THALES NARRANDO Estava aqui na sala com os pais da Kath e ela estava conversando com a mãe biológica. O Peter, que era o seu irmão, estava conosco na sala. Estava comendo chocolate enquanto via TV. Era bem tranquilo ele. — Será que fizemos certo deixá-la sozinha, é a primeira vez que fala com a mãe, pode ficar bem nervosa. - O Bruce falava meio nervoso com a situação. — Bruce, a nossa filha precisa disso, é a mãe dela e mesmo não estando no seu dia a dia, me parece ser uma pessoa decente e que olha pra Kath com toda a ternura do mundo. — Mas a mãe dela é você, Mary. — Bruce, isso eu nunca vou deixar de ser, mas a Nathalia colocou a nossa filha no mundo e eu sou muito grata a ela por isso. E ela foi uma mãe como poucas, a vida não foi fácil para ela e você melhor que eu sabe disso. — Eu não estou dizendo que ela não é a mãe da kath, quis só dizer que você é mais porque criou. — Ela não criou por falta de oportunidades, apenas isso. - De repente Kath entra com
NICOLAS NARRANDO Estávamos indo e falaram que a minha avó tinha levado a Liz, eu não confio mais nela, estou com muito medo que ela tenha feito algum mal à Liz e, se fez, eu não sei o que serei capaz de fazer. Chegamos ao local, mas era uma casa normal, não tinham muitos homens, e chegamos já para invadir. Os que estavam na frente de prontidão, se armaram todos para o nosso lado. — Eu vim aqui para falar com a minha avó, não viemos duelar. Basta chamá-la — nessa hora chega um homem, que não me é estranho, acho que ele já trabalhou para o meu avô. — Olá, Nicolas. — Não sei quem é você, mas quero falar com a minha avó. Eu só saio daqui com a Liz e espero, de coração, que ela esteja bem e sem nenhum arranhão, caso contrário não sobrará um vivo aqui. — Calma, a sua avó está lá dentro com a Srta. Liz — esse filho da puta está muito bonzinho, mas ele não perde por esperar, quando eu estiver com a Liz segura, cada um que está aqui terá o destino que merece. Não espero ele
PABLO NARRANDO - A ORIGEM DA ADOÇÃO DA LIZ Anos atrás — Dr Pablo, o Dr. Louis está atrás do senhor já tem um tempo. — Ok, pode deixar que irei lá. - Droga sempre que ele me chamava era para dar bronca na maioria das vezes, éramos sócios, mas eu só tinha apenas 10% da empresa e ele os 90% restante. Ele tinha uma vida de rei, eu não posso negar que se não fosse meu vício a minha vida seria muito melhor. Bato na sua porta e vou entrando. — Senta aí Pablo, preciso falar com você algo muito importante. — Aconteceu alguma coisa? - Fiquei apreensivo. — Sim, aconteceu e precisava falar com você com urgência. — Então fale. — Bom, como você sabe perdi a minha mulher há cerca de 2 meses e isso me deixou no chão. Tínhamos acabado de adotar a nossa filha, na verdade eu não queria adotar, ela que sempre quis um filho, mas não conseguimos ela não queria barriga de aluguel. Então resolvemos adotar. Agora que ela se foi eu resolvi que voltarei para França e a menina só me faz l
BARBARA NARRANDO Nunca tive uma vida fácil, entrei e saí de vários lares temporários, mas as pessoas desistiam de me adotar. E, quanto mais o tempo ia passando, mais a expectativa em ser adotada ia diminuindo. Os adotantes preferem recém nascidos ou crianças menores. Sempre falam que é porque é de fácil adaptação e com isso os maiores ficam. O que sei é que fui ficando, até que não tinha mais idade para ficar e tive que ir para vida. A nossa realidade não é nada fácil. Eu passei por constantes crises emocionais e existenciais. Afinal, estávamos ali sob um teto, éramos cuidados e de repente a ruptura é grande. Bate a insegurança de como será o nosso amanhã, onde iremos morar, o que comer, com quem contar? Esse desconhecimento do amanhã era o maior medo que me habitava. Os desafios frente àquela vida, agora exposta, eram assustadores. Fui para um lugar em que tinham muitas pessoas nas mesmas condições que eu, sempre fui muito tímida e mais recatada para fazer amizade. Apr
