16

Adrien

— Acho que eu vou estrangular uma certa caçula que está bem minha frente — rosnei entre dentes para a minha irmã, que escancarou um largo e iluminado sorriso.

— Sério Adrien, uma aluna? — perguntou irônica, soltando uma risadinha escrota e com seus olhos claros acusando-me deliberadamente. Eu fiz um gesto com as minhas mãos, abrindo e fechando os dedos, insinuando o que pretendia fazer e ela gritou, correndo pelo apartamento e se trancou em seu quarto.

— Não vai escapar, Anne Lamartine. Uma hora você vai terá que sair do seu quarto e eu vou pegar você e vou afogá-la em sua tigela de leite, com aqueles malditos cereais coloridos! — ralhei contra a madeira pintada de rosa e ela riu alto lá dentro, me fazendo rir também. Anne abriu uma brecha na porta e me olhou através dela.

— Ela é linda! Falou pra ela sobre o seu problema de psicose? — Brincou.

— Vai te foder, Anne! — rebati e ela gargalhou. Em seguida saiu do quarto e se escorou na parede de frente para mim.

— É sério, o que
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