HEITOR NARRANDO. Quando chego na frente do galpão, a movimentação era grande. Vários carros estacionados e muitos homens entrando, quando eu paro o carro lá dentro vejo todos empenhados carregando as vans, todos com roupas pretas e com sangue nos olhos contra o Dimitri.Olho para cima e vejo o meu pai olhando tudo, subo e paro ao lado dele.— Você sabe que não vai não é? — Falo e ele me olha.— É o meu filho, por vocês dois eu vou até o inferno. — Ele respondeu sem tirar os olhos da movimentação dos homens— Você não tem saúde e muito menos idade para isso, vai acabar atrapalhando. Por favor, vai para casa.— Ir para casa não é uma opção Heitor.— Eu sou a porra do chefe, você vai para casa ou então tudo está cancelado. — Respondo e viro as costas.— E você vai ter coragem de deixar o seu irmão nas mãos do Dimitri?— E você vai me fazer escolher entre enterrar você ou o Enrico? — Respondi ainda de costas para ele.Não fiquei para ouvir a resposta, eu não deixaria o Enrico lá, de jeit
THOMAS NARRANDO. — Gostosa. — Dou um tapa na bunda da p.uta que passou por mim.Já tinha um tempo que não eu comia uma mulher com vontade mas, era só eu fechar os olhos que o rosto da Mariana aparecia na minha mente. Jamais irei perdoar o que ela fez comigo!No outro dia pela manhã, acordei no chão da cozinha, todo vomitado. Seguro a cabeça com as mãos sentindo dor, levanto com dificuldade, subo as escadas e vou direto para o banheiro. Depois de recuperar toda a minha dignidade no banho, saio enrolado na toalha e pego o meu celular. Ligo para a Lívia e ela não atende, ligo novamente e ela não atende.— Vadia.Coloco uma roupa, mando uma mensagem para a mulher que limpa aqui e desço. Deixo algumas notas de dinheiro em cima da bancada e saio de casa. Antes de entrar no galpão, eu ligo mais uma vez para a Lívia, dessa vez ela atende.~ início de ligação. ~— Eu não consigo ficar falando com você Thomas. — Ela cochichou.— Quando eu ligar, você precisa se virar para atender, como está as
HEITOR NARRANDO. — PAI. — Gritei assim que entrei no galpão da La Rosa. Mas, o galpão estava vazio, eu não pensei em nada só corri lá para dentro. O desespero bateu em mim, o meu pai não ia conseguir resistir a tortura do Dimitri. — Ele não está aqui caralho, ele não está aqui. — Gritei para os meus homens assim que eles entraram no galpão. — Calma senhor Heitor. — Francisco tentou me acalmar. — Como eu vou me acalmar porra, eles estão com o meu pai, quase mataram o meu irmão. — Gritei. O meu celular começou a tocar, peguei no bolso e vi que era o meu pai. — É o numero do meu pai, será que é o Dimitri? — Falei. — Atende. — Francisco respondeu ~ início de ligação. ~ — Pai. — Atendi. — E então? Como foi? — A voz dele soou na ligação e eu consegui respirar aliviado. — Puta que pariu pai, aonde você está? — Na frente do hospital da sua filha, observando a entrada, onde está o seu irmão? — A voz dele estava embargada, como se tivesse cho
MARIANA NARRANDO. — Senhor, cuida do Heitor, eu entrego a vida dele nas tuas mãos, o proteja e traga ele com vida para casa. — Eu choro de joelhos no chão. — Por favor, traga ele com vida, não deixe que o Thomas faça nada com ele, o senhor sabe o quanto eu preciso dele aqui comigo. Não tinha nada do que eu fizesse naquele momento que iria impedir o Heitor de ir encontrar o irmão dele, afinal é família. Só que eu estava com medo, medo de perder ele e precisar enfrentar tudo com a Pérola sozinha. Eu o amo, quero passar o resto da minha vida com ele. — Promete que nunca vai me deixar, eu preciso de você Mariana, eu preciso de você na minha vida.... — Quem precisa prometer que nunca vai me deixar é você, eu estou aqui, sempre vou estar pela nossa família, quero casar com você e ter mais um monte de filhos, quero morrer ao teu lado Heitor. — Você quer mesmo se casar comigo? Casar mesmo de verdade? — Claro que eu quero, aquele contrato não vale mais. — Então
