Ethan é o tipo de jovem que não fica em relacionamentos sérios. Ou seja, fica e não se apega. E a pesar de ser um grande mulherengo ele tem uma ótima fama. Algumas de suas vítimas tem plena noção de seu comportamento, enquanto outras ainda se iludem pensando que conseguem algo sério.
Só lindo de mas pra uma só!— pensou consigo olhando no espelho. O jovem tem uma autoestima invejável, ele cuida de seu corpo como seu fosse um rubi, tem plena noção de sua beleza e suas capacidades sedutoras.
Como sua mãe e irmã costuma dizer. Ele cuida mas de sua pele e aparecia, do que elas duas juntas. Ethan é lindo de natureza, até Kiara se orgulho do trabalho que fez!
— Você não o produziu sozinha — Kiara revira os olhos, para o comentário do marido.
Sua beleza sedutora, além de lhe gerar vantagens, por vezes atraí problemas. Como da vez que foi acusado de engravidar uma jovem, só tinha ficado umas duas vezes e ele tinha a plena certeza que havia usado camisinha.
— Se o filho for seu você vai ter que assumir a responsabilidade — seu pai o advertiu olhando seriamente.
A família da jovem estava enfurecida, queria que ela assumisse a criança e se noivassem. Ia terminar a escola depois que a criança nascesse. Daquela vez Ethan achou que ia morrer, estava sendo muito pressionada pela família da moça. Ele só tinha quinze anos, não queria ser condenado ao matrimônio tão cedo.
Foi a que a família descobriu, que na verdade quem era o pai da criança que a jovem estava esperando. Era um jovem deliquente e narcótico, do bairro com qual a jovem havia se envolvido.
— Papai, você é o exemplo que eu não quero seguir!— na época foi isso que Daniel disse ao seu irmão zombando.
— Aquela miúda é louca!— Ethan rebateu com o coração mas aliviado — eu pai! Yuuh! Cruzes, Deus me livre.
Depois daquele episódio ele acabou ficando um mês sem se relacionar, ainda estava traumatizado. Enquanto que Kiara lamentava por seu filho ser a encarnação de seu irmão mas velho em sua juventude. Só rezava pra que ele não cometesse o mesmo erro.
— Você tem que prometer que nunca o fará, jura Ethan. — por mas que fosse constrangedor falar sobre sexo com seu filho de apenas quinze anos na época, Kiara precisava ouvir do filho.
— Eu prometo, eu juro mãezinha que nunca, nunca farei sexo dirigindo!
— Ethan Kerith eu estou falando sério, eu vou cortar suas bolas.
— Credo mulher!— deu um beijo no topo da cabeça se sua mãe — Eu juro que não o farei.
Seus olhares se fintaram por minutos que pareciam eternidades. Dois oceanos se encaravam profundamente. Ethan conhecia o olhar profundo que sua mãe tinha, e poderia até dizer que tinha herdado seus olhos azuis – ele e Duda – mas dos três – irmãos – quem encarava com profundidade era Daniel. O olhar de Daniel, faziam as pessoas se sentirem expostas. Como se toda sua vergonha ficasse visível perante seus olhos.
— Eu confio em você.
Ethan começou a ter uma vida sexual com apenas dez anos. Isso era demais pra os pais, mas visto que ele não voltaria a trás mesmo que eles o obrigassem. Preferiam o instruir a se prevenir pra não cometer erros, mortais. Mas diferente dele, Duda e Daniel não tem a mesma sorte. Duda porque é mulher, Derek iria até ao inferno se alguém tocasse em sua filha. Mesmo que não seja visível, Ethan tem síndrome de irmão mais velho. Não quer que nenhum garoto se aproxime de sua irmã com décimas intensões. Ouve o episódio de Daniel ter socado um de seus amigos do clube de futebol que se atreveu a roubar o primeiro beijo da irmã. Ou seja, o cara que quiser se relacionar com ela terá que ser um santo e terá que ser aprovado pelos três grandes reis.
— Vou terminar solteira.— Duda murmura pra si, sempre que via suas amigas marcando encontros com garotos e contando suas façanhas amorosas.
— Você é criança Duda, seu único foco agora só tem de ser a escola.
— Mas porque eles podem e eu não. Isso é machismo.
— Você é a nossa Princesa, não pode ser corrompida — deitada no colo na mãe, Kiara acaricia seus cabelos — eu pessoalmente não sou contra namoros. Na sua idade não foi uma santa — deu um riso nasal se lembrando de suas façanhas — só que eu sabia definir limites. Eu não perdi a virgindade com sua idade, não tive um monte de namorados. Se me lembro bem só sai umas duas vezes com garotos, no ensino médio e na faculdade. É só termina-vamos nos beijos e alguns amassos — voltou a rir — eu estava tão focada com a escola que não tinha tempo pra me aventurar assim.
