CELINA NARRANDO.ITÁLIA. Eu não podia acreditar. Adam foi atrás de Rafaella. Aquilo era impossível, impensável. Minha mente se recusava a processar a informação que Rocco tinha acabado de me passar pelo telefone. A imagem de Adam, ao lado de Rafaella fazia o meu sangue ferver de raiva e medo. Por que ele faria isso? O que ele estava pensando? Os meus pensamentos estavam em um turbilhão. Não sabia o que fazer, como agir. Andava de um lado para o outro no quarto, tentando acalmar meus nervos. Precisava de um plano, mas minha mente estava tão confusa que era difícil pensar com clareza. Finalmente, tomei uma decisão. Precisava proteger meus filhos, Olívia e Gabriel. Não podia deixá-los expostos a esse caos. Peguei uma chave da gaveta da minha escrivaninha, a chave de uma casa de campo que eu tinha escondido de todo mundo, até mesmo de Adam. Aquela casa era o meu refúgio, o meu segredo, o lugar para onde eu poderia fugir quando tudo mais desse errado. Respirei fundo
ROCCO NARRANDO.ITÁLIA.— Primeiro, nós vamos matar essa saudade e depois começar a caçada...— Rocco, não é o momento..— Claro que é...— Rocco..— Celina.. eu quero.Eu não queria saber se ela queria ou não, ela tinha que aprender que eu não estava para brincadeira e quem manda sou eu. Virei ela de costas para mim, puxei a sua blusa para baixo e com impacto ela rasgou. Passei a mão pelo seus seios, por cima do sutiã.— Ahh Celina, você continua gostosa como sempre.— Rocco, não estou no clima.— Mas, eu estou, eu quero, o que é hein Celina até aparece que você não me ama mais, que não sente mais desejo por mim.— Não é isso, só que estou preocupada demais para pensar nisso agora.— Ah como você é chata, insuportável, eu já disse que quero e pronto.Eu coloquei ela em cima da mesa da sala, puxei a sua calça, abaixei a minha calça e segurei as mãos da Celina em cima de sua cabeça. Celina resistia, mas o seu corpo traía a luta em seus olhos. Uma parte de mim gostava disso, da resistên
RAFAELLA NARRANDO. ITÁLIA.Finalmente chegou o dia que tanto esperei: o dia da alta do hospital. Depois de semanas que pareceram uma eternidade, finalmente estava pronta para deixar para trás os corredores brancos e os cheiros de hospital. Leonardo, sempre ao meu lado durante todo o período de recuperação, segurava a minha mão com ternura enquanto caminhávamos em direção à saída. Seu apoio foi crucial para minha força e recuperação.O sol brilhava forte lá fora, um contraste reconfortante com as luzes artificiais do hospital. Cada passo que dávamos em direção ao carro era um passo para a liberdade, para voltar ao meu lar, à normalidade que tanto desejava.— Está se sentindo bem, Rafaella? — Leonardo perguntou com um sorriso gentil enquanto abria a porta do carro para mim.— Sim, estou me sentindo ótima. Só quero chegar em casa. — Respondi, devolvendo o sorriso.O trajeto até em casa foi tranquilo, mas o silêncio entre nós refletia a seriedade da situação. Ambos sabíamos que as coisas
LORENZO RIZZI NARRANDO.ITÁLIA.Não tem um só dia em que eu não me culpe por tudo o que aconteceu, mas, confesso que ver o Adam dentro da nossa casa era um pouco demais para mim. O homem que eu sempre considerei o responsável por tantas desgraças agora estava sentado na nossa sala de estar, discutindo estratégias para capturar Rocco. A ironia era dolorosa.— Precisamos ser meticulosos. — Adam disse, com a sua voz calma contrastando com a tensão que pairava no ar.—Rocco não é um amador. Qualquer movimento em falso, e ele desaparece.Leonardo assentiu, mas eu podia ver o ódio em seus olhos. Desde que Rafaella saiu do coma, ele não era mais o mesmo. O brilho nos olhos havia sumido, substituído por uma determinação fria e implacável. Ver ela em casa, ainda frágil e vulnerável, me fazia sentir uma mistura de alívio e culpa.— Eu conheço Rocco melhor do que ninguém. — Leonardo disse com os punhos cerrados.— Ele vai tentar usar Rafaella como ponto fraco nosso, se já não estiver planejando
