Sinto uma enorme vontade de ver Caio, revê aquele homem, me fez lembrar o sonho, vou até uma árvore perto da enorme casa de Caio e assobio, logo ele aparece na janela com um lindo sorriso que tira o meu fôlego, tenho que admitir, ele é incrível. Caio pula a janela e vem ao meu encontro. — Está melhor? — Ele pergunta, olhando para as minhas roupas. — Estive com Rafi e Reno. — Justificou, ele balançou a cabeça, como se tudo fizesse sentido com essa informação. — Quase me machuquei pulando a janela do seu quarto. — Ele fala sorrindo e passando a mão em seu ombro esquerdo. — Devia ter se machucado, como ousa entrar no quarto de uma moça? — Digo rindo, e então encostou-me à árvore. — Estou tentando salvar a vida dela. — Ele diz piscando e se senta ao meu lado. — E qual é o plano? — Está disposta? — Eu não estava, mas precisava saber qual era o plano para poder desfazê-lo. — Meu pai me odiaria por não tentar. — No dia do baile, nós quatro fugimos! — Quase ri, era ridículo e perigo
Um raio de sol atingiu-o no meu quarto, lembrei-me da noite passada, talvez fosse só um sonho, mas foi tão intenso, tão maravilhoso, que... — Caio! — Digo apavorada ao se dar conta que não foi um sonho. — O que foi! — Ele acorda assustado, por um momento esqueci o que eu queria falar, ele era lindo pela manhã, e então ele sorriu e me puxou para seus braços. — Tem que ir! A rainha o matará. — Eu sussurrei enquanto ele me beijava. — Eu corro o risco. — Ele sussurrou de volta enquanto me fazia esquecer, novamente da minha razão. — Dominique! — Meu pai me chama, me fazendo pular da cama e me afastar de Caio, que estava realmente pálido. — O que foi pai! — Grito enquanto Caio veste as roupas e pula a janela. — Abra a porta! — Arrumo meu cabelo, vejo um sapato de caio no chão e o jogo pela janela. —Está destrancada? —Falou, me olhando de relance no espelho, e vendo que eu estava em estado deplorável. — Pensei... Meu pai parece pensar, mas então dá de ombros. — O que papai? — E
Ele se aproximou, selando um beijo em meus lábios, mas se afasta e se senta na cama, Caio é a ponta de luz nisso tudo, sempre foi à única coisa nisso tudo que foi bom foi conhecê-lo, era o meu alívio depois de horas aprendendo sobre como o meu sacrifício era importante. — Sabe o quanto te amo? — Pergunto, ele dá um sorriso e vejo seu rosto ruborizar. — Não, só sei o quanto eu te amo. — Ele tenta me beijar, mas eu me afasto, — O que foi?! — Ele perguntou se aproximando novamente. — Não posso continuar com isso. — Por fim falei. — Do que está falando? — Vejo a confusão em seu olhar. — Não fugiremos, sabemos disso, sabemos que não existe essa possibilidade, e sonhar pode nos custar caro... pode custar sua vida. — O que minha irmã disse? — Ele olhou para a porta. —Ela sempre foi a mais ponderada de nós, mas dessa vez ela não precisou, sabe aquela clareza que falam que se tem pouco antes da morte? Bem acho q
Eu olhava para Caio que suava frio enquanto olhava assustado para meus pais. Minha mãe não parava de chorar, meu pai nos encarava com seu olhar severo. — Então querem se casar? — Ele fala por fim. — Sim, papai. — Falei pegando na mão de Caio. — Então pretende fugir? — Meu pai falou se sentando no sofá. — Não. — Falei, Caio então dá um pequeno aperto na minha mão. — Então que casar com o pobre hoje, para deixá-lo viúvo logo depois? — Meu pai fala, mas não me olha ele olha para Caio. — Você é insano rapaz? — A amo e se ela quiser casar comigo, seria eu um tolo por não querer. — Meu pai o olha como se tivesse tentando entender Caio. — Ela estará morta em breve. — Enfim falou, não havia emoção, meu pai apenas constatou um fato. — E então essa é a minha única chance de dizer que me casei com quem amo. — Se eu já não o amasse, me apaixonaria por Caio naquele momento, vi que meu pai não tinha mais argumentos. — Então não me resta mais nada, além de permitir. — Abracei meu pai. Ent
