Não foi tarefa fácil para Rafaela tirar sua amiga de casa, ela estava revoltada com Iago, por isso queria ficar em casa com sua pantufa de pézão de urso que ganhou no internato numa troca de presentes, ela odiou, mas por razão desconhecida nunca jogou fora, e sempre que estava na "deprê" não tinha outra. Juliana era do tipo que usava lingerie sexy e camisola de seda todos os dias, por isso só podia ser algo que a magoou muito para ela se desleixar daquele jeito.
— Meu Deus, Rafaela, o Iago é o cara mais idiota e tapado do mundo, e olha que eu pensei que ninguém podia superar o Marco nisso! - Juliana desabafou enquanto a amiga fazia uma maquiagem nela.
— O que ele fez, me conta? Mas vê se n&atil
Um ano depois...Rafaela segurava seu afilhado nos braços, era um lindo menino de dois anos, mulato de olhos verdes. Quando a mãe podia, levava o garoto até o posto de saúde em que Rafaela trabalhava para que ela o visse. Foi lá que ela conheceu a mãe da criança, a mulher chamada Neide tinha apenas vinte anos e era mãe solteira. Costumava levar seu filho lá para ser atendido, quando achava que algo não estava bem, mas nunca ninguém fez caso da doença do garoto, não sabiam o que era e tampouco se interessavam. Muito preocupada Rafaela o encaminhou para sua amiga Juliana que descobriu em pouco tempo que o pequeno tinha um tumor no cérebro, graças a Deus era benigno, mas ainda assim atrapalhava seu desenvolvimento e causava dores.Depois de todo sofrimento a cri
Sentado bem relaxado sobre a poltrona de seu jato, Renato revisava o assunto de sua futura reunião. Sentiu uma presença diante dele e ergueu o olhar, deparou-se com o comissário de bordo completamente lívido, que tentava falar e nada saía, sua expressão era de pânico total.— O que houve, Pedro? - ele perguntou já se levantando preocupado.— S-Senhor... Ele... Ele... - balbuciava sem conseguir realmente completar a frase.— Respire Pedro, respire... Por favor, diga o que está acontecendo.— Ele foi envenenado!— Ele? - perguntou muito nervoso, seu coração já mu
— O que quer aqui em meu quarto? Saia agora, não é bem vindo! - Ele deu um sorrisinho cínico.— Se eu fosse você me trataria muito bem.— SAIA! - gritou. - Deve estar contente, não é? Você queria vê-lo morto. Veio contemplar sua obra, foi? Acha que eu acredito que foi um acidente? Só quero que saiba que eu mesma vou destruí-lo! - Ele abanou a cabeça e riu, mas seu sorriso não alcançava os olhos.— Vou ser direto, porque não tenho tempo a perder. Arrume suas malas, você vem comigo.— Ficou louco? Não vou a lugar nenhum com você, só se for ao inferno, depois de te matar. — Ele já deve estar chegando - ela o observou, seu coração batendo mais forte com a expectativa -, nosso convidado especial.— Você acha mesmo que ele vai acreditar nisso? Ele me conhece o suficiente para saber que isso seria impossível.Ele continuou com sua expressão vaga, não respondeu, caminhou até seu quarto e voltou com uma arma e munições.— O que você pretende fazer com isso? - perguntou desesperada. - Guarde isso, é perigoso.— Você acabou de dizer que ele não iria acreditar. Vai fazer com que ele acredite se quer que ele continue vivo.— Não, e se eleCapítulo 42
Eles limpavam-se juntos no banheiro do escritório, com a costumeira intimidade que não havia se perdido. Renato lavava as mãos e passava água no rosto, enquanto Rafaela limpava o líquido viscoso dele que escorria em suas pernas. Ao acabar ela aproximou seu corpo ao dele pelas costas e disse em seu ouvido:— Você vai me ouvir, não vai? - ele não respondeu, enxugou as mãos, afastou-se dela e saiu do banheiro. Ela o seguiu. Enquanto ele ajeitava sua roupa e voltava a vestir o blazer, ela pegou seu vestido do chão e voltou a vesti-lo. Abotoava-o enquanto se olhavam.— Eu sinto muito! - ele disse.— Pelo quê?— Isso não deveria ter acontec
Estiveram toda a manhã na cama se amando, também conversaram muito. Quando a fome bateu saíram para almoçar em um restaurante Schwellenmätteli muito romântico, onde o rio passava sob a esplanada, lógico, eles optaram por ficar na área externa e apreciar aquela exuberância.Ainda faltava uma hora e meia para a consulta de Rafaela então eles iriam desfrutar desse tempo.— O que você vai comer? Acho que vou comer tilápia e polenta. - disse olhando o cardápio, aquele era o prato principal da parte externa do restaurante. Rafaela fez careta.— De verdade, nada mais me parece apetecível. Se eu como peixe tenho que correr até o banheiro e não garanto chegar a tempo. Bem... - ela olhou, havia um banheiro próximo - A
— Ela é uma selvagem!— Por que diz isso Victor?— Outro dia ela tirou a Lurdinha da fazenda pelos cabelos - a irmã caiu na gargalhada.— E o que ela veio fazer aqui? Com certeza veio se oferecer como fazia antes, uma vez bem que eu vi vocês se pegando. - Victor olhou sem graça para a irmã.— Tudo bem, mas isso foi no passado, eu agora só tenho olhos para ela, droga, é como se eu tivesse ficado veado para as outras mulheres. Não importa se ela veio aqui atrás de mim se eu não quero nada com ela.— A insegurança é algo de família. - disse e riu. - Mas vou ter qu
Vinte e cinco anos após o casamento de Rafaela e Renato...Vivian saiu do elevador, retirou seus óculos estilo aviador do rosto e o colocou na bolsa Prada, ela transpirava elegância com suas roupas e acessórios de grife. Usava um conjunto de um estilista brasileiro que estava começando, eles imploravam que a sofisticada mulher usasse suas roupas, porque sabiam que se tornaria a última tendência. Era um blazer preto, manchas brancas e abstratas o cobriam dando leveza e modernidade a peça, um zíper dourado quebrava a formalidade. Era curto, chegava apenas na cintura, o que destacava a calça branca de cintura alta do conjunto. Marcava suas curvas, deixando-a completamente irresistível aos olhares, não apenas dos homens.Desfilava sua exuberância pelos setores da