LIZ NARRANDO Eu não podia acreditar que essa bruxa matou o avô do Nicolas, como ela podia ser tão maquiavélica. Como o Nicolas nunca viu isso no seu dia a dia, só achava a velha mal amada, ranzinza, mas não, ela é ruim de alma. Perversa, meu Deus que ser humano desprezível. — Você está dizendo que matou o avô do Nicolas? - Eu estava custando acreditar nisso. — Sim Matei, de forma lenta, mas você não tem nada haver com isso. — Realmente você é um ser desprezível, não entendo como pode ser tão ruim assim, como pode não ter um pingo de amor dentro desse coração. - Só sinto uma tapa em meu rosto. — Cale a sua boca sua desqualificada. - Ela puxa o meu cabelo e fala perto de mim. — Nunca ouse me afrontar, mas você não terá mais tempo para isso, eu irei acabar com a sua vida de uma forma tão fácil. — Engraçado, todas as pessoas que passam no seu caminho você mata né? Mas você é muito covarde, cadê que você enfrenta, só sabe matar, porque não tenta vencer, o seu negóc
BLANCA NARRANDO Eu precisava dar um fim nessa garota, estar cara a cara com ela era preciso, mas admito, ela é só uma menina mas bem corajosa. Muito petulante, a minha vontade era dar um tiro na boca dela e acabar com tudo isso. Paro a minha sessão de tortura quando ela me fala de onde veio. Aquilo ali me dá um nó, não sei dizer ao certo, mas coincidência ou não eu fiquei em choque. Sai de perto dela, fiquei tensa. Chamei o Rafael. — Quero que você a leve para outro lugar, mas antes tente conseguir uma amostra de cabelo dela, arrume alguém para coletar o meu sangue. — Mas o que a senhora está pensando ? acha que ela é parente sua? — Você não tem que perguntar nada. Eu não vou para a minha casa, vou para um hotel, já soube que o Nicolas sabe que estamos com ela. Então vou para um hotel, a leve para um lugar seguro, pegue uma amostra de cabelos dela e mande alguém colher o meu sangue o quanto antes. Faça esse teste de DNA em completo sigilo. — Pode deixar senhora, f
THALES NARRANDO Estava aqui na sala com os pais da Kath e ela estava conversando com a mãe biológica. O Peter, que era o seu irmão, estava conosco na sala. Estava comendo chocolate enquanto via TV. Era bem tranquilo ele. — Será que fizemos certo deixá-la sozinha, é a primeira vez que fala com a mãe, pode ficar bem nervosa. - O Bruce falava meio nervoso com a situação. — Bruce, a nossa filha precisa disso, é a mãe dela e mesmo não estando no seu dia a dia, me parece ser uma pessoa decente e que olha pra Kath com toda a ternura do mundo. — Mas a mãe dela é você, Mary. — Bruce, isso eu nunca vou deixar de ser, mas a Nathalia colocou a nossa filha no mundo e eu sou muito grata a ela por isso. E ela foi uma mãe como poucas, a vida não foi fácil para ela e você melhor que eu sabe disso. — Eu não estou dizendo que ela não é a mãe da kath, quis só dizer que você é mais porque criou. — Ela não criou por falta de oportunidades, apenas isso. - De repente Kath entra com
NICOLAS NARRANDO Estávamos indo e falaram que a minha avó tinha levado a Liz, eu não confio mais nela, estou com muito medo que ela tenha feito algum mal à Liz e, se fez, eu não sei o que serei capaz de fazer. Chegamos ao local, mas era uma casa normal, não tinham muitos homens, e chegamos já para invadir. Os que estavam na frente de prontidão, se armaram todos para o nosso lado. — Eu vim aqui para falar com a minha avó, não viemos duelar. Basta chamá-la — nessa hora chega um homem, que não me é estranho, acho que ele já trabalhou para o meu avô. — Olá, Nicolas. — Não sei quem é você, mas quero falar com a minha avó. Eu só saio daqui com a Liz e espero, de coração, que ela esteja bem e sem nenhum arranhão, caso contrário não sobrará um vivo aqui. — Calma, a sua avó está lá dentro com a Srta. Liz — esse filho da puta está muito bonzinho, mas ele não perde por esperar, quando eu estiver com a Liz segura, cada um que está aqui terá o destino que merece. Não espero ele
