ADAM MARTINI NARRANDO. ITÁLIA.Eu estava sentado no sofá do quarto do hotel, a cabeça mergulhada em pensamentos sombrios sobre os erros do passado e as oportunidades perdidas, quando o meu telefone tocou. Olhei para a tela e vi o nome de Leonardo. Uma onda de tensão percorreu o meu corpo. Atendi a ligação com uma mistura de esperança e receio.~ início de ligação. ~— Leonardo. — Eu disse, tentando manter a voz firme.— Adam. — Ele respondeu com a voz fria e calculada.— Você pode vir ao hospital. Rafaella... ela precisa de você.O choque daquelas palavras me deixou sem fôlego.— Estou a caminho. — Respondi rapidamente, desligando o telefone.~ fim de ligação. ~O caminho para o hospital foi um borrão de pensamentos e memórias. A minha mente voltava constantemente aos erros que cometi, às escolhas que fiz que afastaram Rafaella de mim. Eu sabia que tinha pouco tempo para corrigir esses erros, e a oportunidade de fazer isso agora parecia quase surreal.Quando cheguei ao hospital, o me
LEONARDO RIZZI NARRANDO. ITÁLIA.Rafaella andai se sentia muito cansada, a volta de um coma não era nada fácil, ela abria e fechava os olhos lentamente. Rafaella tinha aberto os olhos brevemente, suficiente para me fazer sentir um raio de esperança, mas logo fechou novamente, exausta. Eu estava lá, esperando, segurando a sua mão.O som da porta se abrindo me fez olhar para cima. Adam estava saindo, com o rosto marcado por uma mistura de arrependimento e dor. Ele parou na porta, olhando para Rafaella uma última vez antes de sair. Não houve palavras entre nós dois, apenas um aceno silencioso. Quando ele se foi, senti um peso sair dos meus ombros, mas sabia que ainda havia muito a ser resolvido.Voltei a minha atenção para Rafaella. A luz suave da manhã começava a entrar pelas janelas, iluminando o seu rosto pálido. Apertei suavemente a sua mão, me inclinando mais perto.— Rafaella, estou aqui. — Sussurrei, como se as minhas palavras pudessem alcançá-la em algum lugar profundo de sua me
ROCCO NARRANDO. LONDRES, INGLATERRA. Celina estava brincando comigo, ela realmente achava que eu estava de brincadeira e eu iria mostrar para ela como que brinca comigo. Foi outra noite sem dormir, outra noite pensando em como me livrar de Leonardo e Rafaella de uma vez por todas. O meu celular começou a tocar, olhei no celular e era o Marco, ele com certeza queria passar novas informações. ~ início de ligação. ~— Marco. — Eu atendi. — Rafaella acordou do coma. — Maldita. — Eu gritei e bati as mãos na mesa. — E tem mais uma coisa Rocco... — O que? — Adam, ele está aqui na Itália. — Como é que é? — Eu disse e levantei da cadeira. — Isso mesmo o que você viu, Adam está na Itália e foi visitar Rafaella. — Você tem certeza disso? — As minhas fontes são extremamentes seguras Rocco, o cerco está fechando. — Adam e Leonardo juntos para me derrubar. — Isso mesmo. ~ fim de ligação. ~Eu joguei o celular em cima da mesa, acendi um cigarro e olhei para a janela. Adam viajou, Celi
CELINA NARRANDO.ITÁLIA. Eu não podia acreditar. Adam foi atrás de Rafaella. Aquilo era impossível, impensável. Minha mente se recusava a processar a informação que Rocco tinha acabado de me passar pelo telefone. A imagem de Adam, ao lado de Rafaella fazia o meu sangue ferver de raiva e medo. Por que ele faria isso? O que ele estava pensando? Os meus pensamentos estavam em um turbilhão. Não sabia o que fazer, como agir. Andava de um lado para o outro no quarto, tentando acalmar meus nervos. Precisava de um plano, mas minha mente estava tão confusa que era difícil pensar com clareza. Finalmente, tomei uma decisão. Precisava proteger meus filhos, Olívia e Gabriel. Não podia deixá-los expostos a esse caos. Peguei uma chave da gaveta da minha escrivaninha, a chave de uma casa de campo que eu tinha escondido de todo mundo, até mesmo de Adam. Aquela casa era o meu refúgio, o meu segredo, o lugar para onde eu poderia fugir quando tudo mais desse errado. Respirei fundo