— Então você só teve dois namorados antes do papai?
— Não sei se posso chamar de namorados, sendo que o segundo foi numa festa e eu estava bêbada.
— Como você tem a certeza que terminou só em beijos e amassos, se estava bêbada?
Kiara riu antes de responder, as lembranças daquele momento passaram por sua mente.
— Porque eu liguei pra os meus pais virem me buscar, não sou fã de festas. E o som das colunas estava me deixando surda. Lembro que minha mãe ficou duas semanas sem falar comigo depois daquilo.
— A vovó não brinca em serviço mesmo — Duda acompanhou a mãe na risada.
— Mas como eu dizia...eu não sou contra namoros. Só que os adolescentes de agora não sabem se controlar, você vê uma criança de doze anos já consegui diferenciar pênis — Duda afundou o rosto todo — É sério. Outras piores, estão se envolvendo com homens de idade. Já não a controle. Namoro pra vocês, tinha que ser dar as mãos, marcar encontros no park, shopping, se divertir. Serem leais amigos, e quem sabem uns beijinhos — riram — Só que agora já não a controle, crianças se comportam como adultos e quando dão por si, foram expulsas da casa dos pais com dezasseis anos e dois filhos no colo, e o pai das crianças pra piorar ou é um deliquente ou é um miúdo mimado que vivi nas custas dos pais. Você entende?
Kiara era sua fiel amiga, sua psiquiatra, sua mãe. Duda reconhecia a sorte de ter uma mãe, tão atenciosa como ela, que a ouvia antes de julgar. Que antes de decretar explicava a consequência de cada ato.
— Uns beijinhos né! — Duda provocou acompanhando a mãe na risada.
— Sem beijinhos pra você — Derek entrou no quarto e puxou seus pés começando a fazer cócegas nela — a não ser que queira ver o fulano no necrotério.
Duda ria, mesmo sabendo que seu pai falava sério. Mas pra sorte deles, apesar de cobiçar Duda não tinha o interesse em se envolver. E depois do que ouviu com a mãe, sua cobiça tinha se reduzido a metade, só esperava algum dia ter a mesma sorte que a mãe de se relacionar com alguém como seu pai.
— Ethan você nem liga pra mim, ontem ti liguei não atendeste porquê?— Não gosto de ficar próximo do celular linda, mas querias me dizer algo? — e outro fator era seu irmão. Duda considerava seu irmão um canalha por iludir aquelas pobres almas. Ethan tinha o poder de fazer cada garota se sentir especial e depois as descartava quando perdia o interesse.— Larissa, como está?— quando estava interessado numa garota, Ethan não desistia até alcançar seu objetivo.— O que isso ti interessa?— mas algumas estavam bem cientes de sua malandrice. Por mas que admitissem sua beleza, sabia que com ele não teriam um relacionamento sério.— Me perdoe, só procurei saber de sua saúde. Mas se isso ti incomoda me desculpe por perguntar — como ator Ethan merecia um óscar, seu semblante era de uma ovelha inofensiva
Hoje é dia de educação física. Sun não podia estar mais frustrada do que já está. Todo o esforço que fez durante a semana pra não revelar sua heterocromia, foi em vão. As regras do Professor Carlos são bem claras e práticas.1. Equipamento branco ( desde a camisa, calça, meias e sapatilhas )2. Nada de brincos, pulseiras, colares e tudo que fizer parte desse grupo. Válido pra os dois genros.3. Garotas prendam seus cabelos num rabo de cavalo bem alto. O cabelo dos garotos não pode passar da orelha.4. Sem mimi, a não ser que tenha um atestado médico e a confirmação do encarregado de educação.5. Eu mando, vocês obedecessem.De cabelo preso, Sun se sentia um peixinho fora da água. Seus colegas a olhavam como se estivessem vendo Moisés. Não era pra menos, o nível de
Por volta da década de noventa.Por volta deste tempo, alguns pais africanos começaram a manifestar-se contra os colonos, manifestações diretas e indiretas, vias pacíficas e armadas... Algures na África, um país havia conseguido sua independência. Mas devido as fortes guerras, a fome, epidemia, corrupção se alastrava pra aqueles que achavam que viveriam em paz, depois de se libertar dos colonos.Sem saber como foi parar ali, Sun se viu como filha de um branco e uma negra, e "misteriosamente" havia nascido Albina. Sun só notou que era ela, quando viu que seus olhos continuam os mes