Por mais que eu quisesse o sono não vinha, Caio dormia tranquilamente, ele guardava aquele meio sorriso, que tanto amo, me imaginei acordando depois de muitos anos de casados e vê aquele sorriso, imaginei como meus filhos seriam "teriam os olhos e o sorriso do pai, teriam meus cabelos e meu mau gênio, olhar meigo de Elaine, a coragem de meu pai e o bom coração da minha mãe". Não podia deixar de imaginar como meu pai ficaria animado e os ensinaria a luta com espadas, minha mãe ficará brava com ele por causa disso, Caio iria deixá-los loucos com sua forma de sempre querer tudo certinho, e eu seria uma péssima cozinheira e eles correriam para a minha mãe implorando para ela ir cozinhar. Fiquei ali pensando em como eu seria feliz, em como tudo iria ser perfeito, mas a luz do sol me fez sair de meus devaneios, me tirou daquele confortável pensamento, me trazendo de volta na minha triste realidade "eu estaria morta no dia seguinte". — Caio levante, você precisa ir. — Ele se levantou rapid
Então entramos finalmente, ela estava no trono, o mesmo que aquele ser havia me mostrado, o salão era iluminado pela luz do dia, ela usava um vestido vermelho sangue, seus cabelos dourados quase brancos, estavam amarrados e havia uma coroa em sua cabeça, ela é linda, seus olhos eram de um azul profundo ela acompanhava nossa chegada e parecia satisfeita, havia uma superioridade em sua postura que nunca sentir em outra pessoa, eu sabia apenas pela forma que ela nos olhava que ela era superior a nós, que eu não significava nada perto dela. — Majestade! — Elaine a reverência, então eu percebi que nem eu nem as outras meninas tínhamos que estar pensando nisso. Logo nos redimimos, mas a rainha não pareceu chateada, ela apenas sorriu. — Pobrezinhas devem estar tão assustadas. — Ela se levanta e vem em nossa direção, parecia está feliz com nossa chegada, seu vestido era colado ao seu corpo, chegava a ser até vergonhoso, ela andava devagar sem pressa como se o mundo estivesse à sua espera.
O silêncio tomou o lugar, ambos se encaravam, até que o ser voltou a ri novamente, simplesmente não conseguir deixar de estremecer, era como se o mal entrasse pelo salão naquele momento, algo que o rei e todos pareciam perceber, eles haviam feito um acordo sem volta.— Vamos. — o ser ao meu lado tocou minha mão, e novamente tudo mudou, estávamos em um quarto, era como o meu, cada detalhe, por um momento achei que tínhamos voltado, mas o sol entrava pela janela, e na cama jazia uma linda menina de cabelos dourados e face de ninfa, parecia estar muito branca até parecia está morta. O rei estava ao seu lado, junto a ele a rainha e então o ser que agora parecia calmo e sereno, como se tivesse certeza de que conseguiu o que desejava.— É ela! — O rei se aproxima da cama. — É só uma menina.—A vida dela te custará sangue, não por que eu quero, mas quando se barganha com a morte, deve lhe dar algo em troca. — Então o ser pega na mão do rei que paralisa os dois não saem do lugar, seus olhos f
O grande salão estava cheio, todos nos olhavam com admiração, alguns se aproximavam de nossas cadeiras e nos felicitou, eu como as outras davam o melhor falso sorriso que podíamos conseguir naquele momento, o salão estava cheio, candelabros iluminava todo o lugar, as sete cadeiras estavam uma do lado da outra, do outro lado estava à rainha sentada em seu trono, ela usava um vestido branco, seu manto vermelho a deixava mais linda, e em sua cabeça a coroa cravejada de diamantes brilhavam tanto quanto seus olhos. Algum nobre se aproxima e pergunta algo, Elaine que sempre é mais gentil responde. — Maravilhadas com o castelo. — Ela mente rapidamente, a verdade é que àquela altura, estávamos todas exaltadas, irritadas e prontas para fugir. — E você? — Eu o olhei, queria muito ignorá-lo, mas me dizendo. — Nunca vi algo tão belo quanto este castelo e nunca participei de uma festa tão agradável! — Ele parece satisfeito com a minha resposta, eles queriam ter certeza de que trocaram alguma