Adan— Uma operação por baixo dos panos — falei. — Não posso mobilizar muita gente para caçar o ex-namorado da namorada do presidente. Você entende, não é?— É claro. Por isso liguei para você.— Preciso conversar com Dianne. Quero saber tudo o que ela sabe sobre esse cara.— Certo.— Toda e qualquer informação é fundamental. Enquanto isso, sugiro que continuem jogando o jogo dele. Ele não pode desconfiar que ela vai pedir ajuda. E tomem cuidado, não sabemos se é capaz de uma tentativa de sequestro.— Esse homem precisa ser pego logo.Assentiu.A porta foi aberta e Dianne entrou. Ela estava linda usando um vestido branco que deixava os seus ombros expostos. Amava os seus ombros. Ela tinha ótima postura. Admirei-a de cima a baixo e me deparei com o maldito sapato vermelho de bico fino e salto alto. Ela não havia vindo bem-intencionada para esse almoço. Naquele momento lamentei muito por ter que cortar o seu barato.Bernard sorriu e disse olá.— Oi — retribuiu e, em seguida, olhou-me con
DianneO almoço com Adan não havia sido como eu esperava. Boa parte do tempo sentados à mesa, ele e Bernard conversaram sobre política. Uma vez ou outra tentaram me incluir no assunto, mas eu não estava a fim daquela conversa. Em tudo o que eu pensava era em como Bernard pegaria Paco antes que os vídeos fossem parar na internet.Parada diante da janela que dava para o jardim nos fundos da Casa Branca, eu observava as folhas nas árvores se desprenderem dos galhos e cair sobre a grama que em mais algumas semanas estaria coberta por uma espessa camada de neve.— O que está observando? — perguntou Adan ao se aproximar.— Nada de mais. — Sorri ao olhá-lo.Erguendo a mão esquerda, ele colocou uma mecha de cabelo para trás da minha orelha. Dando mais um passo na minha direção, beijou o meu rosto, demorando-se.— Tenho sentido muito a sua falta — sussurrou no meu ouvido.— Eu também. Vim com outras intenções para esse almoço. — Não consegui esconder o meu desapontamento.Ele deixou escapar uma
DianneAo abrir os olhos, não reconheci onde estava. Levou alguns segundos para entender que o ambiente escuro era o quarto de Adan.Sentei-me na cama e liguei o abajur na mesa de cabeceira. Apanhando o celular, vi que já passava das seis da tarde. Eu havia dormido muito. Levantei-me e segui até o interruptor na parede, acendendo todas as luzes do cômodo. Entrei no banheiro e encarei-me no espelho. Os meus olhos estavam levemente inchados, assim como a ponta do meu nariz avermelhado.— Desculpe não estar aqui quando acordou.Olhei para porta e lá estava Adan escorado ao batente. Ainda me sentia imensamente envergonhada por ele ver o vídeo.— Está bem tarde. Eu já vou indo.Desviei o meu olhar dele e aproximei para sair do banheiro, mas Adan não deixou.— Olhe para mim.Eu tentei, mas não consegui.— Não consigo, Adan.Ele segurou o meu rosto entre as suas mãos e acariciou as minhas bochechas com os seus polegares. Então, beijou a minha testa.— O que vi naquele vídeo não muda como a ve
DianneAo estacionar em frente da primeira casa, avistei o corretor que falava ao telefone. Ele estava parado na entrada da garagem. Desci e fui até ele. Quando olhei para trás, Nicholas vinha no meu encalço.— Não precisa entrar. Pode ficar aqui fora.— Sim, senhorita.O corretor se virou e sorriu encerrando a ligação. Homem de meia-idade, bronzeado artificial, camisa de seda tão apertada ao corpo quanto as suas calças que terminavam antes dos tornozelos. Sapato social e um sorriso branco demais.No momento, o que consegui pensar é em como ele daria um vilão perfeito em um dos meus livros. O cara improvável que matou alguém por ganância.— Olá, srta. Heller. Não imagina o prazer que é atendê-la. — Estendeu a sua mão para mim. — Sou Augustus Kepnes.— Prazer, sr. Kepnes. — Apertei a sua mão.— Bom, esta é nossa primeira visita. E não se preocupe caso não se apaixone de primeira. Tenho outros imóveis tão incríveis quanto este. — Sorriu e se virou seguindo a trilha de pedras até a porta
