ENRICO NARRANDO ~ Depois que eu acordei e vi que a Alice realmente não estava ali, fiquei um pouco perdido. Já era quase noite, ou melhor dizendo, já era noite e ela tinha ido sem nem se despedir. Não que eu esteja tão preocupado com isso, mas o que mais me intriga é que foi ela quem me chamou para estar aqui e "comemorar" com ela. Mas eu aposto que o Theo tinha ligado, e do jeito que eu conheço ele, ciumento e quer tudo do jeito dele, deve ter ficado um pouco desconfiado que ela tenha dormido fora justamente no dia do meu baile. Mas enfim, não é da minha conta e eu também não vou ligar atrás dela. Levantei da cama, tomei um banho e decidi que ia dormir ali mais uma noite, aproveitar a vista da sacada para curtir o meu whisky que eu tinha trazido para cá e que acabei nem bebendo junto com a Alice. Fui para a sacada, o quarto que eu tinha reservado era bem na cobertura do hotel, tinha piscina e tudo mais, perfeito para foder ali a noite inteira, pena que ela tinha ido embor
A Isadora não podia se permitir acontecer uma coisa dessa, ela não podia viver dessa forma. Eu cheguei em casa e a Mel ja estava acordada. — Melissa: Bom dia papai. — Luciano: Bom dia meu amor. — Eu disse dando um beijo na testa dela. — Melissa: Cade a tia Isa? — Luciano: Ela foi pra casa dela filha. — Melissa: E quando ela volta? — Luciano: Eu vou combinar um dia para ela voltar, agora o papai vai ir tomar um banho. Ela continou sentada tomando seu café da manhã e eu subi para o meu quarto preocupado com o que o Carlos poderia fazer com a Isadora. Eu olhei para a minha cama lembrando do que vivemos nessa cama ontem, foi perfeito. Tirei toda a minha roupa, fui para o banheiro, liguei o chuveiro e entrei em baixo. Eu não vou mentir estou preocupado demais com ela, minha vontade é de entrar no carro e voltar lá, tirar ela de lá, proteger ela, mais ela não se permite isso. Eu tomei o meu banho em paz, sai do chuveiro e entrei no closet, coloquei uma cueca, um
Enrico Narrando ~ Depois que ela me agradeceu, eu percebia que ela ficou me olhando de um jeito diferente, e ela pode até pensar que não, mas eu consigo sentir tudo, até quando ela tenta esconder o máximo que pode. E conforme eu cheguei mais perto, ela sem pensar duas vezes, me puxou para mais perto dela. Me beijou, de uma forma bem lenta, como quem estava precisando daquele momento para a cura dela, até mais do que toda aquela quantidade de remédios. E eu mais do que depressa retribui. Ela me puxou pra ainda mais perto e eu acabei por subir na maca junto com ela, e essas são as vantagens de estar em um hospital particular, dá para fazer o que bem entender e eu posso curar ela mais rápido do que qualquer médico. Antes de me sentar por completo junto dela eu fiquei apenas pensando se o que estávamos fazendo realmente era algo correto, não pelo próprio ato em si, mas si por conta de onde a gente estava . A nossa sorte é que ali não tinham câmeras, mas sem dúvida alguma o méd
LUCIANO NARRANDO ~ Eu sai daquele hospital correndo, preocupado com a Melissa, na minha cabeça só passava o que ela poderia ter. Eu cheguei a pensar que poderia ser vontade de alguma coisa, ela poderia também ter ficado doente por ter esperando a Isadora e ela não ter voltado. Enfim, muitas coisas mesmo passavam pela minha cabeça. O caminho parecia longo, eu queria chegar logo para ver a minha filha. Dirigi o mais rápido que eu pude e quando cheguei em casa e ela estava deitada no sofá, toda encolhidinha e bem quieta. Nem chegou a ir ao meu encontro como ela sempre faz quando escuta o carro parando na garagem. — Luciano: Como você está meu amor? — Eu disse me ajoelhando para ficar na altura dela que ainda estava deitadinha no sofá. — Melissa: Me sentindo meio estranha papai. — Ela disse com uma dengosa. — Luciano: O Papai vai te levar no médico. — Eu disse para ela tentando fazer com que ela se sentisse segura. Eu precisava que ela sentisse isso, que eu estava ali para