ROCCO NARRANDO.ITÁLIA.— Primeiro, nós vamos matar essa saudade e depois começar a caçada...— Rocco, não é o momento..— Claro que é...— Rocco..— Celina.. eu quero.Eu não queria saber se ela queria ou não, ela tinha que aprender que eu não estava para brincadeira e quem manda sou eu. Virei ela de costas para mim, puxei a sua blusa para baixo e com impacto ela rasgou. Passei a mão pelo seus seios, por cima do sutiã.— Ahh Celina, você continua gostosa como sempre.— Rocco, não estou no clima.— Mas, eu estou, eu quero, o que é hein Celina até aparece que você não me ama mais, que não sente mais desejo por mim.— Não é isso, só que estou preocupada demais para pensar nisso agora.— Ah como você é chata, insuportável, eu já disse que quero e pronto.Eu coloquei ela em cima da mesa da sala, puxei a sua calça, abaixei a minha calça e segurei as mãos da Celina em cima de sua cabeça. Celina resistia, mas o seu corpo traía a luta em seus olhos. Uma parte de mim gostava disso, da resistên
RAFAELLA NARRANDO. ITÁLIA.Finalmente chegou o dia que tanto esperei: o dia da alta do hospital. Depois de semanas que pareceram uma eternidade, finalmente estava pronta para deixar para trás os corredores brancos e os cheiros de hospital. Leonardo, sempre ao meu lado durante todo o período de recuperação, segurava a minha mão com ternura enquanto caminhávamos em direção à saída. Seu apoio foi crucial para minha força e recuperação.O sol brilhava forte lá fora, um contraste reconfortante com as luzes artificiais do hospital. Cada passo que dávamos em direção ao carro era um passo para a liberdade, para voltar ao meu lar, à normalidade que tanto desejava.— Está se sentindo bem, Rafaella? — Leonardo perguntou com um sorriso gentil enquanto abria a porta do carro para mim.— Sim, estou me sentindo ótima. Só quero chegar em casa. — Respondi, devolvendo o sorriso.O trajeto até em casa foi tranquilo, mas o silêncio entre nós refletia a seriedade da situação. Ambos sabíamos que as coisas
LORENZO RIZZI NARRANDO.ITÁLIA.Não tem um só dia em que eu não me culpe por tudo o que aconteceu, mas, confesso que ver o Adam dentro da nossa casa era um pouco demais para mim. O homem que eu sempre considerei o responsável por tantas desgraças agora estava sentado na nossa sala de estar, discutindo estratégias para capturar Rocco. A ironia era dolorosa.— Precisamos ser meticulosos. — Adam disse, com a sua voz calma contrastando com a tensão que pairava no ar.—Rocco não é um amador. Qualquer movimento em falso, e ele desaparece.Leonardo assentiu, mas eu podia ver o ódio em seus olhos. Desde que Rafaella saiu do coma, ele não era mais o mesmo. O brilho nos olhos havia sumido, substituído por uma determinação fria e implacável. Ver ela em casa, ainda frágil e vulnerável, me fazia sentir uma mistura de alívio e culpa.— Eu conheço Rocco melhor do que ninguém. — Leonardo disse com os punhos cerrados.— Ele vai tentar usar Rafaella como ponto fraco nosso, se já não estiver planejando
RAFAELLA MARTINI NARRANDO. ITÁLIA. Eu subi as escadas lentamente, sentindo o peso do cansaço em cada passo. Deixei os três na sala conversando sobre como iriam atrás do Rocco. Ao entrar no meu quarto, fechei a porta e suspirei fundo.Tirei a roupa, deixando as peças caírem no chão uma a uma. O vapor quente do chuveiro me envolveu assim que abri a torneira, e deixei a água escorrer pelo meu corpo, levando embora a tensão acumulada. Mesmo assim, a sensação de alívio era passageira.Pensar no meu pai, ainda era um verdadeiro desafio. Como confiar em alguém que me fez tanto mal, fez tanto mal ao Leonardo. As cicatrizes emocionais que ele me deixou eram profundas, e embora ele tentasse se redimir, a mágoa ainda estava lá, pulsando.Me enxuguei devagar, tentando clarear a mente. Vesti um pijama confortável e me deitei na cama, olhando para o teto enquanto os pensamentos conflitantes rodopiavam na minha cabeça. Fechei os olhos, buscando um pouco de paz, mas, o sono não chegava, eu não cons