Depois que o Luciano saiu daqui nervoso, o Enrico foi até o banheiro para lavar a boca que estava sangrando. Esses dois não tem jeito, o pior que eu fico em um beco sem saída porque eu gosto dos dois, são equilibros diferentes. Eles me fazem bem na medida certa, por isso eu fico tão dividida. - Erico: Acho que agora está tudo mais tranquilo, ele não deve voltar por agora. - Ele me disse enxugando o rosto que tinha lavado. - Isadora: Acho que não, provavelmente aconteceu alguma coisa com a filha dele, ele é louco por ela, e seria o único motivo capaz de fazer ele sair correndo daqui assim, se não sem dúvida ficaria aqui na porrada contigo por mais um tempo. - Eu respondi. - Enrico: Ele me irritou, e foi ele que começou, nem deu tempo dele revidar, ele foi um covarde! - Ele me respondeu. - Isadora: Sim, mas nada justifica. E eu odeio quando vocês ficam agindo assim na minha frente, parece dois moleques.. - Eu respondi nervosa. - Enrico: Tudo bem se eu for em casa agora
ENRICO NARRANDO. Enquanto ela tomava banho eu ia aproveitar para pedir alguma coisa, porque senão ia demorar muito para chegar, e eu não estava muito afim de comer a comida do hospital não. Resolvi que ia pedir um lanche mesmo, porque seria algo bom e rápido. Fui até a porta do banheiro e perguntei o que ela queria comer, mas já deixando avisado que seria lanche, e perguntei se tudo bem e ela me respondeu: - Isadora: Pode ser amor, só que eu só como hamburguer de frango, nesse lugar que vai pedir tem? - Enrico: Sem problemas, se no lugar que eu gosto de comer não tiver eu procuro um outro até encontrar o tal hamburguer de frango, ok? - Questionei ela. - Isadora: Ok, sem problemas. Qualquer coisa me fala. - Enrico: Tem mais alguma coisa que não goste? Quer batata frita? - Perguntei para ela. - Isadora: Só isso mesmo, e sim, eu quero batata e coca cola. - Ela me disse. - Enrico: Tudo bem já estou pedindo. - Disse para ela voltando para o quarto e saindo da porta
A enfermeira me deu o remédio e poucos minutos depois eu comecei a sentir sono, ela saiu do quarto e o Enrico veio até mim me dando um beijo na testa, outro na boca e me desejou boa noite. Não vou mentir que esse hospital que ele está pagando me trás um conforto muito maior, porque se ele não tivesse aqui talvez eu estaria jogada no corredor daquele hospital público. Isso se eles já não tivessem me dado alta com um dipirona na veia e tudo certo, porque é sempre isso que fazem, mal querem saber o que você realmente tem e nem se esforçam para descobrir. Fechei os meus olhos e apaguei.. ~ Início do sonho.... Estava eu, o Luciano e o Enrico em uma sala de estar, eu não conseguia reconhecer o lugar, mais era uma sala de estar com uma lareira, os dois estavam de smooking e eu vestia um longo preto, com uma abertura enorme na lateral, os meus cabelos estavam soltos e com muitos cachos, a minha boca tinha um batom vermelho como sangue. Eu estava simplesmente linda, como nunca tinha
Enrico Narrando ~ O sono estava pesado, apesar do sofá ser bem confortável, ainda não era a mesma coisa do que dormir na minha cama enorme e que sobra espaço por dormir sozinho, mas enfim, era o que tinha para aquele dia, o jeito era fazer o meu papel. De repente, ainda no meio da noite eu escutei um barulho da maca, como se a Isa estivesse se mexendo, e realmente estava. Com muito sono e dificuldade para abrir os olhos eu levantei correndo com medo de que ela tentasse levantar sozinha e não conseguisse, ou até acabasse se machucando, ascendi a luz e fui perguntar o que estava acontecendo. Naquela hora eu percebi que ela estava bem suada, ofegante, parecia até estar com falta de ar. Fiquei um pouco preocupado e fui até ela pergutando se estava tudo bem e se ela queria que eu chamasses as enfermeiras. - Enrico: Ei, calma.. Respira, bebe aqui esse copo de água. - Eu ofereci para ela depois de pegar no frigobar. Ela bebeu, mas ainda continuava estranha. Até que respirou fundo e
