de chamar Odin, mas ele não aparece, estou aqui nesse lugar escuro e gelado, o cheiro de coisas mortas, me dar vontade de vomitar. Já faz alguns dias que estou aqui, o que está acontecendo, é um mistério para mim, ninguém fala nada, os soldados que às vezes me trazem água, simplesmente não me respondem, minha cabeça dói, meu corpo parecer está tão pesado que eu mal consigo me mexer.Caio me segurava pela cintura, puxava meu corpo para o corpo dele.— Eu te amo. — Ele pega em meu pescoço sua duas mão e me beija. — Tanto.E de repente ele cai, olho para o soldado, que estava com a espada na mão.— Por que fez isso?! — Perguntei.— Ela mandou. — Ele olha para uma sombra preta, no céu que vem em minha direção tento correr, mas ela me segura.— Dominique! — A voz familiar me chama.Olhei para aquele rosto, e depois para o lugar onde eu estava, aquilo não era certo, o que Rafi faria aqui, ainda mais vest
Rafi procura de algo que pudéssemos usar, achei uma escada e nós dois conseguimos pegar a escada e levar até o muro, jogamos a corda, para escalarmos. — Domi, você tem que segurar o Reno, se não ele irá sair bolando pela floresta adentro. — Rafi me diz preocupado. — Não se preocupe. — Falei, precisamos amarrar a corda na cintura de Reno, ele não estava bem para escalar e a escada não alcançava até o alto, eu fui a primeira a sub, peguei a corda e conseguir escalar e passar pelo muro, sentir um alívio, mexi a corda para Rafi saber que podia mandar o Reno, não seria fácil para Rafi sub com Reno nas costas e j**a-lo, ainda corríamos o risco de a escada quebrar com os dois. Ele mexe a corda e eu puxo com todas as minhas forças, quando enfim consegui puxar Reno nós dois caímos, do outro lado, saímos bolando, floresta abaixo. — Ai! — Foi à única coisa que consegui dizer, Reno tinha abriu os olhos, mas logo fecha de novo. O deixei encostado em uma árvore e corri para ter certeza que Rafi t
Reno fez uma fogueira, se sentamos, enquanto algum bicho, que, com certeza, não era nada bom, passava. Eu devolvi a ele o saquinho, não ousei abri-lo, mesmo que minha curiosidade estivesse gritando comigo até agora, não podia tocar naquilo, não queria saber sobre os segredos que rodeava aqueles dois irmãos, não queria me apegar tanto a eles a ponto de não conseguir deixá-los, e eu teria que deixá-los, não poderia carregá-los para a morte, não podia permitir que morressem como Caio...Caio, eu pensava muito nele, às vezes a acordava chamando seu nome, meu coração ainda dói quando me lembro dele, ainda sinto o calor de seu corpo no meu, e às vezes posso jurar ouvi-lo chamando meu nome. Lembro-me dele sorrindo, e às vezes me lembro dele me olhado, ele simplesmente conseguia me dizer o quanto me amava com aqueles olhos, (sem dizer uma palavra) me deixando tão envergonhada a ponto de me fazer baixar a cabeça.— Domi não chore, prometo que amanhã procuro algo que dê vontade de comer. — Rafi
Ouvi gritos e corri, eu estava no castelo, eu sabia de quem era aqueles gritos entraram em uma porta, ela gritava com eles, nas mãos dela tinha alguma coisa, percebi que ela tacava neles eles gritavam. Eu queria ajudá-los, mas não conseguia, tentei gritar, queria que ela me visse, queria que parasse de machucá-los, mas ela ria dos gritos de agonia, perdi minhas forças e me ajoelhei no chão, os gritos pararam apenas soluções eram ouvidos e então uma voz gélida e sem vida falou. — A onde ela está?! — Ela outra vez levantou algo parecido com um chicote daqueles que usam em cavalos. — Não sabemos! — Minha mãe diz, cheguei mais perto, suas costas estavam vermelhas. — Para! Eu estou aqui! — Gritei. — Domi! — Sinto meu corpo se sacudindo. — Eu estou aqui. — Gritei. — Por favor, pare eu estou aqui! — Dominique acorde. — Rafi grita meu nome. — Ela está torturando eles, tenho que voltar! — Rafi seca as lágrimas do meu rosto e me abraça. — Domi, isso só foi um sonho ruim. — Não foi! — B
A mulher segurava uma espada ensanguentada em suas mãos, o sorriso em seu rosto mostrava sua satisfação, mas o que mais me indignava era que ela era como eu, mas seus olhos era diferente de certo modo era um olhar cruel, ela passeava pelo grande salão com uma linda coroa, o grande salão em que Caio foi morto, e ela não parecia se incomodada com isso, nada tirava aquele sorriso, ela era a própria maldade, seus olhos brilhava com se estivesse se divertindo, ela usava um vestido preto colado em seu corpo, me senti envergonhada por ela, mas também admirada, ela era muito mais bela que eu, a coroa se acentua bem em sua cabeça, e por um momento parece que ela me ver.— Ela pode me ver? — Pergunto aflita.— Não. — Odin responde calmamente. — Majestade! — Uma moça de cabelos castanhos entra pelo salão, ela a reverência.— Sim.— Os soldados estão trazendo ele. — Ela sorriu, parecia de repente que havia recebido a melhor notícia da sua vida.— Tem certeza que é ele? — Ela parece ansiosa.— É