LIZ NARRANDO. O humor de Thales é ácido, sabe aquele tipo de brincadeira com maldade, era o dele, algo me diz que isso vai ser complicado. O carro parou em frente a uma mansão enorme, rosa clara, com pilastras na frente e uma porta branca de quase 8 metros de altura. — Bem-vinda a sua nova casa. — Thales fala, e em seguida abre a sua porta do carro e desce. Da a volta no carro e abre a minha porta. — Anda, desce, não tenho o tempo todo. - Fala de forma ríspida. Pego a minha mochila que esta no chão do carro próximo ao meu pé e desço do carro. — Você precisa dar um jeito nessas suas roupas, são muito velhas. E para ser minha esposa precisar andar bem vestida, esse cabelo também precisa arruma. - Ele sai na minha frente e começa a subir a escadaria que tem em frente a casa. E sigo atrás de cabeça baixa. — Mamãe e papai que ótimo encontrar vocês aqui. — Ele fala ao abrir a enorme porta da sala onde vemos um casal bem aparentados. — Vamos entre, quero que você
NICOLAS NARRANDO. Dizem que os avós foram feitos para mimar os netos, mais não foi o que aconteceu comigo. Os meus pais resolveram ir embora assim que nasci e então o meu avô, o grande Mason resolveu me criar, eu nunca quis saber o motivo pelo qual os meus pais foram embora, até porque a culpa por eu ter vivido um inferno até os meus 18 anos foram deles. Então, para mim tanto fazia saber ou não o motivo. Vovô Mason e a vovó Blanca me pegaram com 5 dias de vida e a minha vida inteira eu vivi como um desafeto para a minha família, o meu avô queria criar um homem forte e que não abandonasse a família assim como o meu pai fez. Já a vovó Blanca sempre me lembra que a minha mãe foi uma prostituta, fez o meu pai se apaixonar e depois levou ele embora. Nunca me falaram os nomes e muito menos me mostraram uma foto se quer deles. Pelo menos isso eu tinha curiosidade em saber. O meu avô me treinou para ser um homem ruim, mas há 8 anos ele morreu e com isso eu herdei a Black, a máf
LIZ NARRANDO. Estou nessa casa há 3 dias, vivendo um inferno. Thales não me deixa sair do quarto, no dia que tentei falar algo, ele me empurrou na cama e disse que quem manda aqui e ele. E de fato era, eu estava predestinada a viver isso por culpa dos meus pais e tinha que engolir tudo calada. Como a vida me prega mais isso, já não bastava tudo que vivia. A mãe dele me olha com pena, não dirige a palavra a mim, o pai dele então não preciso dizer nada. Somente o Thales não ve que ninguém aceita isso, eu entreguei a minha vida, para que a do meu pai fosse poupada. O meu coração sangra com isso. — Ande, se levante, já está tarde. — Thales grita. Só queria saber se esse homem tem problema de audição, porque só fala gritando, que inferno. Olho para o lado de fora, o sol estava lindo. — Acordei mais um dia para ficar presa aqui dentro, que sina meu Deus. — Digo a mim mesma em pensamento. Levanto, troco de roupa, penteei o meu cabelo e escovo os dentes assim como tenho fei
NICOLAS NARRANDO. — E então Nicolas, você aceita ser o meu sócio? — Thales pergunta. — É uma boa proposta meu caro amigo, analisei muito bem, mais infelizmente não posso aceitar. — Como assim não pode aceitar? — Thales pergunta alterado, como de costume. — Não posso, eu tenho algumas viagens marcadas e tenho o Lucas agora, sem babá tem ficado difícil deixar ele com a minha avó sozinho. Eu não sou mais solteiro eu tenho alguem que depende de mim Thales. — Caralho Nicolas, essa é uma grande oportunidade. — Thales grita. — Eu sei que sim, mais eu tenho as minhas prioridades no momento e não posso assumir outra coisa agora. — Irei lhe dar mais alguns dias para pensar, você só pode estar ficando louco, como irá recusar essa oportunidade. — Eu já lhe dei a minha resposta, agora preciso ir, tenho algumas candidatas para entrevistar hoje cedo. — Respondo e me levanto da mesa. Levanto e vou me despedindo dos meus tios e de Thales, o falecido pai do tio David era a
