ISADORA NARRANDO. — Isadora: Ai meu Deus olha a hora, é hoje que o Carlos me mata. — Eu gritei assustada quando acordei e vi que já tinha amanhecido. Eu realmente estava muito ferrada, não sei nem que desculpar inventar pra ele. — Luciano: Calma, eu te levo, vamos só tomar café. — Ele disse levantando da cama correndo. —Isadora: Você não esta entendendo, eu preciso ir embora agora. - Eu insistia em dizer porque realmente precisava ir. — Luciano: Por que essa agonia? - Ele me questionou como quem não estava entendendo absolutamente nada. — Isadora: Porque você não conhece o Carlos, não sabe do que ele é capaz. - Respondi para ele enquanto ia pegando as minhas coisas. — Luciano: Eu entro e converso com ele, relaxa tá. - Ele me respondeu como quem sabia ou pelo menos achava que poderia fazer alguma coisa. — Isadora: Não, você não pode nem parar na porta da minha casa. — Eu disse nervosa e ele ficou quieto. Ele se trocou rapidamente e eu coloquei o meu vestido porque e
ISADORA NARRANDO. Eu não consigo me lembrar bem o que aconteceu depois que eu fiz a ligação para a emergência. A minha mente consegue ter alguns fashs de lembrança, dos paramédicos me socorrendo em casa, me lembro de pedir para eles levarem a minha bolsa, me lembro de acordar na ambulância e depois disso tudo ficou escuro novamente. Quando eu acordei, o Enrico estava sentado do meu lado, não consegui entender o porque. Olhei ao redor, eu estava com a camisola do hospital. — Isadora: O que você está fazendo aqui? — Eu disse com dificuldade e ele que estava mexendo no celular, me olhou. — Enrico: O hospital me ligou. — Isadora: E você veio correndo para cá? — Enrico: Sim, fiquei preocupado, o que aconteceu? — Ele disse sentando na cama. — Isadora: O meu padastro me pegou saindo do carro do Luciano. — Enrico: Ontem a noite? — Isadora: Não, hoje de manhã. — Enrico:E o que você estava no carro dele hoje de manhã? — Isadora: Ontem ele me levou para a casa dele,
ENRICO NARRANDO ~ Depois que eu acordei e vi que a Alice realmente não estava ali, fiquei um pouco perdido. Já era quase noite, ou melhor dizendo, já era noite e ela tinha ido sem nem se despedir. Não que eu esteja tão preocupado com isso, mas o que mais me intriga é que foi ela quem me chamou para estar aqui e "comemorar" com ela. Mas eu aposto que o Theo tinha ligado, e do jeito que eu conheço ele, ciumento e quer tudo do jeito dele, deve ter ficado um pouco desconfiado que ela tenha dormido fora justamente no dia do meu baile. Mas enfim, não é da minha conta e eu também não vou ligar atrás dela. Levantei da cama, tomei um banho e decidi que ia dormir ali mais uma noite, aproveitar a vista da sacada para curtir o meu whisky que eu tinha trazido para cá e que acabei nem bebendo junto com a Alice. Fui para a sacada, o quarto que eu tinha reservado era bem na cobertura do hotel, tinha piscina e tudo mais, perfeito para foder ali a noite inteira, pena que ela tinha ido embor
A Isadora não podia se permitir acontecer uma coisa dessa, ela não podia viver dessa forma. Eu cheguei em casa e a Mel ja estava acordada. — Melissa: Bom dia papai. — Luciano: Bom dia meu amor. — Eu disse dando um beijo na testa dela. — Melissa: Cade a tia Isa? — Luciano: Ela foi pra casa dela filha. — Melissa: E quando ela volta? — Luciano: Eu vou combinar um dia para ela voltar, agora o papai vai ir tomar um banho. Ela continou sentada tomando seu café da manhã e eu subi para o meu quarto preocupado com o que o Carlos poderia fazer com a Isadora. Eu olhei para a minha cama lembrando do que vivemos nessa cama ontem, foi perfeito. Tirei toda a minha roupa, fui para o banheiro, liguei o chuveiro e entrei em baixo. Eu não vou mentir estou preocupado demais com ela, minha vontade é de entrar no carro e voltar lá, tirar ela de lá, proteger ela, mais ela não se permite isso. Eu tomei o meu banho em paz, sai do chuveiro e entrei no closet, coloquei uma cueca, um
