HEITOR NARRANDO. — Bom dia para você também papai. — Respondo lendo o meu jornal.— Estou te ligando desde ontem a noite.— Eu sei, vi a sua ligação, apenas não quis estragar a minha noite. — Respondo e dobro o jornal colocando em cima da mesa.— O seu irmão foi sequestrado e você aqui brincando de casinha.— Como assim o Enrico foi sequestrado? — Me exaltei.— Isso mesmo, Dimitri pegou o seu irmão.— Que desgraçado do caralho. — Grito e bato as duas mãos na mesa.— Está na hora de você abrir a boca e nos dizer aonde vamos encontrar o meu filho. — O meu pai falou e apontou para a Mariana.— A Mariana não tem nada haver com isso pai.— Não mesmo, eu estou presa nessa casa a dias, o único lugar que eu consigo ir é ao hospital e mesmo assim o Heitor vai junto comigo.— Pai, você sabe muito bem que essa briga com o Dimitri é antiga, aonde que pegaram o Enrico?— No puteiro.— Porra, no puteiro? Ai é foda também. — Levanto nervoso da mesa.— Mariana, preciso sair, fique em casa hoje. — Me
HEITOR NARRANDO. Quando chego na frente do galpão, a movimentação era grande. Vários carros estacionados e muitos homens entrando, quando eu paro o carro lá dentro vejo todos empenhados carregando as vans, todos com roupas pretas e com sangue nos olhos contra o Dimitri.Olho para cima e vejo o meu pai olhando tudo, subo e paro ao lado dele.— Você sabe que não vai não é? — Falo e ele me olha.— É o meu filho, por vocês dois eu vou até o inferno. — Ele respondeu sem tirar os olhos da movimentação dos homens— Você não tem saúde e muito menos idade para isso, vai acabar atrapalhando. Por favor, vai para casa.— Ir para casa não é uma opção Heitor.— Eu sou a porra do chefe, você vai para casa ou então tudo está cancelado. — Respondo e viro as costas.— E você vai ter coragem de deixar o seu irmão nas mãos do Dimitri?— E você vai me fazer escolher entre enterrar você ou o Enrico? — Respondi ainda de costas para ele.Não fiquei para ouvir a resposta, eu não deixaria o Enrico lá, de jeit
THOMAS NARRANDO. — Gostosa. — Dou um tapa na bunda da p.uta que passou por mim.Já tinha um tempo que não eu comia uma mulher com vontade mas, era só eu fechar os olhos que o rosto da Mariana aparecia na minha mente. Jamais irei perdoar o que ela fez comigo!No outro dia pela manhã, acordei no chão da cozinha, todo vomitado. Seguro a cabeça com as mãos sentindo dor, levanto com dificuldade, subo as escadas e vou direto para o banheiro. Depois de recuperar toda a minha dignidade no banho, saio enrolado na toalha e pego o meu celular. Ligo para a Lívia e ela não atende, ligo novamente e ela não atende.— Vadia.Coloco uma roupa, mando uma mensagem para a mulher que limpa aqui e desço. Deixo algumas notas de dinheiro em cima da bancada e saio de casa. Antes de entrar no galpão, eu ligo mais uma vez para a Lívia, dessa vez ela atende.~ início de ligação. ~— Eu não consigo ficar falando com você Thomas. — Ela cochichou.— Quando eu ligar, você precisa se virar para atender, como está as
HEITOR NARRANDO. — PAI. — Gritei assim que entrei no galpão da La Rosa. Mas, o galpão estava vazio, eu não pensei em nada só corri lá para dentro. O desespero bateu em mim, o meu pai não ia conseguir resistir a tortura do Dimitri. — Ele não está aqui caralho, ele não está aqui. — Gritei para os meus homens assim que eles entraram no galpão. — Calma senhor Heitor. — Francisco tentou me acalmar. — Como eu vou me acalmar porra, eles estão com o meu pai, quase mataram o meu irmão. — Gritei. O meu celular começou a tocar, peguei no bolso e vi que era o meu pai. — É o numero do meu pai, será que é o Dimitri? — Falei. — Atende. — Francisco respondeu ~ início de ligação. ~ — Pai. — Atendi. — E então? Como foi? — A voz dele soou na ligação e eu consegui respirar aliviado. — Puta que pariu pai, aonde você está? — Na frente do hospital da sua filha, observando a entrada, onde está o seu irmão? — A voz dele estava embargada, como se tivesse cho