Depois que o Luciano saiu daqui nervoso, o Enrico foi até o banheiro para lavar a boca que estava sangrando. Esses dois não tem jeito, o pior que eu fico em um beco sem saída porque eu gosto dos dois, são equilibros diferentes. Eles me fazem bem na medida certa, por isso eu fico tão dividida. - Erico: Acho que agora está tudo mais tranquilo, ele não deve voltar por agora. - Ele me disse enxugando o rosto que tinha lavado. - Isadora: Acho que não, provavelmente aconteceu alguma coisa com a filha dele, ele é louco por ela, e seria o único motivo capaz de fazer ele sair correndo daqui assim, se não sem dúvida ficaria aqui na porrada contigo por mais um tempo. - Eu respondi. - Enrico: Ele me irritou, e foi ele que começou, nem deu tempo dele revidar, ele foi um covarde! - Ele me respondeu. - Isadora: Sim, mas nada justifica. E eu odeio quando vocês ficam agindo assim na minha frente, parece dois moleques.. - Eu respondi nervosa. - Enrico: Tudo bem se eu for em casa agora
ENRICO NARRANDO. Enquanto ela tomava banho eu ia aproveitar para pedir alguma coisa, porque senão ia demorar muito para chegar, e eu não estava muito afim de comer a comida do hospital não. Resolvi que ia pedir um lanche mesmo, porque seria algo bom e rápido. Fui até a porta do banheiro e perguntei o que ela queria comer, mas já deixando avisado que seria lanche, e perguntei se tudo bem e ela me respondeu: - Isadora: Pode ser amor, só que eu só como hamburguer de frango, nesse lugar que vai pedir tem? - Enrico: Sem problemas, se no lugar que eu gosto de comer não tiver eu procuro um outro até encontrar o tal hamburguer de frango, ok? - Questionei ela. - Isadora: Ok, sem problemas. Qualquer coisa me fala. - Enrico: Tem mais alguma coisa que não goste? Quer batata frita? - Perguntei para ela. - Isadora: Só isso mesmo, e sim, eu quero batata e coca cola. - Ela me disse. - Enrico: Tudo bem já estou pedindo. - Disse para ela voltando para o quarto e saindo da porta
A enfermeira me deu o remédio e poucos minutos depois eu comecei a sentir sono, ela saiu do quarto e o Enrico veio até mim me dando um beijo na testa, outro na boca e me desejou boa noite. Não vou mentir que esse hospital que ele está pagando me trás um conforto muito maior, porque se ele não tivesse aqui talvez eu estaria jogada no corredor daquele hospital público. Isso se eles já não tivessem me dado alta com um dipirona na veia e tudo certo, porque é sempre isso que fazem, mal querem saber o que você realmente tem e nem se esforçam para descobrir. Fechei os meus olhos e apaguei.. ~ Início do sonho.... Estava eu, o Luciano e o Enrico em uma sala de estar, eu não conseguia reconhecer o lugar, mais era uma sala de estar com uma lareira, os dois estavam de smooking e eu vestia um longo preto, com uma abertura enorme na lateral, os meus cabelos estavam soltos e com muitos cachos, a minha boca tinha um batom vermelho como sangue. Eu estava simplesmente linda, como nunca tinha
Enrico Narrando ~ O sono estava pesado, apesar do sofá ser bem confortável, ainda não era a mesma coisa do que dormir na minha cama enorme e que sobra espaço por dormir sozinho, mas enfim, era o que tinha para aquele dia, o jeito era fazer o meu papel. De repente, ainda no meio da noite eu escutei um barulho da maca, como se a Isa estivesse se mexendo, e realmente estava. Com muito sono e dificuldade para abrir os olhos eu levantei correndo com medo de que ela tentasse levantar sozinha e não conseguisse, ou até acabasse se machucando, ascendi a luz e fui perguntar o que estava acontecendo. Naquela hora eu percebi que ela estava bem suada, ofegante, parecia até estar com falta de ar. Fiquei um pouco preocupado e fui até ela pergutando se estava tudo bem e se ela queria que eu chamasses as enfermeiras. - Enrico: Ei, calma.. Respira, bebe aqui esse copo de água. - Eu ofereci para ela depois de pegar no frigobar. Ela bebeu, mas ainda continuava estranha. Até que respirou fundo e