PABLO NARRANDO - A ORIGEM DA ADOÇÃO DA LIZ Anos atrás — Dr Pablo, o Dr. Louis está atrás do senhor já tem um tempo. — Ok, pode deixar que irei lá. - Droga sempre que ele me chamava era para dar bronca na maioria das vezes, éramos sócios, mas eu só tinha apenas 10% da empresa e ele os 90% restante. Ele tinha uma vida de rei, eu não posso negar que se não fosse meu vício a minha vida seria muito melhor. Bato na sua porta e vou entrando. — Senta aí Pablo, preciso falar com você algo muito importante. — Aconteceu alguma coisa? - Fiquei apreensivo. — Sim, aconteceu e precisava falar com você com urgência. — Então fale. — Bom, como você sabe perdi a minha mulher há cerca de 2 meses e isso me deixou no chão. Tínhamos acabado de adotar a nossa filha, na verdade eu não queria adotar, ela que sempre quis um filho, mas não conseguimos ela não queria barriga de aluguel. Então resolvemos adotar. Agora que ela se foi eu resolvi que voltarei para França e a menina só me faz l
BARBARA NARRANDO Nunca tive uma vida fácil, entrei e saí de vários lares temporários, mas as pessoas desistiam de me adotar. E, quanto mais o tempo ia passando, mais a expectativa em ser adotada ia diminuindo. Os adotantes preferem recém nascidos ou crianças menores. Sempre falam que é porque é de fácil adaptação e com isso os maiores ficam. O que sei é que fui ficando, até que não tinha mais idade para ficar e tive que ir para vida. A nossa realidade não é nada fácil. Eu passei por constantes crises emocionais e existenciais. Afinal, estávamos ali sob um teto, éramos cuidados e de repente a ruptura é grande. Bate a insegurança de como será o nosso amanhã, onde iremos morar, o que comer, com quem contar? Esse desconhecimento do amanhã era o maior medo que me habitava. Os desafios frente àquela vida, agora exposta, eram assustadores. Fui para um lugar em que tinham muitas pessoas nas mesmas condições que eu, sempre fui muito tímida e mais recatada para fazer amizade. Apr
LIZ NARRANDO Eu não podia acreditar que eu era neta dela, como a vida pode me pregar uma peça dessa, eu poderia imaginar qualquer pessoa, mas ela? a BLANCA a minha avó? Que loucura é essa meu Deus. De repente o celular do Nicolas volta a tocar e ele atende — Ok, então podem entrar.- Ele nos olha. Elas chegaram, estão entrando. De repente entram duas mulheres uma mais velhas que me faz lembrar a Blanca vagamente e a outra, meu Deus é como se eu estivesse me vendo, só com um pouco de diferença. Eu começo a chorar, na verdade nos 4 começamos porque olha para a Blanca e vejo as lágrimas escorrem. Eu caminho lentamente para a minha irmã e fico em frente a ela. Passo a mão em seu rosto, ela chora e eu também. — Meu Deus, uma vez eu vi uma imagem sua na internet e pensei,ela poderia ser a minha irmã. - Passo a mão em seu rosto mais uma vez. — E você é a minha irmã, a minha cópia e sei que vai ser a minha melhor amiga, eu sei que a vida nos afastou, mas nunca mais vai nos sep
BLANCA NARRANDO Eu não conseguia pensar na avalanche de coisas que o Nicolas estava falando, meu Deus a minha filha aqui? Eu acabei de descobrir que tenho duas netas e agora a minha filha também estará aqui frente a frente comigo? É Deus, tem um ditado que diz nada fica impune, um dia a conta chega, e pelo visto a minha chegou. Quando ela entra com a outra neta e olhei aquelas 3 um filme passou em minha vida, como eu poderia ter feito tudo diferente, como as minha atitudes mudaram vidas e como mudaria a minha também, eu não teria casado com um homem que só fez alimentar mais ainda o meu ódio pela vida. Agora aqui vendo elas conversarem e a minha filha relatar a vida dela, o meu coração sangra, olho para tudo que fiz até hoje movida pela dor por ter deixado a Barbara no orfanato. Eu nunca me recuperei disso. Mas sim, eu poderia ter feito diferente, sim, a gente sempre pode fazer diferente, mas muitas vezes as contingências da vida te cegam, e eu deixei que o véu da maldade