ISADORA NARRANDO ~ — Luciano: Está pronta? — Ele me perguntou me ajudando a descer do carro. — Isadora: Eu acho que sim. - Eu respondi um pouco indecisa do que eu realmente queria . Mas sei que se era especial para ele, pra mim também seria. — Luciano: Ela é uma boa menina, você vai gostar dela. — Ele disse abrindo a porta da cozinha e me dando abertura pra entrar também. E além de tudo tinha também um brilho nos olhos que eu ainda não tinha visto. Assim que nós entramos, tinha uma menina de aproximadamente 5 anos sentada na cozinha, vestindo um pijama azul bebê com várias bolinhas brancas, e assim que ela viu o Luciano, ela correu para os braços dele. Foi muito lindo de ver, preciso confessar. — Melissa: Papaiiiiiiii. - Disse ela correndo e gritando indo ao encontro dele. — Luciano: O que você está fazendo acordada meu amor? - Ele perguntou com uma voz completamente diferente. — Melissa: To esperando a Ju fazer meu leite. - Ela disse com a voz toda ingênua. A co
ENRICO NARRANDO. Terminamos de tomar todo o café da manhã ainda na cama e tudo que eu menos queria era precisar sair dali , sorte que realmente não precisava . Era domingo e apesar de eu trabalhar em casa , eu sempre tinha muita coisa pra fazer , e pra falar a verdade trabalhar em casa é uma opção , porque tenho o escritório todo montado lá , mas eu vou quando estou com dificuldade de focar no que preciso fazer , porque querendo ou não em casa é mais complicado . Então minha rotina de todos os dias é treinar bem pesado , tomar um banho , almoçar e só depois do almoço que eu vou pro escritório . Isso quando estou afim, e essa última semana não rolou ir lá nem um dia por conta da correria do evento . Coloquei a banedeja de lado e fiquei apenas pensando no que estava acontecendo na minha vida , estava muito feliz por conta do sucesso do evento, das doações e também do leilão. Mas ainda tinha alguma coisa me incomodando dentro de mim. E eu precisaria descobrir, mas sei que leva um tem
ALICE NARRANDO ~ Minha vida sempre foi a mais fácil de ser vivida, eu tinha de tudo, menos o que mais importava, que era o apoio e carinho dos meus pais. Tinha tudo, tudo que o dinheiro podia comprar, mas carinho, afeto, amor, apoio e tudo que possa vir da figura paterna e materna eu não tinha. Fruto de uma gravidez completamente indesejada e que trouxe como consequência um casamento arranjado, que já envolvia pessoas de dinheiro, e que priorizavam qualquer coisa, menos a necessidade de ter filhos. Isso era algo incomum e completamente fora dos planos dos meus pais, Saulo Guimarães e Petrina Gonçalo. União de duas famílias com muito dinheiro, e que teve como consequência de uma dupla irresponsabilidade, eu, Alice Gonçalo Guimarães. E sim, eles me chamam até hoje de fruto de uma dupla irresponsabilidade. Quando ainda era criança eu pensei que fosse normal, que os pais realmente não sentavam para brincar com os filhos, pensei que fosse normal a babá levar, buscar e até mesmo ser a ú
ISADORA NARRANDO. — Isadora: Ai meu Deus olha a hora, é hoje que o Carlos me mata. — Eu gritei assustada quando acordei e vi que já tinha amanhecido. Eu realmente estava muito ferrada, não sei nem que desculpar inventar pra ele. — Luciano: Calma, eu te levo, vamos só tomar café. — Ele disse levantando da cama correndo. —Isadora: Você não esta entendendo, eu preciso ir embora agora. - Eu insistia em dizer porque realmente precisava ir. — Luciano: Por que essa agonia? - Ele me questionou como quem não estava entendendo absolutamente nada. — Isadora: Porque você não conhece o Carlos, não sabe do que ele é capaz. - Respondi para ele enquanto ia pegando as minhas coisas. — Luciano: Eu entro e converso com ele, relaxa tá. - Ele me respondeu como quem sabia ou pelo menos achava que poderia fazer alguma coisa. — Isadora: Não, você não pode nem parar na porta da minha casa. — Eu disse nervosa e ele ficou quieto. Ele se trocou rapidamente e eu coloquei o meu vestido porque e
