MARIANA NARRANDO. — Senhor, cuida do Heitor, eu entrego a vida dele nas tuas mãos, o proteja e traga ele com vida para casa. — Eu choro de joelhos no chão. — Por favor, traga ele com vida, não deixe que o Thomas faça nada com ele, o senhor sabe o quanto eu preciso dele aqui comigo. Não tinha nada do que eu fizesse naquele momento que iria impedir o Heitor de ir encontrar o irmão dele, afinal é família. Só que eu estava com medo, medo de perder ele e precisar enfrentar tudo com a Pérola sozinha. Eu o amo, quero passar o resto da minha vida com ele. — Promete que nunca vai me deixar, eu preciso de você Mariana, eu preciso de você na minha vida.... — Quem precisa prometer que nunca vai me deixar é você, eu estou aqui, sempre vou estar pela nossa família, quero casar com você e ter mais um monte de filhos, quero morrer ao teu lado Heitor. — Você quer mesmo se casar comigo? Casar mesmo de verdade? — Claro que eu quero, aquele contrato não vale mais. — Então
MARIANA NARRANDO. As notícias sobre a Pérola não foram muito boas, a médica dela disse que ela regrediu e isso acabou comigo. — Não tem nada que possamos fazer? — Heitor perguntou para a médica. — Agora precisamos aguardar, qualquer coisa que fizermos agora é arriscado, precisamos dar um tempo para o corpo dela se recuperar. — A doutora respondeu e saiu. Coloquei a mão dentro da incubadora e passo o dedo em cima da mãozinha dela. — Eu preciso que você fique bem para que eu possa ficar bem filha, tem tantas coisas que quero viver com você. — Choro.. — Ela vai sair dessa meu amor, fica calma. — Heitor me consolou. Nós ficamos ali com ela, a respiração dela estava bem fraquinha e ela estava sofrendo, mais o meu coração não queria que ela fosse embora. Eu a amei desde que soube que estava no meu ventre, eu planejei tantas coisas. A tarde se passou rápido demais, nem parece que ficamos horas ali em pé ao lado dela. Confesso que eu não queria deixar ela ali
THOMAS NARRANDO. — Thomas por favor, me deixe em paz. — A Lívia chorou. — Fala caralho, como está as coisas aí ? — Ela acabou de sair para ir no hospital ver a filha. — Ótimo, o otário foi com ela? — Sim. — Ela respondeu chorando. — Thomas eu não vou repassar mais nenhuma informação, por favor me deixe em paz. — Você vai me falar tudo o que está acontecendo até o dia que eu quiser Livia. — Me deixa em paz. — Ela respondeu e desligou. Solto uma risada pelo desespero dela, dou um trago meu cigarro e jogo no chão pisando em cima. — Vamos, tenho uma missão. — Falo para os homens que estão no galpão junto comigo. — Quem vamos matar? — Um deles perguntou rindo enquanto entrava no carro. — Hoje ninguém, vamos apenas dar um susto. . Parei no carro na esquina do hospital e fiquei de olho. Vi eles saindo do hospital, o Heitor colocou a Mariana em um carro e depois entrou no outro. — Era tudo o que eu queria. — Sorri e liguei o carro.
