— Eu te desejo! — gritou Iago. Eles riram. Ele e Juliana andavam apressados para entrar logo no apartamento dele. Entraram na cobertura, o apartamento era de luxo, decoração masculina e moderna, mas o que mais chamou a atenção dela foi a varanda, a porta da enorme varanda paisagística estava aberta, ela foi de encontro aquele cheiro de natureza e se deparou com a vista para o oceano atlântico, não havia mais nada à frente nem aos lados, apenas eles, a plenitude e a imensidão do mar.
Ela olhava distraída para a vista linda, que já estava ficando um pouco apagada pelas nuvens. Mesmo assim respirou profundo. Sentiu o forte corpo juntar-se atrás ao seu.
O zíper de seu vestido deslizou lentamente, as mãos eram tão leves, mas excitantes,
— Abre a porta, por favor, Rafaela — Renato gritava. — Preciso me desculpar, saber se te machuquei. Não queria ter agido daquela forma, princesa, eu juro, me descontrolei. Abre a porta, por favor, não posso dormir sem antes saber que você me desculpou. — Mais batidas. — Sei que sou um estúpido, abre, Rafaela —gritou mais uma vez.— Que gritaria é essa? Ficou louco de vez, Renato? — perguntou o pai.— Me erra, coroa! — disse, revirando os olhos.— Me erra, coroa? — riu com amargura. —É assim que se fala com seu pai? O que está acontecendo aqui? Um homem de 28 anos se comportando como um adolescente, enche a cara e vem pra casa gritar como um lo
Renato, Iago, Rafaela e Juliana, comiam uma pizza no shopping depois de verem Velozes e Furiosos 7. Estavam num ambiente muito alegre e descontraído. Ao lado daquelas pessoas Renato se sentia realmente bem, até esquecia de seus problemas, se não fosse pela mesa ao lado com seus quatro seguranças.Ele também gostava de ver o quanto o amigo estava apaixonado, como ele dava comida na boca de Juliana e os dois não conseguiam tirar as mãos um do outro nem por um segundo.— Obrigado por ter tirado minha roupa ontem antes de dormir — Renato disse no ouvido de Rafaela a fazendo corar.— Ah, hum... De nada, só achei que seria desconfortável
Os dias se passaram, muitas mudanças ocorreram para Rafaela, que já havia saído do seu trabalho no hospital, com muita relutância por parte de sua amiga e de seus colegas, principalmente de Júlio. Todos já a adoravam. Ela explicou seus motivos e todos entenderam que a causa era nobre.Por outro lado, Renato estava radiante que Rafaela não fosse mais trabalhar no mesmo hospital que o cirurgião. Ele ainda não tinha conseguido esquecer o episódio na boate. Provavelmente ficaria com trauma de Kisomba.Ela já tinha ido a um posto de saúde de um bairro desfavorecido oferecer-se como voluntária na parte da manhã. Foi aceita na hora, claro, esses lugares costumavam ser um caos, principalmente pela manhã por falta de profissionais e, muitas vezes, da boa vontade dos mesmos. A mulher não ent
Sara resolveu seguir as "ordens" do seu irmão e fazer companhia a Victor. À noite iria a uma festa na casa de uma amiga e o levaria. Se alguém perguntasse diria que ele era seu segurança.Ela desceu as escadas, vestia um vestido vermelho curto e justo, as alças eram de amarrar no pescoço, maquiagem carregada e batom vermelho, sandálias de salto agulha prateadas.Victor ao vê-la ficou hipnotizado. Ele vestia jeans e uma camisa xadrez azul.— Então, peão, já tá pronto ou ainda tenho que te dar a papa?— Deixe das piadinhas, mulher, não fui eu que pedi pra você ficar comigo, por mim é igual.
Renato estava sentado bem relaxado no divã, com as pernas abertas, Rafaela descansando entre elas, seus braços a rodeando, as mãos em sua barriga circulando em carícias, ele beijava e cheirava seu cabelo e pescoço.— Eu adoro o teu cheiro, é cítrico e doce ao mesmo tempo, humm — inalou. — Tem algo a ver com... Pêssego, é isso, pêssego — sussurrou no ouvido dela, fazendo-a sorrir. — Eu também adoro teu sorriso com covinhas.— Vamos, parem com isso, se querem se comer vão pro quarto — disse Sara revirando os olhos.Eles estavam vendo alguns episódios da série Homeland. Rafaela havia convidado Sara para ver com eles.—
Eles regressaram da viagem exaustiva à Europa. Era um dia por país e levantavam ao amanhecer para se encaminhar a outro e cumprir com todos os compromissos. Não tiveram tempo para diversão, muito menos para turismo. Geralmente almoçavam por onde estavam mesmo.Renato desistiu de suas investidas em Rafaela, pois estava muito cansado. Aquela viagem era maçante. Se era para ele, compreendia que ainda era pior para ela, que tinha sessão de fotos todos os dias e ainda tinha que estar de salto e linda todas as noites para os eventos. Isso tudo dormindo pouco e comendo às pressas. Era realmente de admirar seu profissionalismo. Não errou ao escolhê-la. Ela ainda conseguia surpreendê-lo de forma positiva.Rafaela colocou o sono em dia. Achava que Renato ainda estava dormindo, então foi ao b
— Não sei, amiga, há algo no meu coração dizendo que faça e outro na minha cabeça dizendo que não — disse Rafaela.— E o que você acha mais importante seguir, a cabeça ou o coração? — perguntou Juliana.— Acho que os dois deveriam estar em comum acordo, mas na verdade meu coração sempre falou mais alto e eu sempre o segui.— Então continue seguindo esse caminho, porque acho que até agora você tem se dado muito bem.— Eu sei que vou segui-lo, é inevitável, só tenho medo de me machucar depois.— Esquece o que essa vaca traidora
Renato não chegou a tempo quando correu para alcançar Rafaela, mas a princípio estava tranquilo, pois pensava que ela usaria o motorista deles para transportá-la, assim ele saberia sua localização. Mas não foi isso que aconteceu, segundo seu chofer ela chamara um táxi, se recusara também a ser escoltada pelos seguranças, nesse momento Renato ficara aflito. Se acontecesse algo com ela... Não, isso não iria acontecer. Mas, e agora? Como iria localizá-la prontamente se não sabia seu paradeiro? Claro, o posto de saúde em que ela trabalha, ele poderá procurá-la lá depois.Antes resolveu ligar para Iago e marcar um encontro, pediu que ele levasse Juliana, iria explicar tudo a eles e pedir que o ajudassem a encontrá-la.— Tudo isso que você acaba de contar é horrível! - disse Juliana. Ren