( Amber Petrova )
Mais tarde naquele mesmo dia.
— Emma... nossa, finalmente te achei! — Chego agitada, me jogando na cadeira.
— Oi... — ela franze a testa. — Está tudo bem?
— Me responde uma coisa, por acaso temos aula de Mitologia amanhã e eu não estou sabendo?
— Não.
— Eu acho que estou ficando louca... — Resmungo, deitando minha cabeça sobre a mesa.
— Está me deixando preocupada, amiga... — ela pega minha mão e eu volto a encará-la. — É sobre o profes
( Nicholas Cooper )— Eu vou matar você, Fox. Como assim ela saiu da universidade?— Barry entrou em contato comigo, me informando que a deixou a dois quarteirões do destino final.— Barry o motorista?— Sim, ele sempre nos informa quando a Srta. Petrova precisa dos serviços dele.Eu estava em casa supervisionando os últimos arranjos da merda daquela festa, fiquei tão atolado com tudo que não me passou pela cabeça que Amber pudesse ser tão ingênua ao ponto de sair sozinha no meio da noite.
( Amber Petrova )— Não posso ir a um evento como esse de calça jeans, Oliver! — Debato sentada atrás, com um banco de distância entre nós dois.— É óbvio que eu não ia deixar minha garota ir desarrumada. — Comentou pegando uma sacola de marca cara no chão.Ele já tinha tudo planejado desde o início.Arranco a sacola da mão dele e tiro o vestido de dentro, apontando para a porta no intuito de que ele se virasse para eu me trocar.— O que foi? — disse com um sorrisinho sínico. — Não tem nada aí que eu já não tenha visto, esqueceu? F
( Nicholas Cooper )Sábado, duas da tarde, e nada da Amber.Emma me garantiu que ela não voltou para universidade, ela disse que o celular da amiga tornou a receber mensagens, mas que ainda não atendia as chamadas. Sabia que ela estava com Oliver, entretanto, eu precisava passar o relatório da minha missão e com ela longe, não era possível.Então para o meu azar, meu celular vibra no bolso da minha calça.— Glock solicitando código!Merda!— Águia 3217! — Respondo.
( Amber Petrova )Horas depois, após todo o arranjo, corro até o closet novamente para pegar um par de brincos que eu tinha certeza que havia deixado dentro da minha gaveta.— VAMOS, AMBER! — Oliver grita da sala, agoniado com a demora.— JÁ ESTOU INDO CARAMBA! — respondo com outro grito. — Cadê a merda desses brincos. — resmungo. — Sei que deixei eles aqui.Revirava todas as roupas, louca atrás das duas pequenas esmeraldas que tinha ganhado no meu último aniversário, mas depois de tanto tempo perdido, decidi pular para as gavetas do Oliver, encontrando algo que sequer tinha a intenção de achar.
( Amber Petrova )Espera aí...Que merda está rolando?Nicholas Cooper?Ele me olhava e eu olhava para ele. Uma mira mais certeira e alinhada que aquela era impossível. Não dava para acreditar que tudo aquilo fosse dele, professores não poderiam saber sobre a Pink Fest, ninguém que já não estivesse aqui poderia ter conhecimento desse evento. E, sendo ele um professor tão cuidadoso com a reputação como é, não se envolveria com um bando de riquinhos numa festa de pegação.Filho da puta. Por que ele não me disse que ia emprestar a casa dele para Alexis?
( Nicholas Cooper )— Senhorita Petrova!Assim que chego, a multidão soa um som de vaia, decepcionados com a minha interferência.— Senhorita Petrova, desça daí ou vai se machucar.— Aaaa... oi, professor... — Suas palavras saem arrastadas.Ainda tinham muitas pessoas por perto e eu não podia vacilar.— A senhorita precisa descer! — reforço um pouco mais rude, mantendo a formalidade. — Vamos, me dê a mão.Eu estico meu braço para ajudá-la e quando suas mãos se aproximam d
( Nicholas Cooper )— Você. — disse cutucando meu peito com o dedo. — é tão irritantemente tentador, que eu mal consigo me tocar, sem que imagine suas mãos passando pelo meu corpo.Ela falou aquilo tão profundamente triste com si mesma, que exausto de resistir, eu agarro seu rosto entre as mãos, me prendendo nos seus lábios, colando seu corpo no meu.— Você está bêbada...Não posso fazer isso...— Eu não ligo!— Acha isso engraçado? — sou duro. — Ficar chapada desse jeito, falando essas co
( Nicholas Cooper )Ali estava eu. Deitado sobre o mesmo colchão que durmo a mais de cinco anos, mas que enigmaticamente não parecia ser meu porto de descanso. Tinha algo muito estranho ali. Poderiam ser os lençóis, o travesseiro mais alto, ou quem sabe o amaciante novo. Mas também pode ser essa menina, deitada ao meu lado, virada para mim, com os cabelos jogados no travesseiro, rosto angelical e uma mão posta embaixo da bochecha e a outra pousada no meio da cama, quase tocando em mim.Isso é estranho... eu só tive dificuldades em separar os diferentes aspectos da minha vida uma única vez. Sempre existiu um "eu" para cada lugar que eu fosse, pronto para cumprir as tarefas sem interferência, ou qualquer fuga de sentimento. E por muito tempo eu não me sentia tão perdido e sem controle como estou me sentindo agora.E o problema era ela... eu sabia que era. Amber estava mexendo com as minhas emoções, como um botão de desordem dentro do meu cérebro, me levando a agir como um adulto mal-hu