ISADORA NARRANDO. Eu não consigo me lembrar bem o que aconteceu depois que eu fiz a ligação para a emergência. A minha mente consegue ter alguns fashs de lembrança, dos paramédicos me socorrendo em casa, me lembro de pedir para eles levarem a minha bolsa, me lembro de acordar na ambulância e depois disso tudo ficou escuro novamente. Quando eu acordei, o Enrico estava sentado do meu lado, não consegui entender o porque. Olhei ao redor, eu estava com a camisola do hospital. — Isadora: O que você está fazendo aqui? — Eu disse com dificuldade e ele que estava mexendo no celular, me olhou. — Enrico: O hospital me ligou. — Isadora: E você veio correndo para cá? — Enrico: Sim, fiquei preocupado, o que aconteceu? — Ele disse sentando na cama. — Isadora: O meu padastro me pegou saindo do carro do Luciano. — Enrico: Ontem a noite? — Isadora: Não, hoje de manhã. — Enrico:E o que você estava no carro dele hoje de manhã? — Isadora: Ontem ele me levou para a casa dele,
ENRICO NARRANDO ~ Depois que eu acordei e vi que a Alice realmente não estava ali, fiquei um pouco perdido. Já era quase noite, ou melhor dizendo, já era noite e ela tinha ido sem nem se despedir. Não que eu esteja tão preocupado com isso, mas o que mais me intriga é que foi ela quem me chamou para estar aqui e "comemorar" com ela. Mas eu aposto que o Theo tinha ligado, e do jeito que eu conheço ele, ciumento e quer tudo do jeito dele, deve ter ficado um pouco desconfiado que ela tenha dormido fora justamente no dia do meu baile. Mas enfim, não é da minha conta e eu também não vou ligar atrás dela. Levantei da cama, tomei um banho e decidi que ia dormir ali mais uma noite, aproveitar a vista da sacada para curtir o meu whisky que eu tinha trazido para cá e que acabei nem bebendo junto com a Alice. Fui para a sacada, o quarto que eu tinha reservado era bem na cobertura do hotel, tinha piscina e tudo mais, perfeito para foder ali a noite inteira, pena que ela tinha ido embor
A Isadora não podia se permitir acontecer uma coisa dessa, ela não podia viver dessa forma. Eu cheguei em casa e a Mel ja estava acordada. — Melissa: Bom dia papai. — Luciano: Bom dia meu amor. — Eu disse dando um beijo na testa dela. — Melissa: Cade a tia Isa? — Luciano: Ela foi pra casa dela filha. — Melissa: E quando ela volta? — Luciano: Eu vou combinar um dia para ela voltar, agora o papai vai ir tomar um banho. Ela continou sentada tomando seu café da manhã e eu subi para o meu quarto preocupado com o que o Carlos poderia fazer com a Isadora. Eu olhei para a minha cama lembrando do que vivemos nessa cama ontem, foi perfeito. Tirei toda a minha roupa, fui para o banheiro, liguei o chuveiro e entrei em baixo. Eu não vou mentir estou preocupado demais com ela, minha vontade é de entrar no carro e voltar lá, tirar ela de lá, proteger ela, mais ela não se permite isso. Eu tomei o meu banho em paz, sai do chuveiro e entrei no closet, coloquei uma cueca, um
Enrico Narrando ~ Depois que ela me agradeceu, eu percebia que ela ficou me olhando de um jeito diferente, e ela pode até pensar que não, mas eu consigo sentir tudo, até quando ela tenta esconder o máximo que pode. E conforme eu cheguei mais perto, ela sem pensar duas vezes, me puxou para mais perto dela. Me beijou, de uma forma bem lenta, como quem estava precisando daquele momento para a cura dela, até mais do que toda aquela quantidade de remédios. E eu mais do que depressa retribui. Ela me puxou pra ainda mais perto e eu acabei por subir na maca junto com ela, e essas são as vantagens de estar em um hospital particular, dá para fazer o que bem entender e eu posso curar ela mais rápido do que qualquer médico. Antes de me sentar por completo junto dela eu fiquei apenas pensando se o que estávamos fazendo realmente era algo correto, não pelo próprio ato em si, mas si por conta de onde a gente estava . A nossa sorte é que ali não tinham câmeras, mas sem dúvida alguma o méd