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Kell

Estou correndo pelas ruas de Paris e não sei exatamente para onde vou. As lágrimas brotam o tempo todo dos meus olhos, embaçando a minha visão. É sufocante saber que não o tenho mais em mim, que nunca mais o terei. Um táxi parou na calçada e eu mal esperei que o passageiro saísse de dentro dele e rapidamente me acomodei no banco de trás.

— Para Calanque D'En-Vau, por favor! — pedi para o motorista e ele me olhou intrigado pelo retrovisor.

— Mas isso fica do lado sul da cidade! — Ele replicou.

— Pago quanto for moço, só me leve pra lá, por favor! — insisti e ele deu de ombros, colocando o carro em movimento em seguida. Olhando pelo vidro da janela, procurei não chorar em meio aos conflitos que me assolavam. Tudo o que eu senti naquele restaurante... eu não posso. Deus, como eu pude deixar isso acontecer? A viagem longa no meio da noite me acalmou um pouco, mas o meu coração ainda estava palpitando violento no meu peito. Ouvir aquela música saindo da boca do Adrien foi doloroso dem
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