THOMAS NARRANDO. — É a primeira vez que te vejo aqui. — Ela disse passando a mão pelo meu braço. — Não tenho muito costume de vim aqui, como você se chama? — Rebeca e você? — Thomas. — Respondi. — E então Thomas, me paga uma bebida? — Claro, o que você quer beber? — Ela sorriu e foi até o bar pedir a sua bebida. Eu sentei na poltrona na frente do bar e ela ficou me olhando de canto enquanto o garçon colocava a sua bebida. Depois ela se aproximou, sentou no meu colo e falou no meu ouvido: — E então, o que quer fazer agora? — Ao ouvir aquela frase, o meu p.au ficou duro. — Agora eu quero f.oder você. — Respondi no mesmo nível de safadeza que o dela. — Vamos para um quarto então. — Ela respondeu levantando do meu colo e puxando pela mão. Ela tinha os cabelos ruivos, olhos castanhos e um corpo muito bonito. Termino de virar o último gole do whisky que estava bebendo, ela abre a porta de um quarto e em seguida fecha trancando com a chave. Rebeca
HEITOR NARRANDO. — Como assim atacaram o carro dela? — Gritei no celular. — Parece que fizeram para assustar, podiam ter pego ela mas não fizeram isso. — Liga para o Gabriel, diz para ele que está na hora dele agir, manda ele levar todos para a boate nova que abriu próximo ao galpão do Dimitri e manda a Paula arrumar um jeito de ficar com o Thomas, eu vou dar um susto nele também. — Pode deixar comigo chefe. — Fala para o Gabriel que se ele não fizer o que estou mandando, eu mato a família dele. O Thomas vai saber que eu também estou bem mais próximo do que ele imagina. — Respondo e desligo. — Mudança de planos, direto para casa. Eu já sabia que tinha dedo da Lívia, só que para os meus planos saírem como eu planejo, ela precisa pensar que não desconfiamos dela. — Mariana, você está bem? Algum tiro acertou você? — Heitor, foi assustador, eu achei que realmente fossemos morrer. — Está tudo bem, já acabou, você está bem. Ela acabou surtando co
MARIANA NARRANDO. Não consigo mensurar a dor que eu estou sentindo nesse momento, segurar pela primeira vez nos braços e ela está praticamente sem vida. — Heitor, faz alguma coisa, estamos perdendo ela. — Me desespero. — Eu queria muito fazer alguma coisa Mari, só que está fora do meu alcance. — Ele fala chorando. — Não posso perder a única coisa que eu tenho na minha vida, eu não aceito isso. As maquinas começaram a apitar, os batimentos dela estava caindo, a Doutora se aproximou, olhou para os aparelhos e disse: — Ela está indo embora. Eu comecei a chorar desesperadamente. — Me.. me, me deixa pegar ela no colo, preciso me despedir da minha filha. — Heitor pediu. Eu então afirmei com a cabeça, a doutora pegou o corpinho da Pérola dos meus braços e colocou sobre os braços do Heitor. Ele não sabia nem como pegar, ela era tão frágil, tão pequena. O coração dela já tinha parado de bater, a Doutora confirmou a hora morte, tirou os aparelhos dela e nos
HEITOR NARRANDO. A perda de um filho é uma ferida que não cicatriza, é para toda a vida – essa dor terá momentos que se converterá em saudade, mas nunca será menor. Os pais ficam perdidos na sua dor, um vazio inconsolável, um lamento interminável. Agora vamos, a nossa menina está esperando a nossa despedida. — Ela falou e eu dei um beijo em sua mão. Independente do que ela fale, o sentimento de culpa não iria sair do meu peito. A sensação que eu tenho é que eu poderia ter feito muito mais. Quando entramos dentro da sala, aquele caixão pequenininho e branco já estava lá. O meu pai e o Enrico estavam sentados ao lado, de cabeça baixa e quando me viram se levantaram. — Filho, eu sinto muito. — O meu pai fala. Eu não conseguia falar, muito menos ter qualquer tipo de reação, mesmo eu ainda sentindo raiva do meu pai, esse não é o momento. O Enrico ainda tinha alguns machucados no rosto por conta do sequestro, eu me aproximei do caixão e passei a mão sobre
HEITOR NARRANDO. Eu só buscava uma coisa agora, a cabeça do Thomas!— Eu quero todos atrás dele, quero todas as informações dele, quero saber cada passo que ele der, eu quero o Thomas morto. — Eu ordenei para os meus homens no galpão.— Coloquem homens infiltrados lá dentro, falem com os que estão lá dentro, não vou admitir nenhuma falha.Eu não queria espaço livre na minha mente para pensar na morta da Pérola, eu irei matar o Thomas e casar com a Mariana.— Heitor, olha quem está aqui. — O meu pai fala ao bater na porta da minha sala.Eu levanto a cabeça e vejo o Rodrigo.— Que bom te ver Rodrigo, como você está? — Falo.— Primeiramente quero desejar meus sentimentos pela Pérola.— Muito obrigado Rodrigo.— E sim estou bem e pronto para voltar ao meu emprego.— A Mariana adora você, vai ser ótimo você voltar nesse momento tão difícil.— Fico feliz por isso senhor Heitor, obrigado por todo o apoio nesse momento difícil para mim também, eu e a minha família somos muito gratos por toda