Um barulho estrondoso que me fez estremecer era uma árvore sendo derrubada perto dali corri na direção do barulho. Ao chegar ao barulho vejo uma árvore caída no chão era a minha macieira talvez a única existente em todo reino, fora a que existia no castelo, ela se encontrava no coração da floresta, achei que nunca encontrariam, mas eles estavam lá, havia pelo menos uns seis homens, eles usavam roupas simples, logo percebi que eram apenas serviçais da rainha, mas a sua frente em cima de uma cavalo estava o soldado do outro dia, ele usava uma blusa de algodão branco, sua botas ao contrários dos demais estavam brilhantes, imagino que jamais precisou pegar no pesado, então essa é vantagem em ser amante da rainha? Ele então encontra o meu olhar, parece surpreso e então desce do cavalo e anda até a minha direção, ele por um momento apenas me observa como se me desafiasse a ser a primeira a falar, mas apenas voltei meu olhar para árvore, o sonho parecia tomar forma ali, ele e uma macieira, ma
Sinto uma enorme vontade de ver Caio, revê aquele homem, me fez lembrar o sonho, vou até uma árvore perto da enorme casa de Caio e assobio, logo ele aparece na janela com um lindo sorriso que tira o meu fôlego, tenho que admitir, ele é incrível. Caio pula a janela e vem ao meu encontro. — Está melhor? — Ele pergunta, olhando para as minhas roupas. — Estive com Rafi e Reno. — Justificou, ele balançou a cabeça, como se tudo fizesse sentido com essa informação. — Quase me machuquei pulando a janela do seu quarto. — Ele fala sorrindo e passando a mão em seu ombro esquerdo. — Devia ter se machucado, como ousa entrar no quarto de uma moça? — Digo rindo, e então encostou-me à árvore. — Estou tentando salvar a vida dela. — Ele diz piscando e se senta ao meu lado. — E qual é o plano? — Está disposta? — Eu não estava, mas precisava saber qual era o plano para poder desfazê-lo. — Meu pai me odiaria por não tentar. — No dia do baile, nós quatro fugimos! — Quase ri, era ridículo e perigo
Um raio de sol atingiu-o no meu quarto, lembrei-me da noite passada, talvez fosse só um sonho, mas foi tão intenso, tão maravilhoso, que... — Caio! — Digo apavorada ao se dar conta que não foi um sonho. — O que foi! — Ele acorda assustado, por um momento esqueci o que eu queria falar, ele era lindo pela manhã, e então ele sorriu e me puxou para seus braços. — Tem que ir! A rainha o matará. — Eu sussurrei enquanto ele me beijava. — Eu corro o risco. — Ele sussurrou de volta enquanto me fazia esquecer, novamente da minha razão. — Dominique! — Meu pai me chama, me fazendo pular da cama e me afastar de Caio, que estava realmente pálido. — O que foi pai! — Grito enquanto Caio veste as roupas e pula a janela. — Abra a porta! — Arrumo meu cabelo, vejo um sapato de caio no chão e o jogo pela janela. —Está destrancada? —Falou, me olhando de relance no espelho, e vendo que eu estava em estado deplorável. — Pensei... Meu pai parece pensar, mas então dá de ombros. — O que papai? — E
Ele se aproximou, selando um beijo em meus lábios, mas se afasta e se senta na cama, Caio é a ponta de luz nisso tudo, sempre foi à única coisa nisso tudo que foi bom foi conhecê-lo, era o meu alívio depois de horas aprendendo sobre como o meu sacrifício era importante. — Sabe o quanto te amo? — Pergunto, ele dá um sorriso e vejo seu rosto ruborizar. — Não, só sei o quanto eu te amo. — Ele tenta me beijar, mas eu me afasto, — O que foi?! — Ele perguntou se aproximando novamente. — Não posso continuar com isso. — Por fim falei. — Do que está falando? — Vejo a confusão em seu olhar. — Não fugiremos, sabemos disso, sabemos que não existe essa possibilidade, e sonhar pode nos custar caro... pode custar sua vida. — O que minha irmã disse? — Ele olhou para a porta. —Ela sempre foi a mais ponderada de nós, mas dessa vez ela não precisou, sabe aquela clareza que falam que se tem pouco antes da morte? Bem acho q