Se soubesse o que lhe esperava no dia seguinte, Sun teria aproveitado sua noite de sono. A imagem dos olhos heterecromicos de Sun havia vazado pela escola. Como? Ela não sabe. Só sabia que agora todo a escola a encarava com diferença. Ethan também que ainda não tinha visto seus olhos heterecromicos, ficou surpreso quando a mensagem entrou e a foto apareceu em seu celular. Junto da foto, continham informações falsas acerca dela.Bullying.Outra vez não meu Deus, outra vez não. Saiu da sala em disparada e foi ao banheiro, Duda e Biatrís a seguiram. Estavam ultrajadas pelo comportamento dos colegas.— Sun, não fica assim!— sem aviso prévio Duda abraçou. Sun não queria chorar, não queria demostrar suas fraquezas mais estava cada vez mais difícil, o mundo a queria ver no chão. O abraço triplo fez ela desabar, e sem perceber e
— Como você não presta garota. Como se não bastasse o Daniel, agora está dando o rabo pra Ethan. Porque não se coloca em seu lugar.— Deve ser o efeito da heterocromia, ouvi dizer que pessoas com anomalia tem dificuldade de entender o óbvio.Rosa não se sentia satisfeita pelo já havia feito. Ainda estava com ódio pelo puxão que recebeu de Daniel, e mas agora quando viu Ethan e ela abraçados, enquanto a acompanhava pra casa. Sun, estava saindo do banheiro, estava no último degrau ouvido cada insulto que elas diziam a seu respeito, enquanto Rose e suas fies escudeiras estavam no penúltimo degrau.Só que Sun tem um problema. Um problema que geralmente todos as pessoas excessivamente calmas tem. Quando perdem a paciência, elas ficam insanas. Definitivamente Sun não sabia definir o que estava correndo por suas veias. Seus pesadelos, noite mal dormidas, as fotos espalhadas de seus olhos, tudo isso culpa daquela garota, tinha certez
Ethan não conseguia comer durante o jantar e consequentemente não conseguiria dormir, por culpa de seus pensamentos perturbadores. Ele estava receoso. Após o que aconteceu na escola, ele se sentia inquieto. Ele sabia que bullying, não era certo e tinha consequência drásticas. Seus pais sempre os alertam acerca disso. Sua mãe dava exemplos vivos, de pacientes que sofriam por bullying, alguns recuperados, outros desistindo do processo e outros ainda pior, cometiam suicídio.Mesmo que fosse raro de acontecer, quando um dos pacientes de sua mãe, não conseguia lidar com a depressão. Acabava suicidando. Ele via sua mãe arrasada, como se tivesse tirado a vida deles. Mesmo que raro. A família ficava sem jeito quando a mãe, perdia um de seus pacientes.— Ethan, não vai comer?— seu pai perguntou estranhando seu silêncio. Ethan é muito tagarela e não faz cerimônia com a comida. Mesmo doente. Só que, essa noite ele estava, estranhamente quieto.
— O que se passa com ela?— Kiara perguntou assim que a viu se contorcendo na cadeira.— Está tendo uma crise de gastrite!— Duda respondeu aflita.Sun estava focada na dor e em sua respiração. Não podia ter uma crise de asma junto da de gastrite. Pouco a pouco a dor foi reduzindo. Neste meio termo Kiara havia se retirado pra estufa em busca da espinheira-santa.— Quer algo pra comer?— Ethan— Não obrigada. Já estou bem. — disse fazendo uma careta, a dor tinha reduzido, mas ainda sentia um pouco de queimação no estômago.Discordando dela, Ethan e Duda sugiram que ela comesse algo. Mesmo ela protestando dizendo que já estava bem.— Beba isso. — Kiara se aproximou dela com uma xícara, contendo chá de espinheira-santa— vai aliviar a dor.Ethan e Duda sorriram pra ela. Não havia como ela recusar a oferta. O chá já estava servido.— Obrigada, senhora. —
— Boa tarde Sir. Diretor, desculpe o incomodo mas trago uma queixa. — o Diretor endireitou os óculos, pousou a esferográfica. Encarando o estudante que raramente vinha ao seu gabinete. — Uma estudante do terceiro ano, sofre bullying na escola por parte de alguns estudantes. Primeiro vieram as vaias na sala, seguida pelas fotos dela terem sido publicadas sem sua permissão por toda escola. E ainda, tem alguns estudantes que cismam em continuar com as provocações.Poucas vezes os estudantes faziam queixam por bullying. Por certos motivos que serão mencionados a baixo.1. Medo. Ameaças.2. Falta de coragem.3. Casos raros em que a vítima não tem noção de que sofre bullying ( parece impossível mas acontece)4. Quando os dirigentes da escola, não se importam com a saúde mental de seus alunos. Fechando os olhos pra o bullying, o preconceito.