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Lidando com as consequências

P.O.V Bella Jones.

Dois anos depois.

Acelero os meus passos para chegar na casa da minha mãe o mais rápido que posso, sentindo meu coração ficando mais acelerado a cada passo que eu dou, tamanha era a minha tensão. Quando passo pelo portão, respiro fundo, sentindo um alívio momentâneo.

Abro a porta com rapidez e nem perco tempo a fechando, apenas subo os degraus da escada a minha frente, indo em direção ao quarto dela. Ouço o barulho de água batendo e já sei que vem do seu banheiro, então apenas me direciono a ele.

A primeira coisa que meus olhos captam é a minha mãe segurando o bebê com cuidado, enquanto j**a um pouco de água sobre a sua cabeça.

- Como ele está?

Só então a minha presença é notada.

- Bella, o que está fazendo aqui? - minha mãe me olha confusa.

- Eu fiquei preocupada, você disse que a febre não abaixava. - Me aproximo mais, atraindo a atenção do pequeno para mim, que começa a choramingar.

- Mas eu daria conta, você precisa continuar as buscas por um emprego. Sabe que eu não vou dar conta de sustentar nós três.

- Eu estou ciente disso, mãe. Mas eu não conseguiria focar em nenhuma entrevista sabendo que ele não está bem. - Dou mais uns passos em direção a banheira, notando que os pequenos bracinhos do Timothy começaram a se mover rapidamente, como um pedido silencioso para que eu o pegasse no colo.

- E quando você pretende ir atrás do pai dele?

Ignoro a sua pergunta, me aproximando do meu filho, me abaixo em sua frente e acaricio a sua cabeça.

- Estava tão preocupada com você, querido! - falo baixo, sentindo a minha voz embargar.

Se você me dissesse há dois anos que eu amaria alguém a esse ponto, eu provavelmente não acreditaria.

- Não adianta você me ignorar, Bella. Você cresceu com um pai presente e muito amoroso, não sabe a sorte que teve por isso; você não faz ideia de como é a realidade de uma criança que cresce sem um pai presente. Não seja irresponsável com o seu filho!

Não era a primeira vez que a minha mãe colocava esse assunto em pauta; na verdade, isso acontecia com mais frequência do que eu gostaria de admitir. Na maioria das vezes eu ignorava o que era falado, torcendo para que ela mudasse de assunto.

Minha mãe não sabia que eu não fazia ideia de quem era o pai de Timothy e eu jamais confessaria isso para ela.

- Mãe, eu tenho meus motivos para não querer ir atrás dele, apenas deixe que eu faça escolhas que acho ideais para o meu filho.

- Como eu posso deixar se você sequer me fala quem é o pai dele, Bella? - o seu tom de voz sobe alguns tons. - Apesar de imaginar quem seja, você não pode deixá-lo de fora da criação de um filho por causa de uma traição que foi feita contra você!

- Nós já tivemos essa conversa, mãe. - Agarro uma toalha que estava pendurada próxima a mim, e a enrolo no Timothy, o puxando para mim.

- Jonathan é a única pessoa que pode ser o pai de Timothy, quando você descobriu a gravidez fazia pouco tempo que vocês tinham terminado.

No início eu também achei que ele era o pai, mas logo descobri que as contas não batiam. Já que alguns meses antes do nosso casório havíamos decidido não ter relações sexuais até o casamento, me lembro de ter achado estranho o fato dele ter aceitado a ideia tão facilmente, agora entendo o porquê.

- Mãe, apenas me deixe tomar as minhas próprias decisões, tudo bem? Pode não parecer, mas eu sei o que estou fazendo.

Abraço o meu filho com força o levando para fora do banheiro, enquanto os passos acelerados da minha mãe me acompanham.

- Querida, nós como mães cometemos muitos erros. Eu errei muito com você por falta de informação e agora estou tentando impedir que você cometa um erro pelo qual pode se arrepender futuramente. Apenas reflita sobre isso.

Coloco o Timothy sobre o colchão macio e me viro para encarar a minha mãe, que estava apoiada no batente da porta.

- Pensarei sobre isso. Prometo.

Ela concorda com a cabeça e abre um sorriso sem mostrar os dentes, antes de se retirar. Me deixando sozinha com o meu filho.

Encaro o pequeno na cama e me deito gentilmente ao seu lado, o puxando para mim, sentindo ele se aconchegar em meu peito.

- Eu não quero errar com você, meu amor. Não quero falhar com a pessoa que eu mais amo na vida. – deixo um beijo leve na sua cabeça. – Será que um dia você vai ser capaz de me perdoar por eu não saber quem é o seu pai? Eu espero que sim. – mordo o lábio, sentindo a angústia tomar conta do meu peito.

Minha mãe não sabia, mas eu já me sentia muito culpada por tudo isso.

(…)

Meu dedo desliza pela tela, olhando novamente todas as vagas que estavam disponíveis.

- Não teve sorte hoje? – a voz da minha mãe ecoa pela sala.

- Não. – respondo com os olhos fixos no celular.

Uma vaga chama a minha atenção, meu dedo para na tela e eu me ajeito rapidamente no sofá.

A vaga era para um trabalho de babá e exigia início imediato. O salário era muito bom e não era muito longe de onde eu morava, além de não exigir grandes habilidades, além de ser muito bom com crianças.

- Acho que acabei de achar o meu novo emprego. – falo para a minha mãe, enquanto me candidato para a vaga.

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