Olívia VarsallesOlhei para o céu completamente azul, suspirei fundo olhando para os tons claros de fagulhas de nuvem que se destacam no céu azul sublime, as lágrimas desciam pausadamente a cada suspirar, no meu peito jaz uma fadiga, mais uma vez olhei para a cama passei a mão no rosto voltei a olha-lo, desta vez, estando de olhos abertos pra mim. Sorri ao máximo ao vê-lo me observar, os cabelos grisalhos penteados para o lado, bem ralinhos, as rugas se grupam em seu rosto com manchinhas escuras por todos os lados, os lábios ressecados. — Mandou me... — Virei-me indo até ele, que deitado na cama com olhos verdes me observava pacientemente. — Ainda chorando querida? — Nem mesmo deixou-me completar a frase, mas neguei, caminhando até a cama, sentei a seu lado, dando um beijo em sua testa. — Não vô, apenas contemplando o céu, esta azul, bonito lá for... — Senti a sua mão acariciar seu rosto, tão fria, frágil e enrugada que não suportei mais fingir perante a sua magreza excessiv
Louis VanceApós um dia intenso de reunião e trabalho, deitei-me para um descanso na madrugada, achamos que o mundo dos negócios é melhor na Europa, mas o Japão, este sim, é o lugar dos negócios, apenas tem hora para começar, fim? Eles não conhecem. Suspirei fundo vendo quão cansado estou, o corpo dolorido, a mente cansada, ao deitar-me na espriguiçadeira, o corpo ao relaxar denunciou todo o cansaço de vez. — BIP BIP BIP. — Abri os meus olhos apenas para olhar quem ligava aquela hora, ao ver a tela sorri. — Diga Varssales como esta a vida, bancando a bab´...— Vance... — A sua voz veio fraca do outro me fazendo sentar. — O que houve Varssales esta machucado ferido ou... — Ri ao me lembrar de como ele abaixar a voz para não acordar a sua neta. — ... isso é apenas para que a sua bebezinha mimad...— Vance me deixe falar, eu não cof cof cof... — Levantei vendo que ele não estava brincando, não desta vez. — Diogénes o que você tem? Diogénes? — Perguntei alterado, a última vez
Olivia Verssalis— Querida, tudo isso vai passar. A dor ainda será destruidora por dias, mas vai amenizar. — Olhei para a mulher de cabelos loiros longos no meio das costas, com as suas mãos finas e macias em mim, a situação não era das melhores, mas eu não precisava mais de uma mãe, a única pessoa que eu preciso é do meu avô. Enxunguei as minhas lágrimas com o meu pulso envolto na camisa de mangas compridas branca, neguei a ela que tentava me consolar, a medida que suas mãos tocavam a minha pele, me davam repulsa e eu não saberia dizer o porquê. — Não se preocupe comigo. — Avisei ao me afastar. —Eu perdi o meu pai, o meu paizinho! — Olhei para a outra mulher que alarmava seu choro no canto da sala, não lhe disse nada, mas em anos nunca vi uma foto deles, uma visita, nem mesmo uma ligação, a medida que ela chorava os outros também lhe acompanhará na sala só restava a mim, o tabelião, o advogado e o tal Vance — Tenho mesmo que participar dessa leitura? — questionei, sentindo que f
Louis Vance— Porque eu tenho que ir com você? — Virei-me o rosto e direção da garota mais confusa diante de mim, mais uma vez perguntando. — Escutou o que o tabelião disse? — Assentiu séria, o que me inconformava mais foi ter prometido a Varsalles que cuidaria dela. Ele se aproveitou de uma situação para levar a outra pior. — Sim, ouvir você pode ir, e eu fico...— Tudo bem, não fui com a sua cara, ouvindo que na sua recusa a se casar comigo, seu tio tornar-se presidente da empresa, enquanto a sua tia... é sua tia aquela mulher? — Deu de ombros. — A esta hora ambos devem estar procurando um bom assassino para lhe matar. — Olhou-me sem preocupação, sorriu ao me ouvir, não era um sorriso comum, muito bonito, apenas desviei o rosto para olhar a turma no salão.—Louco, acha que onde estamos num filme de loucos? Onde uma mata o outro por dinheiro? — Arqueei a sombrancelha, minha vontade de aplaudir Varssales apenas cresce em mim. — Tudo bem, fique e veja o que acontece,... — Dei al
Olivia VarsallesSenta ao lado de um estranho num avião é super normal, mas casar com um, e olhar para ele repetida vezes, seu futuro marido ser tão desconhecido quanto os outros em suas cadeiras, não foi o que planejei em minha vida, alguns transeuntes indo aos seus assentos, eu não deveria reclamar, em circuntância alguma, jamais, ele aceitou de bom grado em ser meu tutor, apenas deveria agradecer a ele, por proteger algo que nem mesmo é seu, mas ainda sempre estamos em conflito. — Passe querido! — Avisei quando chegou a meu lado, após deixar a sua pequena mala.Suspirou fundo ao passar por mim, sentou na sua poltrona, sentei-me em seguida. — Talvez tenhamos começado mal, seu avô me ligou antes do... — Olhou-me, eu ainda com o livro nas mãos após sentar, apenas lhe olhei. — Ocorrido, não sabia que ele estava tão ruim a este ponto...Sorri fraco, poucas vezes ocorreu em dias. — Ele nunca revelou quão mal estava, descobrir quando foi internado, mesmo com o diagnostico continuou a bebe
Passar os dias num cubiculo com uma estranha até que não era tão ruim, algumas vezes ao chegar ela não estava, outras o cheiro de comida sempre vindo a porta, como ela conseguia se virar num país desconhecido? Me perguntei algumas vezes. –– Já comeu? –– Numa noite passou por mim numa camisola comprida preta, o cheiro de creme era delicioso, desatei a minha gravata me sentido exausto. – Não! –– Olhei para o seus cabelos despenteados, não estavam feios, os cachos bem desfeitos. –– Quer que eu te sirva? –– Ergui a sobrancelha, qual seria o serviço ela estava me oferecendo. –– Não pense besteiras Vance. –– Umedeci os lábios quando notei que percebeu, ela não é mais inguênua, mas como a garotinha de Varsalles conseguiu engana-lo? Observei a maneira como ela dispos o prato, em seguida colocou a minha frente. –– Chá? Suco? –– Sentei, pelo vislumbre das suas coxas mesmo por baixo do tecido era bem interessante, não que eu pense em desrespeitar a neta do meu amigo, mas se ele me ofereceu mat