Sou deixada na calçada sem saber o que fazer. Olho mais uma vez para o prédio na minha frente, de um cinza reluzente, onde pessoas bem vestidas entram e saem constantemente. Caminho lentamente, atravessando as grandes portas de vidro escuro, eu teria me vestido melhor se soubesse para onde estávamos indo, acho que minha calça jeans clara e blusa verde florada não se compara com os terninhos das mulheres que passam por mim durante meu breve percurso para a recepção.
A recepcionista me olha como se não entendesse o que estou fazendo ali, se isso ajuda, eu também não.
- Posso ajudá-la? - A loira de sorriso falso pergunta, me olhando de cima a baixo, sorri ao imaginar o que ela acharia se soubesse que tenho antecedentes criminais.
- Preciso ir ao escritório da minha amiga Angel.- a palavra amiga paira no ar, será que ainda somos amigas?
- Claro, espere s&oac
Após ajudar Aurora e Mia com banho, fizemos uma bagunça enquanto procurava algo para elas vestirem. Em seus pijamas de bichinhos as deixo no quarto, resolvo tomar banho também, já que as duas me molharam completamente fazendo bagunça pelo banheiro.Ao Chegar no quarto, sigo direto para o banheiro, paro quase tendo um ataque cardíaco ao ver Chris saindo do Box nu, gotas de água escorrendo pelo seus músculos, as duas fendas abaixo do seu ventre marcadas por anos de exercícios poderia levar qualquer uma a loucura, ele enrola a toalha na cintura, levantando o olhar malicioso na minha direção.Minha nossa, sinto minha face pegar fogo, enquanto continuo o admirando descaradamente. O que há comigo, parece que sou adolescente de novo, ruborizando ao ver um cara pelado, mas com um corpo desse não tem como não olhar. Além disso, não é com
Encaro-me pela milésima vez, e ainda não consigo me reconhecer através do reflexo do espelho. Passei a mão pela renda do vestido sereia com decote bateau com aplicações em renda e um cinto com laço com transparência nude, o admirando. Hoje pela manhã, ao acordar enrolada nos braços do Chris na biblioteca, havia um sorriso idiota em meus lábios que se negava a sumir, eu me sentia feliz e completa. Eu tinha conseguido seu perdão, tenho minha filha comigo e a Mia está a salvo, e em menos de 12 horas estarei casada com o amor da minha vida.Saindo dos seus braços com cuidado para não acordá-lo, pego a camisa do Chris jogada no chão e a visto. Saio da biblioteca, subindo a escada, seguindo pelo corredor, antes de ir tomar um banho passo no quarto para ver as meninas, as duas dormem na cabana tranquilamente.Após um banho relaxante, p
Havia se passado um ano desde meu casamento com Chris. Como ele optou por trocar a carreira de ator por diretor, ele tem passado mais tempo em casa, o que é ótimo, as meninas amam quando ele está em casa, as ajudando a fazer bagunça pela casa. Eu mesmo sendo um pouco tarde segui meu sonho e entrei na faculdade de Literatura Inglesa, e tem sido ótimo realizar meus sonhos, é gratificante fazer algo por si mesma. - Mãe! - Aurora entra no quarto, desesperada. - Se acalma, e me conta aonde é o incêndio. - me abaixo para que eu posso ficar na altura dela.- Não consigo achar a Belinha. Como vamos para Orlando sem minha boneca, não possa deixá-la. - ela realmente parece desesperada.- Vamos achá-la, tudo bem? - ela acena. Depois de uma busca minuciosa ach
Cheguei ao fim de mais uma história...É complicado criar uma vida, cada detalhe de uma pessoa, seus sonhos e desejos. Mas é algo que eu amo fazer, levar até o leitor uma aventura, um romance, uma fantasia. Esse foi meu segundo livro, escrevi enquanto ainda terminava o primeiro, a idéia de como seria a história me surgiu do nada, ou talvez de algum sonho louco meu, as vezes acontece. Enfim, gosto de como a cada jornada dos dois se desenvolveu, de como me emocionei a capítulo, e de como tudo se encerrou. Ayla e Chris tiveram seus altos e baixos, com alguns sorrisos e muitas lágrimas ao longo do caminho, até que puderam ter seu feliz para sempre.Sendo assim, quero agradecer a cada pessoa que chegou até aqui, que leu cada capítulo, que se emocionou com essa história, espero que tenha sido uma experiência agradável.Obrigada, sou grata por tê-lo como leitor.
Há três meses atrás minha vida era complicada, na verdade, nunca foi fácil, a realidade de muitas pessoas. Vivi em muitos lares adotivos desde que perdi minha tia Alicia com 10 anos. Ela foi tudo para mim, passamos por momento difíceis, ainda mais por morarmos em um dos bairros mais perigosos de New York dominado por gangues. Ela sempre me levava à escola antes de ir para o trabalho e sempre me dava um beijo cheio de afeto como forma de despedida, um pequeno gesto que enchia meu coração de afeto.Vivíamos com o pouco que ela ganhava, era apenas nós duas, uma cuidava da outra, sua alegria me contagiava, e seu afeto por mim era o suficiente para que eu me sentisse amada.Eu era agradecida pelo pouco que eu tinha e por tudo que minha tia fazia por mim. Até aí minha vida era super normal, eu tinha uma casa, ia para escola e tinha minha tia Alicia, pois &eacut
Querido ChrisComo contar para alguém que você ama o quanto ele esteve errado sobre a pessoa a qual morou com ele durante três longos meses compartilhando momentos, olhares, sorrisos? Talvez para alguns seja pouco tempo, para mim, alguém que jamais se imaginou fazendo parte de algo especial, considero que seja um longo tempo, quase uma história de vida. E como dizer a essa pessoa o quanto você se sente arrependida pelas decisões que tomou, por me sentir pres
Com um último adeus, corri, saindo do salão, indo pelo corredor que dava para os camarins. Meu coração explodindo em meu peito pelo o que eu estava prestes a fazer, pois, fugir não era o problema, ser pega e trazida de volta faria eu desejar ter sido vendida. Porque as poucas que sobreviveram jamais tentaram cometer o mesmo erro, e nunca comentaram o que Jacob fez com elas.E olha só, lá estava eu, prestes a cometer a mesma burrice, e mais uma vez eu não tinha escolha, se aqui as coisas já eram difíceis, eu não queria imaginar sendo feita de objeto sensual todas as noites, enquanto houvesse vida em mim. Na boate você poderia escolher se iria dormir com algum cara, não era obrigatório, desde que você fizesse um bom show de striptease, entretece o público. Se os clientes gostassem e voltassem para te ver, estava tudo bem, pois, de certa forma a casa r
Enquanto dirigia pela cidade, em um silêncio mútuo a procura do hospital mais próximo, tudo o que eu mais queria saber era no que você pensava. Talvez tivesse se arrependido por ter me ajudado, uma estranha que praticamente se jogou na frente do seu carro, o que foi exatamente o que tinha feito, em momento algum você disse uma palavra, apenas dirigia. Não vou mentir que eu não estava surpresa por estar em um carro com você ao lado, tive dificuldade em não olhar para você durante todo o trajeto, mas me contive, eu precisava que você me mantivesse segura e que não pensasse que eu era uma completa maluca perseguidora. Em meio a todos meus pensamentos me dou conta que estávamos atravessando a ponte que liga o Brooklyn aos distritos de Manhattan, era a primeira vez que eu ia para outro lado da cidade. Só então percebi que eu estava de certa forma deixando meu passado para trás