Diante de meu desespero, caio estalar um beijo em meus lábios e se afasta, pulando a janela e voltando por onde tinha vindo. Respiro fundo antes de abrir a porta tentando afastar qualquer resquício de afobação. Quando Abro a porta, meu pai me olha como se suspeitasse de algo.— Como está? — Ele diz entrando no quarto e encarando tudo a volta, como se pudesse sentir que algo estava fora do lugar.— Bem. — Digo enquanto ele se senta na minha cama.— Sente-se. — ele pede e eu me aproximo incerta. O que teria acontecido agora? — Lembra quando tinha sete anos e você caiu do cavalo? — questiona e eu concordo me lembrando. — Recorda-se que passou dias na cama?— Lembro do papai. — Digo sem entender aonde ele queria chegar.— Quando melhorou você se levantou, olhou para mim muito séria e disse "quero ver ele me derrubar de novo". Sua mãe proibiu, mas durante a noite você saiu e subiu no cavalo.— Eu era teimosa! — sorrio com mais uma cena de minha teimosia que nem me lembrava.— Quero que con
À voz soa suave e bem de perto como se alguém sussurrar em meus ouvidos, percebi de quem se tratava, aquele ser me procurava outra vez, nunca entendi sobre magia, não era algo que nos era ensinado, mas nunca imaginei alguém capaz de está em um lugar sem está. “Não tema minha criança, peço que confie em mim”. A voz outra vez sussurrou, respirei fundo e decidi que não havia muitas opções, já que ele estava em minha cabeça. Durante todo o caminho pensei em tudo, pensei no que ele tinha me prometido, se houvesse uma chance de acabar com tudo e de ser feliz, talvez valesse a pena, talvez o preço a se pagar não fosse nada comparado a isso. Assim que cheguei à coisa com olhos de cobra me esperava no lago, com certa impaciência. — Tive um imprevisto, é melhor irmos logo! — Ele disse sem esperar que eu abrisse minha boca. — Sim, é melhor. — Falei, e ele ergue a mão, eu coloco minha mão sobre a dele. Estávamos no palácio, mas não era tão belo quanto antes. — Por favor! Por favor! — Algué
Pela manhã, decidi visitar, Rafi e Reno, a caminhada era longa, eles se escondiam muito bem, peguei uma cesta de frutas e pães, eles sempre estavam famintos, pois cozinha não era bem o forte deles, nem o meu, mas por sorte o da minha mãe é, seria bom vê-lo, sem drama sem dor, eles eram dois ladrões que não tinham tempo para chorar pela minha vida, porque tinham que se preocupar com a própria. Comecei andar com mais cuidado, quando cheguei perto do local onde eles ficavam, pois eles colocavam armadilhas por todo lugar, possivelmente já sabiam da minha chegada e estavam em alguma árvore esperando eu cair em suas armadilhas. O que não adiantou em nada, pois segundos depois eu estava de cabeça para baixo, pendurada em uma árvore. — Eu mato vocês! — Gritei e pude ouvir as risadas dos dois — Eu disse que ela cairia. — Reconheci a voz do Reno. — Me solte Reno! — Logo os dois apareceram, ele tinha atitudes de criança, mas eram no mínimo uns quatro anos mais velho do que eu. — Não Domi! —
Um barulho estrondoso que me fez estremecer era uma árvore sendo derrubada perto dali corri na direção do barulho. Ao chegar ao barulho vejo uma árvore caída no chão era a minha macieira talvez a única existente em todo reino, fora a que existia no castelo, ela se encontrava no coração da floresta, achei que nunca encontrariam, mas eles estavam lá, havia pelo menos uns seis homens, eles usavam roupas simples, logo percebi que eram apenas serviçais da rainha, mas a sua frente em cima de uma cavalo estava o soldado do outro dia, ele usava uma blusa de algodão branco, sua botas ao contrários dos demais estavam brilhantes, imagino que jamais precisou pegar no pesado, então essa é vantagem em ser amante da rainha? Ele então encontra o meu olhar, parece surpreso e então desce do cavalo e anda até a minha direção, ele por um momento apenas me observa como se me desafiasse a ser a primeira a falar, mas apenas voltei meu olhar para árvore, o sonho parecia tomar forma ali, ele e uma macieira, ma