LIZ NARRANDO Eu não podia acreditar que eu era neta dela, como a vida pode me pregar uma peça dessa, eu poderia imaginar qualquer pessoa, mas ela? a BLANCA a minha avó? Que loucura é essa meu Deus. De repente o celular do Nicolas volta a tocar e ele atende — Ok, então podem entrar.- Ele nos olha. Elas chegaram, estão entrando. De repente entram duas mulheres uma mais velhas que me faz lembrar a Blanca vagamente e a outra, meu Deus é como se eu estivesse me vendo, só com um pouco de diferença. Eu começo a chorar, na verdade nos 4 começamos porque olha para a Blanca e vejo as lágrimas escorrem. Eu caminho lentamente para a minha irmã e fico em frente a ela. Passo a mão em seu rosto, ela chora e eu também. — Meu Deus, uma vez eu vi uma imagem sua na internet e pensei,ela poderia ser a minha irmã. - Passo a mão em seu rosto mais uma vez. — E você é a minha irmã, a minha cópia e sei que vai ser a minha melhor amiga, eu sei que a vida nos afastou, mas nunca mais vai nos sep
BLANCA NARRANDO Eu não conseguia pensar na avalanche de coisas que o Nicolas estava falando, meu Deus a minha filha aqui? Eu acabei de descobrir que tenho duas netas e agora a minha filha também estará aqui frente a frente comigo? É Deus, tem um ditado que diz nada fica impune, um dia a conta chega, e pelo visto a minha chegou. Quando ela entra com a outra neta e olhei aquelas 3 um filme passou em minha vida, como eu poderia ter feito tudo diferente, como as minha atitudes mudaram vidas e como mudaria a minha também, eu não teria casado com um homem que só fez alimentar mais ainda o meu ódio pela vida. Agora aqui vendo elas conversarem e a minha filha relatar a vida dela, o meu coração sangra, olho para tudo que fiz até hoje movida pela dor por ter deixado a Barbara no orfanato. Eu nunca me recuperei disso. Mas sim, eu poderia ter feito diferente, sim, a gente sempre pode fazer diferente, mas muitas vezes as contingências da vida te cegam, e eu deixei que o véu da maldade
BLANCA NARRANDO CONTINUAÇÃO Agora era o momento de colocar as cartas na mesa e abrir o baú do meu ser que eu fechei no dia que o Richard não foi ao meu encontro. — Eu vou contar a você cada passo da minha vida. Assim como você, eu me apaixonei perdidamente, só que esse amor era retribuído. Nós dois queríamos ficar juntos, casar e constituir uma família feliz, era o nosso maior sonho. Nós dois fizemos uma promessa. - Lembro claramente quando fizemos essa promessa. Início de Flashback Estávamos num parque onde tinha verde por tudo que é lado, e era um pouco distante das nossas casas, ali era o nosso refúgio, estávamos deitado na grama esperando o pôr do sol que ali era perfeito. — Amor, posso te perguntar uma coisa? - me viro para ele pois queria que ele me respondesse olhando em meus olhos. — Claro amor, o que você quer saber? — O amor que você sente por mim? te faz sonhar mais alto? como construir uma família, ver nossos filhos crescerem lindos e saudáveis? - E
THALES NARRANDO Acabei de chegar no casino e esses dias eu tenho vindo pouco, está sendo bem corrido, a alegria da Kath está contagiante, a relação dela com a mãe e o irmão fez muito bem a ela. E vê-la nesse estado me faz um bem enorme. Nessa coisa acabei esquecendo de ligar para o Nicolas para saber sobre a Liz e o que aquela velha aprontou. Pego o celular e ligo para ele que prontamente atende. — Alô Thales. Tudo bem com você? — Oi Nicolas, estou sim, estou ligando para saber como estão as coisas? e a Liz você já a encontrou? — Já sim Thales, no dia que falei com você estava indo para o local que a levaram. — Mas ela está bem? — Está sim, mas você vai ficar espantado com o que vou te contar. — O que houve? - Agora fiquei bem curioso. — Descobrimos que a Liz e a Renata são irmãs gêmeas. — Sério?? meu Deus como assim? como souberam disso? — Eu fiz uma busca para descobrir a família dela, nesse sentido chegamos ao orfanato e para saber do resto não foi tão dif