MARIANA NARRANDO. — Senhor, cuida do Heitor, eu entrego a vida dele nas tuas mãos, o proteja e traga ele com vida para casa. — Eu choro de joelhos no chão. — Por favor, traga ele com vida, não deixe que o Thomas faça nada com ele, o senhor sabe o quanto eu preciso dele aqui comigo. Não tinha nada do que eu fizesse naquele momento que iria impedir o Heitor de ir encontrar o irmão dele, afinal é família. Só que eu estava com medo, medo de perder ele e precisar enfrentar tudo com a Pérola sozinha. Eu o amo, quero passar o resto da minha vida com ele. — Promete que nunca vai me deixar, eu preciso de você Mariana, eu preciso de você na minha vida.... — Quem precisa prometer que nunca vai me deixar é você, eu estou aqui, sempre vou estar pela nossa família, quero casar com você e ter mais um monte de filhos, quero morrer ao teu lado Heitor. — Você quer mesmo se casar comigo? Casar mesmo de verdade? — Claro que eu quero, aquele contrato não vale mais. — Então
MARIANA NARRANDO. As notícias sobre a Pérola não foram muito boas, a médica dela disse que ela regrediu e isso acabou comigo. — Não tem nada que possamos fazer? — Heitor perguntou para a médica. — Agora precisamos aguardar, qualquer coisa que fizermos agora é arriscado, precisamos dar um tempo para o corpo dela se recuperar. — A doutora respondeu e saiu. Coloquei a mão dentro da incubadora e passo o dedo em cima da mãozinha dela. — Eu preciso que você fique bem para que eu possa ficar bem filha, tem tantas coisas que quero viver com você. — Choro.. — Ela vai sair dessa meu amor, fica calma. — Heitor me consolou. Nós ficamos ali com ela, a respiração dela estava bem fraquinha e ela estava sofrendo, mais o meu coração não queria que ela fosse embora. Eu a amei desde que soube que estava no meu ventre, eu planejei tantas coisas. A tarde se passou rápido demais, nem parece que ficamos horas ali em pé ao lado dela. Confesso que eu não queria deixar ela ali
THOMAS NARRANDO. — Thomas por favor, me deixe em paz. — A Lívia chorou. — Fala caralho, como está as coisas aí ? — Ela acabou de sair para ir no hospital ver a filha. — Ótimo, o otário foi com ela? — Sim. — Ela respondeu chorando. — Thomas eu não vou repassar mais nenhuma informação, por favor me deixe em paz. — Você vai me falar tudo o que está acontecendo até o dia que eu quiser Livia. — Me deixa em paz. — Ela respondeu e desligou. Solto uma risada pelo desespero dela, dou um trago meu cigarro e jogo no chão pisando em cima. — Vamos, tenho uma missão. — Falo para os homens que estão no galpão junto comigo. — Quem vamos matar? — Um deles perguntou rindo enquanto entrava no carro. — Hoje ninguém, vamos apenas dar um susto. . Parei no carro na esquina do hospital e fiquei de olho. Vi eles saindo do hospital, o Heitor colocou a Mariana em um carro e depois entrou no outro. — Era tudo o que eu queria. — Sorri e liguei o carro.
THOMAS NARRANDO. — É a primeira vez que te vejo aqui. — Ela disse passando a mão pelo meu braço. — Não tenho muito costume de vim aqui, como você se chama? — Rebeca e você? — Thomas. — Respondi. — E então Thomas, me paga uma bebida? — Claro, o que você quer beber? — Ela sorriu e foi até o bar pedir a sua bebida. Eu sentei na poltrona na frente do bar e ela ficou me olhando de canto enquanto o garçon colocava a sua bebida. Depois ela se aproximou, sentou no meu colo e falou no meu ouvido: — E então, o que quer fazer agora? — Ao ouvir aquela frase, o meu p.au ficou duro. — Agora eu quero f.oder você. — Respondi no mesmo nível de safadeza que o dela. — Vamos para um quarto então. — Ela respondeu levantando do meu colo e puxando pela mão. Ela tinha os cabelos ruivos, olhos castanhos e um corpo muito bonito. Termino de virar o último gole do whisky que estava bebendo, ela abre a porta de um quarto e em seguida fecha trancando com a chave. Rebeca