Abla Dinis A corrente que ele puxou de meu pescoço possui fotos das minhas filhas, ainda sim, tem outra finalidade. Um transmissor analógico. Eu poderia enviar minha localização para o que dei as minhas meninas, só que sem meu colar, não posso fazer nada. Porra! — São as minhas filhas. — Apelei para o lado emocional dele. Sei lá, vai que dá certo. — Basta você ficar quietinha e fazer o que mando, aí pensarei se vou devolver ou não. — Sentou guardando minha corrente em uma gaveta com chave. Homem sem coração! — Você me dá sua palavra? — Perguntei com os olhos cheios de lágrimas, Céus, as minhas pequenas devem está muito nervosas. Moryart olhou-me estranho. — Eu dou a minha palavra! — Pegou o telefone. — Jô, leve a senhorita Abla para o seu quarto. Saí sem olhar para trás. Eu poderia fugir, entretanto, o fato de não saber onde estou, pode me prejudicar. Posso estar em qualquer lugar de New York ou pior, fora dela. O que sobra é pedir a Deus por um plano e que ele não descubra
Riddick Nesse dia, todos lhe encaravam como uma louca. Eu não fiz isso porque conheço o seu temperamento. Todo caso, ela se envolve demais. É uma qualidade e um defeito dela. Para completar aquele dia, depois que saímos da delegacia, ela confidenciou que o seu discurso não era dela e, sim de um cantor brasileiro, falecido. Que ela só pegou emprestado e adaptou um pouquinho. De tanto pensar nela, acabei caindo no sono. — JONH, JONH... — Ouvi a voz de Abla chamando-me. Abri meus olhos rápido e percebi que ainda estou no quarto. — Abla, é você? — Perguntei para o nada. — Ele vai me matar John, me ajuda. — Pediu desesperada. Nunca senti tanto medo em sua voz. — Me diga onde está, por favor... — Pedi aflito. — JONH, JONH... — John, John. — Ouvi a voz de um homem me gritando, literalmente falando. Levantei correndo, puxando minha arma debaixo do travesseiro. — Sou eu, Jejei! — Se identificou. Fiquei alguns segundos ainda com minha arma apontada para ele, depois abaixei. Olhei o qu
Abla Dinis — Ela é amante dele! — Continuou. Essa miserável acabou de matar a mim e ao meu bebê. Com toda raiva que me acometeu, atirei o lápis nela, acertando sua jugular. Mara caiu no chão segurando seu pescoço e agonizando. Vai tarde sua desgraçada! — Mentiu para mim esse tempo todo. — Não foi uma pergunta. Veio em minha direção sem se importar com o corpo estirado em seu escritório. — Não se aproxime mais! — Pedi segurando o choro. Droga de hormônios! — Esse bebê não vai vingar. — Me informou com um sorriso perverso. Protegi-me atrás de sua mesa e sua gaveta está aberta. Sem ele perceber, pego meu colar, abro o dispositivo e aperto o transmissor. Pelo relógio na parede, já está bem tarde. — Não precisa fazer isso, ele não tem culpa. — Implorei. — Dormiu com meu maior inimigo! Eu não a quero mais como mulher. Vou usar e abusar do seu corpo, matar essa coisa que chama de bebê, arrancar a cabeça de suas filhas. Matarei todos que ama, e por último, será você. — Disse apert
Riddick Os primeiros tiros foram dados, ver os capangas de Trayrom massacrados é um deleite para mim. Conseguimos entrar na casa com muita facilidade. — Riddick, no cômodo que tinha duas pessoas, agora só tem uma. A outra se locomove muito rápido, e pela planta da casa, está indo em direção a um heliponto. — Jejei informou. Ele é o único que não está em campo. Ele está no helicóptero, vendo o nosso progresso e onde os nossos inimigos estão. — Falta quanto para chegar nessa porta? — Indaguei. — Está logo a sua frente. — Avistei a porta, no entanto, havia outra antes, então preferi olhar essa primeiro. Dei o sinal para J cobrir minha reta guarda e arrombei. Vi uma mulher no chão, pelas características não é a minha Abla. Respirei aliviado, olhando para o meu amigo. Fui olhar quem é a mulher, e quando vi, reconheci na hora. É a Mara. Não tenho pena, ela colheu o que plantou. Olhei para trás e vi o JJ me encarando muito sério. — O que foi? — Perguntei. No fundo eu já sabia de que se t