Sinto uma enorme vontade de ver Caio, revê aquele homem, me fez lembrar o sonho, vou até uma árvore perto da enorme casa de Caio e assobio, logo ele aparece na janela com um lindo sorriso que tira o meu fôlego, tenho que admitir, ele é incrível. Caio pula a janela e vem ao meu encontro. — Está melhor? — Ele pergunta, olhando para as minhas roupas. — Estive com Rafi e Reno. — Justificou, ele balançou a cabeça, como se tudo fizesse sentido com essa informação. — Quase me machuquei pulando a janela do seu quarto. — Ele fala sorrindo e passando a mão em seu ombro esquerdo. — Devia ter se machucado, como ousa entrar no quarto de uma moça? — Digo rindo, e então encostou-me à árvore. — Estou tentando salvar a vida dela. — Ele diz piscando e se senta ao meu lado. — E qual é o plano? — Está disposta? — Eu não estava, mas precisava saber qual era o plano para poder desfazê-lo. — Meu pai me odiaria por não tentar. — No dia do baile, nós quatro fugimos! — Quase ri, era ridículo e perigo
Um raio de sol atingiu-o no meu quarto, lembrei-me da noite passada, talvez fosse só um sonho, mas foi tão intenso, tão maravilhoso, que... — Caio! — Digo apavorada ao se dar conta que não foi um sonho. — O que foi! — Ele acorda assustado, por um momento esqueci o que eu queria falar, ele era lindo pela manhã, e então ele sorriu e me puxou para seus braços. — Tem que ir! A rainha o matará. — Eu sussurrei enquanto ele me beijava. — Eu corro o risco. — Ele sussurrou de volta enquanto me fazia esquecer, novamente da minha razão. — Dominique! — Meu pai me chama, me fazendo pular da cama e me afastar de Caio, que estava realmente pálido. — O que foi pai! — Grito enquanto Caio veste as roupas e pula a janela. — Abra a porta! — Arrumo meu cabelo, vejo um sapato de caio no chão e o jogo pela janela. —Está destrancada? —Falou, me olhando de relance no espelho, e vendo que eu estava em estado deplorável. — Pensei... Meu pai parece pensar, mas então dá de ombros. — O que papai? — E
Ele se aproximou, selando um beijo em meus lábios, mas se afasta e se senta na cama, Caio é a ponta de luz nisso tudo, sempre foi à única coisa nisso tudo que foi bom foi conhecê-lo, era o meu alívio depois de horas aprendendo sobre como o meu sacrifício era importante. — Sabe o quanto te amo? — Pergunto, ele dá um sorriso e vejo seu rosto ruborizar. — Não, só sei o quanto eu te amo. — Ele tenta me beijar, mas eu me afasto, — O que foi?! — Ele perguntou se aproximando novamente. — Não posso continuar com isso. — Por fim falei. — Do que está falando? — Vejo a confusão em seu olhar. — Não fugiremos, sabemos disso, sabemos que não existe essa possibilidade, e sonhar pode nos custar caro... pode custar sua vida. — O que minha irmã disse? — Ele olhou para a porta. —Ela sempre foi a mais ponderada de nós, mas dessa vez ela não precisou, sabe aquela clareza que falam que se tem pouco antes da morte? Bem acho q
Eu olhava para Caio que suava frio enquanto olhava assustado para meus pais. Minha mãe não parava de chorar, meu pai nos encarava com seu olhar severo. — Então querem se casar? — Ele fala por fim. — Sim, papai. — Falei pegando na mão de Caio. — Então pretende fugir? — Meu pai falou se sentando no sofá. — Não. — Falei, Caio então dá um pequeno aperto na minha mão. — Então que casar com o pobre hoje, para deixá-lo viúvo logo depois? — Meu pai fala, mas não me olha ele olha para Caio. — Você é insano rapaz? — A amo e se ela quiser casar comigo, seria eu um tolo por não querer. — Meu pai o olha como se tivesse tentando entender Caio. — Ela estará morta em breve. — Enfim falou, não havia emoção, meu pai apenas constatou um fato. — E então essa é a minha única chance de dizer que me casei com quem amo. — Se eu já não o amasse, me apaixonaria por Caio naquele momento, vi que meu pai não tinha mais argumentos. — Então não me resta mais nada, além de permitir. — Abracei meu pai. Ent