MARIANA NARRANDO. As notícias sobre a Pérola não foram muito boas, a médica dela disse que ela regrediu e isso acabou comigo. — Não tem nada que possamos fazer? — Heitor perguntou para a médica. — Agora precisamos aguardar, qualquer coisa que fizermos agora é arriscado, precisamos dar um tempo para o corpo dela se recuperar. — A doutora respondeu e saiu. Coloquei a mão dentro da incubadora e passo o dedo em cima da mãozinha dela. — Eu preciso que você fique bem para que eu possa ficar bem filha, tem tantas coisas que quero viver com você. — Choro.. — Ela vai sair dessa meu amor, fica calma. — Heitor me consolou. Nós ficamos ali com ela, a respiração dela estava bem fraquinha e ela estava sofrendo, mais o meu coração não queria que ela fosse embora. Eu a amei desde que soube que estava no meu ventre, eu planejei tantas coisas. A tarde se passou rápido demais, nem parece que ficamos horas ali em pé ao lado dela. Confesso que eu não queria deixar ela ali
THOMAS NARRANDO. — Thomas por favor, me deixe em paz. — A Lívia chorou. — Fala caralho, como está as coisas aí ? — Ela acabou de sair para ir no hospital ver a filha. — Ótimo, o otário foi com ela? — Sim. — Ela respondeu chorando. — Thomas eu não vou repassar mais nenhuma informação, por favor me deixe em paz. — Você vai me falar tudo o que está acontecendo até o dia que eu quiser Livia. — Me deixa em paz. — Ela respondeu e desligou. Solto uma risada pelo desespero dela, dou um trago meu cigarro e jogo no chão pisando em cima. — Vamos, tenho uma missão. — Falo para os homens que estão no galpão junto comigo. — Quem vamos matar? — Um deles perguntou rindo enquanto entrava no carro. — Hoje ninguém, vamos apenas dar um susto. . Parei no carro na esquina do hospital e fiquei de olho. Vi eles saindo do hospital, o Heitor colocou a Mariana em um carro e depois entrou no outro. — Era tudo o que eu queria. — Sorri e liguei o carro.
THOMAS NARRANDO. — É a primeira vez que te vejo aqui. — Ela disse passando a mão pelo meu braço. — Não tenho muito costume de vim aqui, como você se chama? — Rebeca e você? — Thomas. — Respondi. — E então Thomas, me paga uma bebida? — Claro, o que você quer beber? — Ela sorriu e foi até o bar pedir a sua bebida. Eu sentei na poltrona na frente do bar e ela ficou me olhando de canto enquanto o garçon colocava a sua bebida. Depois ela se aproximou, sentou no meu colo e falou no meu ouvido: — E então, o que quer fazer agora? — Ao ouvir aquela frase, o meu p.au ficou duro. — Agora eu quero f.oder você. — Respondi no mesmo nível de safadeza que o dela. — Vamos para um quarto então. — Ela respondeu levantando do meu colo e puxando pela mão. Ela tinha os cabelos ruivos, olhos castanhos e um corpo muito bonito. Termino de virar o último gole do whisky que estava bebendo, ela abre a porta de um quarto e em seguida fecha trancando com a chave. Rebeca
HEITOR NARRANDO. — Como assim atacaram o carro dela? — Gritei no celular. — Parece que fizeram para assustar, podiam ter pego ela mas não fizeram isso. — Liga para o Gabriel, diz para ele que está na hora dele agir, manda ele levar todos para a boate nova que abriu próximo ao galpão do Dimitri e manda a Paula arrumar um jeito de ficar com o Thomas, eu vou dar um susto nele também. — Pode deixar comigo chefe. — Fala para o Gabriel que se ele não fizer o que estou mandando, eu mato a família dele. O Thomas vai saber que eu também estou bem mais próximo do que ele imagina. — Respondo e desligo. — Mudança de planos, direto para casa. Eu já sabia que tinha dedo da Lívia, só que para os meus planos saírem como eu planejo, ela precisa pensar que não desconfiamos dela. — Mariana, você está bem? Algum tiro acertou você? — Heitor, foi assustador, eu achei que realmente fossemos morrer. — Está tudo bem, já acabou, você está bem. Ela acabou surtando co