Enrico Narrando ~ Depois que ela me agradeceu, eu percebia que ela ficou me olhando de um jeito diferente, e ela pode até pensar que não, mas eu consigo sentir tudo, até quando ela tenta esconder o máximo que pode. E conforme eu cheguei mais perto, ela sem pensar duas vezes, me puxou para mais perto dela. Me beijou, de uma forma bem lenta, como quem estava precisando daquele momento para a cura dela, até mais do que toda aquela quantidade de remédios. E eu mais do que depressa retribui. Ela me puxou pra ainda mais perto e eu acabei por subir na maca junto com ela, e essas são as vantagens de estar em um hospital particular, dá para fazer o que bem entender e eu posso curar ela mais rápido do que qualquer médico. Antes de me sentar por completo junto dela eu fiquei apenas pensando se o que estávamos fazendo realmente era algo correto, não pelo próprio ato em si, mas si por conta de onde a gente estava . A nossa sorte é que ali não tinham câmeras, mas sem dúvida alguma o méd
LUCIANO NARRANDO ~ Eu sai daquele hospital correndo, preocupado com a Melissa, na minha cabeça só passava o que ela poderia ter. Eu cheguei a pensar que poderia ser vontade de alguma coisa, ela poderia também ter ficado doente por ter esperando a Isadora e ela não ter voltado. Enfim, muitas coisas mesmo passavam pela minha cabeça. O caminho parecia longo, eu queria chegar logo para ver a minha filha. Dirigi o mais rápido que eu pude e quando cheguei em casa e ela estava deitada no sofá, toda encolhidinha e bem quieta. Nem chegou a ir ao meu encontro como ela sempre faz quando escuta o carro parando na garagem. — Luciano: Como você está meu amor? — Eu disse me ajoelhando para ficar na altura dela que ainda estava deitadinha no sofá. — Melissa: Me sentindo meio estranha papai. — Ela disse com uma dengosa. — Luciano: O Papai vai te levar no médico. — Eu disse para ela tentando fazer com que ela se sentisse segura. Eu precisava que ela sentisse isso, que eu estava ali para
Depois que o Luciano saiu daqui nervoso, o Enrico foi até o banheiro para lavar a boca que estava sangrando. Esses dois não tem jeito, o pior que eu fico em um beco sem saída porque eu gosto dos dois, são equilibros diferentes. Eles me fazem bem na medida certa, por isso eu fico tão dividida. - Erico: Acho que agora está tudo mais tranquilo, ele não deve voltar por agora. - Ele me disse enxugando o rosto que tinha lavado. - Isadora: Acho que não, provavelmente aconteceu alguma coisa com a filha dele, ele é louco por ela, e seria o único motivo capaz de fazer ele sair correndo daqui assim, se não sem dúvida ficaria aqui na porrada contigo por mais um tempo. - Eu respondi. - Enrico: Ele me irritou, e foi ele que começou, nem deu tempo dele revidar, ele foi um covarde! - Ele me respondeu. - Isadora: Sim, mas nada justifica. E eu odeio quando vocês ficam agindo assim na minha frente, parece dois moleques.. - Eu respondi nervosa. - Enrico: Tudo bem se eu for em casa agora
ENRICO NARRANDO. Enquanto ela tomava banho eu ia aproveitar para pedir alguma coisa, porque senão ia demorar muito para chegar, e eu não estava muito afim de comer a comida do hospital não. Resolvi que ia pedir um lanche mesmo, porque seria algo bom e rápido. Fui até a porta do banheiro e perguntei o que ela queria comer, mas já deixando avisado que seria lanche, e perguntei se tudo bem e ela me respondeu: - Isadora: Pode ser amor, só que eu só como hamburguer de frango, nesse lugar que vai pedir tem? - Enrico: Sem problemas, se no lugar que eu gosto de comer não tiver eu procuro um outro até encontrar o tal hamburguer de frango, ok? - Questionei ela. - Isadora: Ok, sem problemas. Qualquer coisa me fala. - Enrico: Tem mais alguma coisa que não goste? Quer batata frita? - Perguntei para ela. - Isadora: Só isso mesmo, e sim, eu quero batata e coca cola. - Ela me disse. - Enrico: Tudo bem já estou pedindo. - Disse para ela voltando para o quarto e saindo da porta