Ele se aproximou, selando um beijo em meus lábios, mas se afasta e se senta na cama, Caio é a ponta de luz nisso tudo, sempre foi à única coisa nisso tudo que foi bom foi conhecê-lo, era o meu alívio depois de horas aprendendo sobre como o meu sacrifício era importante.
— Sabe o quanto te amo? — Pergunto, ele dá um sorriso e vejo seu rosto ruborizar.— Não, só sei o quanto eu te amo. — Ele tenta me beijar, mas eu me afasto,— O que foi?! — Ele perguntou se aproximando novamente.— Não posso continuar com isso. — Por fim falei.— Do que está falando? — Vejo a confusão em seu olhar.— Não fugiremos, sabemos disso, sabemos que não existe essa possibilidade, e sonhar pode nos custar caro... pode custar sua vida.— O que minha irmã disse? — Ele olhou para a porta.—Ela sempre foi a mais ponderada de nós, mas dessa vez ela não precisou, sabe aquela clareza que falam que se tem pouco antes da morte? Bem acho qEu olhava para Caio que suava frio enquanto olhava assustado para meus pais. Minha mãe não parava de chorar, meu pai nos encarava com seu olhar severo. — Então querem se casar? — Ele fala por fim. — Sim, papai. — Falei pegando na mão de Caio. — Então pretende fugir? — Meu pai falou se sentando no sofá. — Não. — Falei, Caio então dá um pequeno aperto na minha mão. — Então que casar com o pobre hoje, para deixá-lo viúvo logo depois? — Meu pai fala, mas não me olha ele olha para Caio. — Você é insano rapaz? — A amo e se ela quiser casar comigo, seria eu um tolo por não querer. — Meu pai o olha como se tivesse tentando entender Caio. — Ela estará morta em breve. — Enfim falou, não havia emoção, meu pai apenas constatou um fato. — E então essa é a minha única chance de dizer que me casei com quem amo. — Se eu já não o amasse, me apaixonaria por Caio naquele momento, vi que meu pai não tinha mais argumentos. — Então não me resta mais nada, além de permitir. — Abracei meu pai. Ent
Por mais que eu quisesse o sono não vinha, Caio dormia tranquilamente, ele guardava aquele meio sorriso, que tanto amo, me imaginei acordando depois de muitos anos de casados e vê aquele sorriso, imaginei como meus filhos seriam "teriam os olhos e o sorriso do pai, teriam meus cabelos e meu mau gênio, olhar meigo de Elaine, a coragem de meu pai e o bom coração da minha mãe". Não podia deixar de imaginar como meu pai ficaria animado e os ensinaria a luta com espadas, minha mãe ficará brava com ele por causa disso, Caio iria deixá-los loucos com sua forma de sempre querer tudo certinho, e eu seria uma péssima cozinheira e eles correriam para a minha mãe implorando para ela ir cozinhar. Fiquei ali pensando em como eu seria feliz, em como tudo iria ser perfeito, mas a luz do sol me fez sair de meus devaneios, me tirou daquele confortável pensamento, me trazendo de volta na minha triste realidade "eu estaria morta no dia seguinte". — Caio levante, você precisa ir. — Ele se levantou rapid
Então entramos finalmente, ela estava no trono, o mesmo que aquele ser havia me mostrado, o salão era iluminado pela luz do dia, ela usava um vestido vermelho sangue, seus cabelos dourados quase brancos, estavam amarrados e havia uma coroa em sua cabeça, ela é linda, seus olhos eram de um azul profundo ela acompanhava nossa chegada e parecia satisfeita, havia uma superioridade em sua postura que nunca sentir em outra pessoa, eu sabia apenas pela forma que ela nos olhava que ela era superior a nós, que eu não significava nada perto dela. — Majestade! — Elaine a reverência, então eu percebi que nem eu nem as outras meninas tínhamos que estar pensando nisso. Logo nos redimimos, mas a rainha não pareceu chateada, ela apenas sorriu. — Pobrezinhas devem estar tão assustadas. — Ela se levanta e vem em nossa direção, parecia está feliz com nossa chegada, seu vestido era colado ao seu corpo, chegava a ser até vergonhoso, ela andava devagar sem pressa como se o mundo estivesse à sua espera.