Riddick Ele não merecia o seu perdão. Nem nada que venha dela. Desci do avião, transtornado. Sentindo uma dor forte em meu peito. Cheguei a casa e quando abri a porta, me deparei com três pares de olhos me encarando. Nia e Niara correram para meus braços e me bridaram com um abraço maravilhoso. — Ela ainda está viva, papai? — Nia perguntou olhando em meus olhos. — Sim, mas está muito machucada e precisa passar um tempinho no hospital. — Fui sincero. Elas merecem isso, afinal, é a mãe das duas. — Podemos vê a mamãe? Niara perguntou fungando em meu ombro. — Não sei, meninas, preciso saber no hospital, se for possível, peço para alguém buscar vocês. — Soltei as duas. — Está na hora das duas dormirem. Agradeci a Nena pela ajuda, beijei o topo da cabeça delas e prometi contar uma historinha para elas dormirem. (...) Passaram-se três semanas desde que tudo aconteceu. Hoje, ela foi transferida para o quarto, pois está respirando sozinha. O doutor lhe tirou do coma, mesmo assim, ela
Riddick — Estou exausto! — Jejei falou se sentando em uma das poltronas do jato. Acabamos de retornar de mais um caso e confesso que esse foi um pouco difícil. — Nem me diga. O mundo está cada dia mais infestado de psicopatas. — Vitor falou se servindo com uma cerveja do minibar. O jato já havia decolado, e todos faziam de tudo para se distrair, só eu que não consigo de forma alguma. Meus pensamentos estão nela, não tenho outros. Eles estão indignados, se perguntando: como é possível alguém chegar ao ponto de praticar vampirismo? Nós estamos voltando dos Estados Unidos, para ser mais exato, do Sul da Califórnia. Houve várias mortes lá. O elemento estava matando mulheres e bebendo seu sangue. A primeira coisa que notamos, foi a vitimologia, ele caçava mulheres brancas, de cabelos pretos e na faixa etária dos 18 anos, nem menos e nem mais. O elemento literalmente bebia o sangue das suas vítimas. Ele dessangrava todo o corpo, ou seja, não sobrava um resquício de sangue. Reparamos que
Abla Dinis — Ainda Está grávida, senhorita Dinis. — John tocou minha mão. — Está de cinco meses. Bem, deixarei os dois conversarem. Concordei com a cabeça, mas não tive coragem de olhar o homem que amo nos olhos. — Olhe para mim Abla, me diga o que lhe incomoda. — Pediu tocando minha face. Percebi que desde que acordei, sempre que está em minha presença, não deixa de me tocar um só minuto. Pela forma que me olha, pelo toque carinhoso, resolvi ser sincera. Ele merece isso. — John, eu não planejei isso, aconteceu. Bem, não o forçarei a aceitar... — Ele me interrompeu quando entendeu aonde queria chegar. — Do que você está falando? — Inquiriu com sua voz mais grossa que o normal. Excitante. Que falta senti de ouvi-lo. — Não é obrigado a assumir o bebê, John... — Essas crianças são tão minhas, quanto suas. Você é minha, Abla! — Segurou minhas duas mãos. — Será que não vê? — Ver o quê? — Indaguei sem entender nada. Posso culpar os dois meses que fiquei dormindo. Está difícil situar
Abla Dinis Jejei se aproximou e veio me abraçar. Aquele abraço gostoso que você não sente mais vontade de soltar. Percebi em seu olhar, o quanto sofreu, e posso jurar que sofreu sozinho, calado. Ele nunca gostou de demonstrar seus sentimentos, apenas comigo e as meninas, ele se abriu. — Oh meu amigo, sinto muito. — Nunca mais faça isso comigo. — Pediu se aninhando em meus braços como criança. O acalentei por um tempo. O bom que os outros nos deram privacidade, tempo. — Foi estúpido e arriscado o que fez. Se entregar assim nas mãos do inimigo. — Joan exprimiu descontente. Eles não entenderiam, na verdade, nem eu me entendo às vezes. —Aquele que não tem coragem de assumir riscos, não alcançará nada na vida. — Pronunciei a ela, que sorriu. — Muhammad Ali! — Me respondeu. Não sei se ela me entendeu, contudo, não quero e, não posso explicar. Concordei balançando a cabeça, e logo em seguida acolhendo-a em um abraço. — Quando terá alta? — Vitor perguntou manifestando-se pela primeira