LIZ NARRANDO Ao mesmo tempo que estavam tirando as minhas medidas eu estava com a cabeça longe, eu precisava de algum jeito pegar aquele emprego de babá. Apesar da loucura que seria, afinal eles são amigos, no entanto ele jamais imaginaria que eu estaria tão próximo. Depois que todo mundo sai eu pego o nootbook que estava na mesa, o Thales saiu sem desligar. Vou ver se tem algo falando onde o Nicholas Black mora. Coloco o nome Nicholas Black e vejo que ele colocou na internet recrutando pessoas para o processo seletivo para babá. Mas como seria? Ele aqui faz algumas exigências querendo experiências. O que eu faço? Já sei, vou fazer um curriculum fake, digito tudo, procuro na internet alguns endereços e pronto está pronto. O endereço dele não fica tão distante daqui, mas o que eu vou fazer para sair. Já sei, eu vi ontem uma das empregadas de papo que parecia íntimo com o cara que fica bem no portão, ela é um amor tenho certeza que vai me ajudar. Pego os meus documentos
THALES NARRANDO. Sempre tive tudo aos meus pés, dinheiro, luxo, bebidas, drogas, mulheres... Na hora em que eu quisesse! E isso para mim era o que mais importava. O Pablo sempre foi um jogador compulsivo, e jogava sem pensar no amanhã e com isso sempre deu problemas com dinheiro no cassino. Sei que parte disso é minha culpa porque eu sempre deixei ele jogar e afundar cada vez mais. Afinal para mim ver a desgraça dos outros me dava um prazer enorme. Quando o coloquei contra a parede para pagar o que devia, ele ofereceu a sua filha como moeda de troca. Isso só provava o quanto é um filha da puta. Confesso que estranhei um pouco. ~ Início de flashback. ~ — Por favor senhor Thales, não faça nada comigo, eu juro que irei pagar, eu vou dar um jeito. — Ele gritou enquanto os meus homens seguravam ele. Desculpa típica de quem deve e nunca vai pagar. — Você acha que eu sou otário Pablo, estou ouvindo essa sua história já tem meses, eu quero o meu dinheiro ou você morr
THALES NARRANDO. — Como assim cadê a sua mulher? Onde mais ela poderia estar Thales se não na edícula. — Mamãe fala. — Ela não está no quarto, o que vocês fizeram com ela? Para onde vocês a levaram? — Grito. — Não fizemos nada Thales, nós saímos logo após a prova do vestido, fale baixo você pensa que está falando com quem. — Papai grita, e aquilo já me deixa bem nervoso. — Vocês fizeram, sim, vocês não a queriam aqui, eu quero saber para aonde vocês a levaram, não pensem que me enganam— Grito e bato a mão nos copos que estavam na bandeja ao lado da minha mãe, e tudo voa, quebrando o que tinha pela frente. O pior que por pouco na bate nela. — Chega, você vai baixar o tom de voz agora e vai respeitar a sua mãe, ou se não... — Papai fala e eu interrompo. — Ou se não o que papai? O que você vai fazer comigo? — Não queira pagar para ver o que eu sou capaz de fazer com você Thales, você não sabe um 1% do que eu sou capaz. — Papai grita bastante irritado. — Não se engane
THALES NARRANDO. — Me mostra as imagens do dia de hoje. — Eu falo rude para o segurança. — Cla,claro senhor Thales. — Ele gagueja e aquilo ali me irrita profundamente. Ele inicia o vídeo, vejo o Nicolas chegar, saímos, vejo a costureira chegar, vejo a mamãe e o papai sair e então o segurança sai da frente do portão. — Diminui a velocidade. — Ordeno. E estava lá claro em todas as cores, ela saindo com a mochila nas costas. — Onde você estava que você saiu da frente do portão? — Fui ao banheiro senhor. — Ele respondeu de cabeça baixa. — Ao banheiro? Justo na hora que ela saiu, você está mentindo para mim caralho. — Grito e dou um tapa em cima da mesa. — Não estou mentindo, eu juro. — Quem te pagou para deixar ela sair daqui? — Falo apertando o seu pescoço. — Ninguém senhor, eu juro, ninguém me pagou nada. — Seu mentiroso de merda. — Grito e dou um soco no rosto dele. O sangue começou a escorrer e eu já estava cego de ódio. — Fala caralho, quem mandou