Quando Rafaela chegou do trabalho, Renato estava na sala esperando-a com pacotes nas mãos. Ela se aproximou e eles se cumprimentaram com beijos na bochecha. Já era de noite.
— Você demorou, fiquei preocupado.
— Não precisava se preocupar, eu disse que, provavelmente, sairia com minha amiga e foi o que aconteceu.
— Sim, disse, mas isso não me deixou descansado, fiquei pensando se você afinal não saísse com sua amiga como iria regressar. — Ela riu da sua preocupação.
— Pegaria qualquer meio de transporte, Renato, mas voltaria.
— Puta que pariu, Iago, tem que ser algo muito importante pra você ter vindo me acordar, senão, te mato cara! — O amigo entrou para o quarto de Renato.— Isso por acaso são horas de ainda estar dormindo? São 14:00h, meu. E me diz uma coisa, pra que você tem a merda de um celular, se quando uma pessoa precisa te ligar você não atende? E nem esse maldito telefone que tá aqui bem no seu ouvido você atendeu — disse, apontando para o telefone na mesa de cabeceira. — Que merda, Renato!—Então era você? Insistente pra caralho, porra. Será que não vê que perdi a noite? Ao menos que alguém tenha morrido, ou você tá fodido! — disse enterrando a cara no travesseiro.
Todos dançavam ao som de Calvin Harris - Open Wide ft. Big Sean. Estava sendo uma noite muito agradável para Rafaela. Ela estava na companhia de muitos colegas, inclusive de sua melhor amiga e seu novo namorado, o melhor amigo de Renato, Iago.Mas quem estava sempre ao lado dela era Júlio e, por incrível que pudesse parecer, a companhia dele a estava agradando muito. Isso a surpreendeu, por breves momentos, até conseguia esquecer que estava fazendo tudo isso para atingir Renato.Júlio, um cirurgião de 32 anos, pele alva, cabelo castanho claro, um pouco comprido, chegava até a nuca. E era muito charmosa a forma como ele o colocava atrás da orelha quando tocava seu rosto.
— Eu te desejo! — gritou Iago. Eles riram. Ele e Juliana andavam apressados para entrar logo no apartamento dele. Entraram na cobertura, o apartamento era de luxo, decoração masculina e moderna, mas o que mais chamou a atenção dela foi a varanda, a porta da enorme varanda paisagística estava aberta, ela foi de encontro aquele cheiro de natureza e se deparou com a vista para o oceano atlântico, não havia mais nada à frente nem aos lados, apenas eles, a plenitude e a imensidão do mar.Ela olhava distraída para a vista linda, que já estava ficando um pouco apagada pelas nuvens. Mesmo assim respirou profundo. Sentiu o forte corpo juntar-se atrás ao seu.O zíper de seu vestido deslizou lentamente, as mãos eram tão leves, mas excitantes,
— Abre a porta, por favor, Rafaela — Renato gritava. — Preciso me desculpar, saber se te machuquei. Não queria ter agido daquela forma, princesa, eu juro, me descontrolei. Abre a porta, por favor, não posso dormir sem antes saber que você me desculpou. — Mais batidas. — Sei que sou um estúpido, abre, Rafaela —gritou mais uma vez.— Que gritaria é essa? Ficou louco de vez, Renato? — perguntou o pai.— Me erra, coroa! — disse, revirando os olhos.— Me erra, coroa? — riu com amargura. —É assim que se fala com seu pai? O que está acontecendo aqui? Um homem de 28 anos se comportando como um adolescente, enche a cara e vem pra casa gritar como um lo
Renato, Iago, Rafaela e Juliana, comiam uma pizza no shopping depois de verem Velozes e Furiosos 7. Estavam num ambiente muito alegre e descontraído. Ao lado daquelas pessoas Renato se sentia realmente bem, até esquecia de seus problemas, se não fosse pela mesa ao lado com seus quatro seguranças.Ele também gostava de ver o quanto o amigo estava apaixonado, como ele dava comida na boca de Juliana e os dois não conseguiam tirar as mãos um do outro nem por um segundo.— Obrigado por ter tirado minha roupa ontem antes de dormir — Renato disse no ouvido de Rafaela a fazendo corar.— Ah, hum... De nada, só achei que seria desconfortável
Os dias se passaram, muitas mudanças ocorreram para Rafaela, que já havia saído do seu trabalho no hospital, com muita relutância por parte de sua amiga e de seus colegas, principalmente de Júlio. Todos já a adoravam. Ela explicou seus motivos e todos entenderam que a causa era nobre.Por outro lado, Renato estava radiante que Rafaela não fosse mais trabalhar no mesmo hospital que o cirurgião. Ele ainda não tinha conseguido esquecer o episódio na boate. Provavelmente ficaria com trauma de Kisomba.Ela já tinha ido a um posto de saúde de um bairro desfavorecido oferecer-se como voluntária na parte da manhã. Foi aceita na hora, claro, esses lugares costumavam ser um caos, principalmente pela manhã por falta de profissionais e, muitas vezes, da boa vontade dos mesmos. A mulher não ent
Sara resolveu seguir as "ordens" do seu irmão e fazer companhia a Victor. À noite iria a uma festa na casa de uma amiga e o levaria. Se alguém perguntasse diria que ele era seu segurança.Ela desceu as escadas, vestia um vestido vermelho curto e justo, as alças eram de amarrar no pescoço, maquiagem carregada e batom vermelho, sandálias de salto agulha prateadas.Victor ao vê-la ficou hipnotizado. Ele vestia jeans e uma camisa xadrez azul.— Então, peão, já tá pronto ou ainda tenho que te dar a papa?— Deixe das piadinhas, mulher, não fui eu que pedi pra você ficar comigo, por mim é igual.
Renato estava sentado bem relaxado no divã, com as pernas abertas, Rafaela descansando entre elas, seus braços a rodeando, as mãos em sua barriga circulando em carícias, ele beijava e cheirava seu cabelo e pescoço.— Eu adoro o teu cheiro, é cítrico e doce ao mesmo tempo, humm — inalou. — Tem algo a ver com... Pêssego, é isso, pêssego — sussurrou no ouvido dela, fazendo-a sorrir. — Eu também adoro teu sorriso com covinhas.— Vamos, parem com isso, se querem se comer vão pro quarto — disse Sara revirando os olhos.Eles estavam vendo alguns episódios da série Homeland. Rafaela havia convidado Sara para ver com eles.—