O silêncio tomou o lugar, ambos se encaravam, até que o ser voltou a ri novamente, simplesmente não conseguir deixar de estremecer, era como se o mal entrasse pelo salão naquele momento, algo que o rei e todos pareciam perceber, eles haviam feito um acordo sem volta.— Vamos. — o ser ao meu lado tocou minha mão, e novamente tudo mudou, estávamos em um quarto, era como o meu, cada detalhe, por um momento achei que tínhamos voltado, mas o sol entrava pela janela, e na cama jazia uma linda menina de cabelos dourados e face de ninfa, parecia estar muito branca até parecia está morta. O rei estava ao seu lado, junto a ele a rainha e então o ser que agora parecia calmo e sereno, como se tivesse certeza de que conseguiu o que desejava.— É ela! — O rei se aproxima da cama. — É só uma menina.—A vida dela te custará sangue, não por que eu quero, mas quando se barganha com a morte, deve lhe dar algo em troca. — Então o ser pega na mão do rei que paralisa os dois não saem do lugar, seus olhos f
O grande salão estava cheio, todos nos olhavam com admiração, alguns se aproximavam de nossas cadeiras e nos felicitou, eu como as outras davam o melhor falso sorriso que podíamos conseguir naquele momento, o salão estava cheio, candelabros iluminava todo o lugar, as sete cadeiras estavam uma do lado da outra, do outro lado estava à rainha sentada em seu trono, ela usava um vestido branco, seu manto vermelho a deixava mais linda, e em sua cabeça a coroa cravejada de diamantes brilhavam tanto quanto seus olhos. Algum nobre se aproxima e pergunta algo, Elaine que sempre é mais gentil responde. — Maravilhadas com o castelo. — Ela mente rapidamente, a verdade é que àquela altura, estávamos todas exaltadas, irritadas e prontas para fugir. — E você? — Eu o olhei, queria muito ignorá-lo, mas me dizendo. — Nunca vi algo tão belo quanto este castelo e nunca participei de uma festa tão agradável! — Ele parece satisfeito com a minha resposta, eles queriam ter certeza de que trocaram alguma
E depois da demonstração de poder, a rainha me deixou me sentar, e fique ali observando uma das criadas limpando o sangue de Caio, a mãe dele chorava em silêncio, o baile continuava, era como se nada tivesse acontecido, era como se apenas eu, soubesse o que tinha acontecido, mas sempre que eu pensava que só era um pesadelo, eu olhava para o meu vestido que ainda tinha o sangue dele, às vezes eu me atrevia a olhar para Elaine, mas seus olhos acusadores me fazia estremecer. Nada fazia sentido, eu devia estar morta, meu coração devia ter parado de bater, mas mesmo despedaçado e sangrando ele continuava a bater. Eu já não mais chorava, não sentia essa necessidade, para ser sincera nada me importava, nem mesmo o rosto de felicidade da rainha, ou o olhar de desculpas do soldado, eu só queria que amanhecesse logo, queria muito acabar com aquela dor, agora entendo o que Odin dizer com "você ira se arrepender". Eu estou morta mesmo com coração batendo, mesmo que eu consiga respirar, eu estou m
Acabei dormindo ao lado da cama, possivelmente após se cansar de ouvir meu choro a criada desistiu de me ajudar, posso sentir meu olhos inchados, e minha garganta dolorida. — Eu disse que vinha. — Me assusto ao ouvir a voz de Odin no escuro. — E para que? — Falei tentando me levantar. — Não quer viver? — Ele me pergunta, mas ainda não consigo enxergá-lo. — Não. — Falei me deitando na cama, me sentia fraca. — Irá morrer, enquanto ela vive? Irá morrer para ela viver? — Ele ri. — Achei que iria querer vingança. — O que posso fazer? Não vou ver outra pessoa que amo morrer. — Eu te mostrei um futuro. — Agora ele se aproxima, consigo ver seus em meio à escuridão. — Não me tornarei aquilo. — Eu nunca seria aquele monstro. —Você fez uma escolha ontem e veja onde te levou. — Você sabia? — Eu o acusei, mas minha voz estava fraca, eu sequer conseguia acusa-lo o encarando. — Somos donos das nossas escolhas, mas também somos donos das consequências sobre elas. Fez sua escolha, não pode
Olhei-me no espelho, a criada tinha trazido um maior, já que eu destruí o que aqui tinha. Minha mortalha caia perfeitamente em meu corpo, mas era o meu cabelo que se destacava, a coroa pousava delicadamente em minha cabeça, hoje a criada achou melhor usa meu cabelo solto, o vestido que cobria todo o meu corpo era lindo, eu estava pronta, eu iria fazer o que ninguém nunca teve coragem. — Está tão linda! — A rainha entra no meu quarto, ela usava um belo vestido vermelho. — Majestade! — Eu a reverencio, senti um monte de emoções, mas a raiva e o ódio, não era nada comparada à dor que ela me causava com sua presença. — Sabe Dominique, ontem você foi tão insolente, mas a perdoei. — Ela sorriu como ternura de uma mãe. — Sim, majestade. — Mas também admirei, qualquer pessoa teria perdido o controle, mas não você. — Ela levantou meu queixo, me olhou profundamente. — É a rainha e sempre faz o que é certo, não sou ninguém para questioná-la. — Eu queria dizer a ela tudo que penso, mas não