ISADORA NARRANDO. Depois de ter "gritado" com ele, ele mudou completamente. Só não sabia o porque ele tinha ficado diferente em segundos, mas também não ia questionar, ele tem os motivos dele. E eu até entendo a preocupação, mas preciso focar em outras coisas agora. Já não trata de uma coisa que eu busco um alívio imediado, até porque se eu ficar lá e depois voltar para cá, nada vai ter mudado. Preciso me organizar para sair daqui e nunca mais voltar, porque aí sim eu vou ter paz. Quando ele recuou o meu beijo, eu só disse tchau e saí do carro. Ele não respondeu e saiu fazendo barulho com o carro. Assim que desci, decidi que nem ia em casa, já fui direto falar com o Sr. Antônio porque eu aposto que ele está super preocupado comigo, tadinho... Chegando lá, ele me disse: - Sr. Antônio: Oi filha, como você está? Poxa vida, fiquei sabendo da barbaridade que o Carlos aprontou contigo, você está melhor? - Disse ele todo preocupado e colocando a mão no meu ombro, me dando um
ENRICO NARRANDO ~ Saí da casa da Isadora realmente morrendo de raiva, porque eu tinha apontado o Luciano de ter deixado ela no dia que o padrasto imundo dela estava batendo nela, e ele não fez nada, e eu tinha acabado de deixar ela em casa, ele poderia estar lá e poderia fazer muito pior. Mas o que eu poderia fazer? Eu insisti do hospital até chegar na casa dela para que ela ficasse comigo um tempo, mas não teve acordo, ela é muito teimosa. Mas eu já imaginava ela em casa comigo, a gente fazendo algumas coisas juntos, nadando na piscina, ela ia amar ficar lá, fora que ia ser a minha companhia também, porque eu até deixaria de ir para o escritório por um tempo para poder ficar com ela. Ou até mesmo quem sabe ela fosse comigo, e eu poderia até arrumar um cargo para ela, estou precisando de uma nova social media para me ajudar, quem fazia isso era a Alice, só que depois que ela bombou como digital influencer já nem tinha mais tempo para isso. Enfim, possibilidades e possibi
LUCIANO NARRANDO. Com o passar dos dias, a Melissa não teve nenhum sinal de melhora, muito pelo contrário. E junto com ela cada vez mais doentinha, parecia que ao mesmo tempo o meu coração ia apertando, na mesma intensidade, acredito que até um pouco pior. O ciclo do antibiotico já tinha acabado, mais a inflamação da garganta não tinha melhorado. E nem dava nenhum sinal de melhora. Ver ela que costuma ser tão hiperativa, toda bagunceira, já ficava só quietinha no canto dela com as bonecas, falava pouco porque a garganta doía.. Estavam sendo dias difícies. É isso já estava me preocupando... O lado bom de ter dinheiro é esse, eu procurei pela Dani e junto com ela nós procuramos alguns profissionais para fazer alguns exames mais detalhados na Melissa. Algo que infelizmente não é possível e nem cabe aos recursos de todo mundo, ainda bem que eu consigo, porque já é difícil apssar por tudo isso sabendo que tenho como pagar para descobrir o que pode ser, imagina só quem depende d
LUCIANO NARRANDO ~ Nós estávamos dentro do avião, a Dani estava cochilando e a Melissa estava sentada ao meu lado. Ela ficou perguntando o caminho inteiro de casa até o aeroporto se íamos viajar a passeio. Eu expliquei para ela que não, que nós íamos para passar em outro médico, mais eu prometi que depois de tudo isso eu vou levar ela para a praia, só nós dois e ela bateu o pé dizendo que a Tia Dani também tinha que ir. Já estava muito apegada nessa tia Dani, mas também nem tinha como evitar, fazia alguns dias que estávamos nos vendo todos os dias. Sem falhar um. Fui dentro do avião acordado, eu não conseguia dormir, o meu pensamento ia na Melissa e as minhas orações para Deus era somente que ele cuidasse dela de todo mal, eu não iria suportar perder ela. Não iria mesmo... A previsão de chegada era de quase 10 horas, é nessas 10 horas de viagem eu pensei muito, pensei mesmo sobre tudo. Era como se passasse todo um filme na minha cabeça, de tudo, em relação a tudo e vár