DianneDois dias se passaram sem eu ver o Adan. Ainda me sentia envergonhada por ele ter assistido aquele vídeo. Falávamos apenas por mensagem e ligações breves. Sabia que isso o magoava. Também doía em mim, mas minha vergonha era maior e eu precisava de espaço.Estava com saudade dele. Sentia falta da sua voz, seu cheiro, o abraço, de suar debaixo dele enquanto me contorcia de prazer...Não lhe havia contado sobre a primeira consulta. Não sabia se me sentiria confortável com a sua companhia. Egoísta, eu sei. Mas, talvez, eu ainda falasse.Depois de um demorado banho, vesti-me e desci para o jantar. Era quase seis da tarde e eu já estava com muita fome. Ao descer a escada, escutei a gargalhada do meu padrinho vir da varanda. Andei até lá.— Ah, aí está ela — disse ele, sentado na poltrona perto da porta.Franzi o cenho com estranheza. Ao chegar mais perto, olhei para o outro lado e tomei um susto ao ver Adan sentado no sofá. Ele segurava um copo com uísque em uma mão e com a outra acar
DianneNa sala de espera no consultório, Karen me fazia companhia.— É impressão minha ou ontem o Adan ficou um pouco chateado em saber que quer comprar uma casa? — perguntou baixinho, enquanto folheava uma revista antiga de moda que achou por ali.— Sim, ele ficou.— Por quê? — Olhou-me.— Quando aconteceu a depredação, antes de eu saber que estava grávida, ele queria que fosse morar com ele na Casa Branca. Eu não me sentia pronta para isso e disse-lhe, embora o fato de acordar todos os dias ao seu lado seja incrível. No entanto, depois de o bebê, acho que pensou que fosse exatamente isso que iria acontecer, que eu mudaria de ideia. Porém, acontece que não mudei. Ainda não quero morar com ele.— Antes de toda a bagunça, vocês já não dormiam juntos com frequência?— Sim, quase todos os dias.— E isso já não é viver juntos? E que diferença faz ele ou você acabar de levar as roupas para a casa do outro?— Toda a diferença! Quero o meu espaço, minha casa. Quero ter onde poder ficar sozinh
DianneEstava excitada. Senti o meu corpo aquecer quando Adan pegou-me nos braços e caminhou até o maior sofá ali, deitando-me nele. Primeiro, retirou o seu cinto. Depois, os sapatos. Em seguida, arrancou a sua calça e a camisa.Ajoelhando-se aos meus pés, sobre o estofado, ele agarrou as minhas coxas e subiu lentamente as mãos até as laterais da calcinha. O tecido fino e leve deslizou pernas abaixo e logo foi jogada no chão. Erguendo um pouco do vestido, ele se curvou para a frente e beijou a minha boceta. Aquilo pareceu uma saudação. Suspirei excitada.Antes da noite anterior, cheguei a pensar que, quando ficasse nua à sua frente outra vez, me sentiria mal e ainda envergonhada, mas não. Aquele era Adan, o homem que me tocou da forma mais terna e respeitosa em toda a minha vida. Simplesmente não havia como me sentir mal diante dele. Era ao contrário. Sentia-me livre, empoderada, desejada e sexy. Pelo contrário, sentia-me pronta para receber e dar prazer.A sua língua deslizou entre os
Dianne— O que você quer, Paco? Por que não acaba logo com esse joguinho? Me diga onde e quando que eu levo o seu dinheiro.Seria perfeito se concordasse com isso. Pegaríamos ele mais rápido e fácil do que imaginava.Paco gargalhou alto, era estridente.— Não tão rápido, Dia. Eu andei pensando e acho que você e o presidente podem pagar melhor. Eu quero o dobro! Agora quero um milhão.Apertei o telefone com muita força, conseguindo quebrá-lo ao meio. Estava furiosa.— Um milhão?— Uhum.Respirei fundo.— Onde e quando? — disse entredentes, tentando ao máximo não me descontrolar.Mas ele nada disse. A ligação foi encerrada.— O quê? — Olhei confusa para o telefone.Quanto mais tempo essa merda iria durar? Se ele queria dinheiro, por que não dizia logo onde poderia dar-lhe? Havia mais por trás das chantagens? Qual a sua real intenção?— Chegamos.Olhei pela janela e vi que já havia chegado na casa do tio Thommy. Desci e entrei indo até a sala.— Ah, meu Deus! — falei assustada e constrang