Renato estava ansioso pela chegada de Rafaela, queria o melhor para aquela garota; seu anjinho — pensou com carinho. Havia mandado preparar o melhor quarto para ela.
O helicóptero já havia ido buscá-la e ele se perguntava: como ela reagiria ao se deparar com aquela realidade dele? Seus pais pouco amorosos, a irmã patricinha, o irmão um inimigo que dormiu com sua noiva.
Aquela casa de luxo, imprensa atrás dele, pessoas o bajulando, mulheres interesseiras em busca de seu dinheiro e fama, não necessariamente nessa ordem. O carinho que havia entre eles iria resistir aquilo?
Princip
— Agora eu entendo você quando não quis falar sobre sua família — disse, triste por ele, sentando-se na enorme cama.Ele acompanhou-a.— Ô, Rafaela, eu sinto tanto. A maneira que eles olharam pra você. Juro que quis socar meu pai, eles são uns esnobes.— Você está proibido de se desculpar por eles, ouviu?! Proibido, e nem pense em fazer tamanha asneira, ele é seu pai apesar de tudo.— Fica tranquila, tá? Eles n&ati
Eles comiam seus hambúrgueres enquanto conversavam animadamente sobre seus trabalhos quando uma figura bem conhecida por Renato e Iago apareceu. Uma que, seguramente, Renato não queria ver nem pintada de ouro.— Olá, Iago! — ela o cumprimentou, certamente não sabendo que ele foi seu delator.— Susana! — foi a única coisa que Iago disse, também muito sério. Então, ela voltou-se para Renato, que estava com cara de poucos amigos.— Renato, como você está? Preciso muito falar contigo, posso sentar?— Não, claro que não pode, não
Susana estava em seu apartamento, desolada, pensando na maneira que Renato falou com ela naquele bar, comparando com a maneira que ele costumava tratá-la. Sempre foi um homem completamente educado, gentil, romântico e apaixonado. Agora a tratava como um lixo, nem dava a chance para ela conversar com ele.Desde quando o conheceu ficou encantada por ele, foi coisa do destino, não só colocar aquele homem lindo, milionário, mas também irmão do cara que a tinha feito sofrer como uma condenada, em seu caminho.Ela, naquele momento, o viu como uma forma de finalmente fazer Guilherme pagar por tudo que a tinha feito passar, fazer ciúmes, humilhá-lo como ele havia feito com ela, mas em pouco tempo, ela percebeu que aquele homem era um príncipe e e
Renato precisava estar sozinho, depois de ver Susana, não se perdoava por ela ainda ter o poder de abalá-lo tanto, sempre que a via, voltava a sentir aquele abismo em sua alma, por tudo que não foi, tudo que deixou de ser, a traição que ainda ardia como uma ferida aberta, vê-la aparentemente tão abatida ainda piorou essa dor dentro dele. Por que tinha que amar uma mulher tão indigna? Ele não se conformava.Deixou Rafaela em casa e dirigiu-se a um bar, iria beber um pouco, não para ficar desacordado, mas para pensar, porque sabia que iria chegar à sua cama e não conseguiria dormir mesmo que quisesse. Voltou a entrar no carro, deixando uma Rafaela triste, ele não queria magoá-la, ela era a última pessoa no mundo a qual ele desejaria fazer isso, mas tampouco poderia falar com ela sobre o que aquela mulher significou para ele, e o quão h
Rafaela levantou cedo, como sempre fazia na fazenda, mas dessa vez porque nem havia conseguido dormir. Então, ao amanhecer, levantou para um banho, preparou a banheira com sais e espumas perfumadas e ficou ali por um longo tempo ouvindo música em seu MP3. Deixou as lágrimas correrem mais uma vez, já tinha chorado muito à noite.Não sabia com que cara iria olhar para Renato, mas sabia que, tampouco poderia fazer uma cena de ciúmes, afinal, ele nunca demonstrou que queria mais do que uma amizade com ela, mas isso não fazia a dor ser menor. Pelo menos se fosse uma traição, ela poderia lhe dar uns tapas e falar o que pensava, mas estava de mãos atadas, porque ele era maravilhoso com ela, e ela, no fundo, sabia que ele poderia viver a vida dele como bem entendesse.
Quando Rafaela chegou do trabalho, Renato estava na sala esperando-a com pacotes nas mãos. Ela se aproximou e eles se cumprimentaram com beijos na bochecha. Já era de noite.— Você demorou, fiquei preocupado.— Não precisava se preocupar, eu disse que, provavelmente, sairia com minha amiga e foi o que aconteceu.— Sim, disse, mas isso não me deixou descansado, fiquei pensando se você afinal não saísse com sua amiga como iria regressar. — Ela riu da sua preocupação.— Pegaria qualquer meio de transporte, Renato, mas voltaria.
— Puta que pariu, Iago, tem que ser algo muito importante pra você ter vindo me acordar, senão, te mato cara! — O amigo entrou para o quarto de Renato.— Isso por acaso são horas de ainda estar dormindo? São 14:00h, meu. E me diz uma coisa, pra que você tem a merda de um celular, se quando uma pessoa precisa te ligar você não atende? E nem esse maldito telefone que tá aqui bem no seu ouvido você atendeu — disse, apontando para o telefone na mesa de cabeceira. — Que merda, Renato!—Então era você? Insistente pra caralho, porra. Será que não vê que perdi a noite? Ao menos que alguém tenha morrido, ou você tá fodido! — disse enterrando a cara no travesseiro.
Todos dançavam ao som de Calvin Harris - Open Wide ft. Big Sean. Estava sendo uma noite muito agradável para Rafaela. Ela estava na companhia de muitos colegas, inclusive de sua melhor amiga e seu novo namorado, o melhor amigo de Renato, Iago.Mas quem estava sempre ao lado dela era Júlio e, por incrível que pudesse parecer, a companhia dele a estava agradando muito. Isso a surpreendeu, por breves momentos, até conseguia esquecer que estava fazendo tudo isso para atingir Renato.Júlio, um cirurgião de 32 anos, pele alva, cabelo castanho claro, um pouco comprido, chegava até a nuca. E era muito charmosa a forma como ele o colocava atrás da orelha quando tocava seu rosto.