Capítulo 71

RAFAELLA MARTINI NARRANDO.

ITÁLIA.

Estar em coma é como flutuar em uma escuridão sem fim, um lugar onde o tempo e o espaço se misturam e perdem todo o sentido. Eu ouço vozes, palavras que chegam distantes e enevoadas, mas algumas delas são claras e marcantes. Elas pertencem a Leonardo, e as suas declarações de amor, sussurradas ao meu ouvido, são meu único elo com a realidade.

— Rafaella, você precisa voltar pra mim. — Ele diz frequentemente com a sua voz embargada de emoção.

— Eu te amo mais do que tudo. Não consigo viver sem você.. — Às vezes, eu sinto lágrimas caírem em minha pele. Ele está chorando por mim, por nós. Cada palavra dele me dá forças, mesmo que eu esteja presa nesse limbo entre a vida e a morte.

Nas profundezas desse estado de inconsciência, tenho sonhos vívidos com a minha mãe, Amélia. Ela surge como um farol de luz em meio à escuridão, o seu sorriso sereno me acalmando.

— Minha querida. — Ela diz com a sua voz suave e reconfortante.

— Você tem um coração tão bom. Nã
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