Um ano depois...
Rafaela segurava seu afilhado nos braços, era um lindo menino de dois anos, mulato de olhos verdes. Quando a mãe podia, levava o garoto até o posto de saúde em que Rafaela trabalhava para que ela o visse. Foi lá que ela conheceu a mãe da criança, a mulher chamada Neide tinha apenas vinte anos e era mãe solteira. Costumava levar seu filho lá para ser atendido, quando achava que algo não estava bem, mas nunca ninguém fez caso da doença do garoto, não sabiam o que era e tampouco se interessavam. Muito preocupada Rafaela o encaminhou para sua amiga Juliana que descobriu em pouco tempo que o pequeno tinha um tumor no cérebro, graças a Deus era benigno, mas ainda assim atrapalhava seu desenvolvimento e causava dores.
Depois de todo sofrimento a cri
Sentado bem relaxado sobre a poltrona de seu jato, Renato revisava o assunto de sua futura reunião. Sentiu uma presença diante dele e ergueu o olhar, deparou-se com o comissário de bordo completamente lívido, que tentava falar e nada saía, sua expressão era de pânico total.— O que houve, Pedro? - ele perguntou já se levantando preocupado.— S-Senhor... Ele... Ele... - balbuciava sem conseguir realmente completar a frase.— Respire Pedro, respire... Por favor, diga o que está acontecendo.— Ele foi envenenado!— Ele? - perguntou muito nervoso, seu coração já mu
— O que quer aqui em meu quarto? Saia agora, não é bem vindo! - Ele deu um sorrisinho cínico.— Se eu fosse você me trataria muito bem.— SAIA! - gritou. - Deve estar contente, não é? Você queria vê-lo morto. Veio contemplar sua obra, foi? Acha que eu acredito que foi um acidente? Só quero que saiba que eu mesma vou destruí-lo! - Ele abanou a cabeça e riu, mas seu sorriso não alcançava os olhos.— Vou ser direto, porque não tenho tempo a perder. Arrume suas malas, você vem comigo.— Ficou louco? Não vou a lugar nenhum com você, só se for ao inferno, depois de te matar. — Ele já deve estar chegando - ela o observou, seu coração batendo mais forte com a expectativa -, nosso convidado especial.— Você acha mesmo que ele vai acreditar nisso? Ele me conhece o suficiente para saber que isso seria impossível.Ele continuou com sua expressão vaga, não respondeu, caminhou até seu quarto e voltou com uma arma e munições.— O que você pretende fazer com isso? - perguntou desesperada. - Guarde isso, é perigoso.— Você acabou de dizer que ele não iria acreditar. Vai fazer com que ele acredite se quer que ele continue vivo.— Não, e se eleCapítulo 42
Eles limpavam-se juntos no banheiro do escritório, com a costumeira intimidade que não havia se perdido. Renato lavava as mãos e passava água no rosto, enquanto Rafaela limpava o líquido viscoso dele que escorria em suas pernas. Ao acabar ela aproximou seu corpo ao dele pelas costas e disse em seu ouvido:— Você vai me ouvir, não vai? - ele não respondeu, enxugou as mãos, afastou-se dela e saiu do banheiro. Ela o seguiu. Enquanto ele ajeitava sua roupa e voltava a vestir o blazer, ela pegou seu vestido do chão e voltou a vesti-lo. Abotoava-o enquanto se olhavam.— Eu sinto muito! - ele disse.— Pelo quê?— Isso não deveria ter acontec
Estiveram toda a manhã na cama se amando, também conversaram muito. Quando a fome bateu saíram para almoçar em um restaurante Schwellenmätteli muito romântico, onde o rio passava sob a esplanada, lógico, eles optaram por ficar na área externa e apreciar aquela exuberância.Ainda faltava uma hora e meia para a consulta de Rafaela então eles iriam desfrutar desse tempo.— O que você vai comer? Acho que vou comer tilápia e polenta. - disse olhando o cardápio, aquele era o prato principal da parte externa do restaurante. Rafaela fez careta.— De verdade, nada mais me parece apetecível. Se eu como peixe tenho que correr até o banheiro e não garanto chegar a tempo. Bem... - ela olhou, havia um banheiro próximo - A
— Ela é uma selvagem!— Por que diz isso Victor?— Outro dia ela tirou a Lurdinha da fazenda pelos cabelos - a irmã caiu na gargalhada.— E o que ela veio fazer aqui? Com certeza veio se oferecer como fazia antes, uma vez bem que eu vi vocês se pegando. - Victor olhou sem graça para a irmã.— Tudo bem, mas isso foi no passado, eu agora só tenho olhos para ela, droga, é como se eu tivesse ficado veado para as outras mulheres. Não importa se ela veio aqui atrás de mim se eu não quero nada com ela.— A insegurança é algo de família. - disse e riu. - Mas vou ter qu
Vinte e cinco anos após o casamento de Rafaela e Renato...Vivian saiu do elevador, retirou seus óculos estilo aviador do rosto e o colocou na bolsa Prada, ela transpirava elegância com suas roupas e acessórios de grife. Usava um conjunto de um estilista brasileiro que estava começando, eles imploravam que a sofisticada mulher usasse suas roupas, porque sabiam que se tornaria a última tendência. Era um blazer preto, manchas brancas e abstratas o cobriam dando leveza e modernidade a peça, um zíper dourado quebrava a formalidade. Era curto, chegava apenas na cintura, o que destacava a calça branca de cintura alta do conjunto. Marcava suas curvas, deixando-a completamente irresistível aos olhares, não apenas dos homens.Desfilava sua exuberância pelos setores da
— Vai ser linda a surpresa que o tio está preparando para a tia, ele é tão romântico... Um dia quero encontrar um amor assim. Você já reparou que estamos cercadas de casais que deram certo? Não podemos dizer que o amor de verdade não existe. Tem os avós, que já fazem quase sessenta anos de casados, tem meus pais, os seus, a tia Sara e o tio Victor. - Kiara suspirou. A filha mais velha de Guilherme era a melhor amiga de Vivian. Apesar de seus pais não frequentarem a casa, suas filhas frequentavam, Kiara e Thayla. Thayla tinha apenas dezesseis anos e assim como sua irmã também era uma bela morena, cheia de curvas como a mãe.— A família dos amores que deram certo... Toda regra tem sua exceção. - Vivian falou desanimada.— Não fica assim Vivian, você vai vencer mais essa vai ver, ele