Eu olhava para Caio que suava frio enquanto olhava assustado para meus pais. Minha mãe não parava de chorar, meu pai nos encarava com seu olhar severo. — Então querem se casar? — Ele fala por fim. — Sim, papai. — Falei pegando na mão de Caio. — Então pretende fugir? — Meu pai falou se sentando no sofá. — Não. — Falei, Caio então dá um pequeno aperto na minha mão. — Então que casar com o pobre hoje, para deixá-lo viúvo logo depois? — Meu pai fala, mas não me olha ele olha para Caio. — Você é insano rapaz? — A amo e se ela quiser casar comigo, seria eu um tolo por não querer. — Meu pai o olha como se tivesse tentando entender Caio. — Ela estará morta em breve. — Enfim falou, não havia emoção, meu pai apenas constatou um fato. — E então essa é a minha única chance de dizer que me casei com quem amo. — Se eu já não o amasse, me apaixonaria por Caio naquele momento, vi que meu pai não tinha mais argumentos. — Então não me resta mais nada, além de permitir. — Abracei meu pai. Ent
Por mais que eu quisesse o sono não vinha, Caio dormia tranquilamente, ele guardava aquele meio sorriso, que tanto amo, me imaginei acordando depois de muitos anos de casados e vê aquele sorriso, imaginei como meus filhos seriam "teriam os olhos e o sorriso do pai, teriam meus cabelos e meu mau gênio, olhar meigo de Elaine, a coragem de meu pai e o bom coração da minha mãe". Não podia deixar de imaginar como meu pai ficaria animado e os ensinaria a luta com espadas, minha mãe ficará brava com ele por causa disso, Caio iria deixá-los loucos com sua forma de sempre querer tudo certinho, e eu seria uma péssima cozinheira e eles correriam para a minha mãe implorando para ela ir cozinhar. Fiquei ali pensando em como eu seria feliz, em como tudo iria ser perfeito, mas a luz do sol me fez sair de meus devaneios, me tirou daquele confortável pensamento, me trazendo de volta na minha triste realidade "eu estaria morta no dia seguinte". — Caio levante, você precisa ir. — Ele se levantou rapid
Então entramos finalmente, ela estava no trono, o mesmo que aquele ser havia me mostrado, o salão era iluminado pela luz do dia, ela usava um vestido vermelho sangue, seus cabelos dourados quase brancos, estavam amarrados e havia uma coroa em sua cabeça, ela é linda, seus olhos eram de um azul profundo ela acompanhava nossa chegada e parecia satisfeita, havia uma superioridade em sua postura que nunca sentir em outra pessoa, eu sabia apenas pela forma que ela nos olhava que ela era superior a nós, que eu não significava nada perto dela. — Majestade! — Elaine a reverência, então eu percebi que nem eu nem as outras meninas tínhamos que estar pensando nisso. Logo nos redimimos, mas a rainha não pareceu chateada, ela apenas sorriu. — Pobrezinhas devem estar tão assustadas. — Ela se levanta e vem em nossa direção, parecia está feliz com nossa chegada, seu vestido era colado ao seu corpo, chegava a ser até vergonhoso, ela andava devagar sem pressa como se o mundo estivesse à sua espera.
O silêncio tomou o lugar, ambos se encaravam, até que o ser voltou a ri novamente, simplesmente não conseguir deixar de estremecer, era como se o mal entrasse pelo salão naquele momento, algo que o rei e todos pareciam perceber, eles haviam feito um acordo sem volta.— Vamos. — o ser ao meu lado tocou minha mão, e novamente tudo mudou, estávamos em um quarto, era como o meu, cada detalhe, por um momento achei que tínhamos voltado, mas o sol entrava pela janela, e na cama jazia uma linda menina de cabelos dourados e face de ninfa, parecia estar muito branca até parecia está morta. O rei estava ao seu lado, junto a ele a rainha e então o ser que agora parecia calmo e sereno, como se tivesse certeza de que conseguiu o que desejava.— É ela! — O rei se aproxima da cama. — É só uma menina.—A vida dela te custará sangue, não por que eu quero, mas quando se barganha com a morte, deve lhe dar algo em troca. — Então o ser pega na mão do rei que paralisa os dois não saem do lugar, seus olhos f