RAFAELLA MARTINI NARRANDO. ITÁLIA. Eu subi as escadas lentamente, sentindo o peso do cansaço em cada passo. Deixei os três na sala conversando sobre como iriam atrás do Rocco. Ao entrar no meu quarto, fechei a porta e suspirei fundo.Tirei a roupa, deixando as peças caírem no chão uma a uma. O vapor quente do chuveiro me envolveu assim que abri a torneira, e deixei a água escorrer pelo meu corpo, levando embora a tensão acumulada. Mesmo assim, a sensação de alívio era passageira.Pensar no meu pai, ainda era um verdadeiro desafio. Como confiar em alguém que me fez tanto mal, fez tanto mal ao Leonardo. As cicatrizes emocionais que ele me deixou eram profundas, e embora ele tentasse se redimir, a mágoa ainda estava lá, pulsando.Me enxuguei devagar, tentando clarear a mente. Vesti um pijama confortável e me deitei na cama, olhando para o teto enquanto os pensamentos conflitantes rodopiavam na minha cabeça. Fechei os olhos, buscando um pouco de paz, mas, o sono não chegava, eu não cons
LEONARDO RIZZI NARRANDO.ITÁLIA.Me deitei na cama ao lado de Rafaella, sentindo o corpo relaxar após uma noite intensa. Ela dormia profundamente, os cabelos espalhados pelo travesseiro, a respiração suave e ritmada. Observei cada detalhe do seu rosto, desde a linha delicada das suas sobrancelhas até os lábios ligeiramente entreabertos. Havia algo tranquilizador em vê-la assim, tão serena.A noite com ela tinha sido incrível. Há tempos não me sentia tão conectado a alguém. Me lembrei de como tudo começou, de como um acordo tolo nos uniu. Nunca imaginei que esse contrato, feito em um momento de desespero e necessidade, acabaria por me trazer o amor da minha vida. O amor sempre me pareceu algo distante, quase inalcançável, até que Rafaella apareceu.Passei os dedos suavemente pelo seu braço, apreciando o calor da sua pele. Estava com tanta saudade dela. Cada momento naquele hospital, vendo ela entre a vida e a morte. E agora, ela estava aqui, ao meu lado, compartilhando não só a cama, m
LEONARDO RIZZI NARRANDO.ITÁLIA.Saí de casa correndo, o meu coração disparado e a mente em um turbilhão de preocupações. Entrei no carro com um movimento rápido, o motor rugindo à medida que girava a chave na ignição. O silêncio da noite foi rapidamente substituído pelo ronco do motor e pelo som dos pneus cantando no asfalto enquanto acelerava em direção ao galpão da máfia.O caminho parecia mais longo do que o normal. As luzes da cidade passavam como borrões ao meu redor, mas eu mal as notava. O meu foco estava totalmente voltado para o que me esperava no galpão. A urgência na voz de Marco ainda ecoava na minha mente, alimentando a minha ansiedade. Precisava chegar lá o mais rápido possível.Finalmente, avistei o galpão à distância, e o meu coração afundou no peito. As chamas estavam contra o céu noturno, lançando uma luz sinistra sobre a área. O cheiro de fumaça era forte, quase sufocante. Estacionei o carro bruscamente e saí correndo, o meu corpo em alerta máximo.— Marco! — Grite
RAFAELLA MARTINI NARRANDO.ITÁLIA.Acordei com os primeiros raios de sol invadindo o quarto, sentindo o calor suave da manhã se espalhar pelo ambiente. Abri os olhos devagar, me acostumando à luz, e me virei para o lado, esperando ver Leonardo dormindo serenamente ao meu lado. Mas, para minha surpresa, ele estava ali, ainda de roupa, o rosto tenso até mesmo no sono.A minha mente começou a trabalhar, tentando entender o que poderia ter acontecido. Leonardo nunca dormia de roupa. Toquei suavemente o seu ombro, tentando acordá-lo sem causar um sobressalto.— Leo? — Chamei suavemente.Ele se mexeu, os olhos piscando enquanto lutava para acordar. Quando finalmente me focou, vi uma expressão de preocupação passar por seus olhos.— Rafa? — A sua voz estava rouca de sono.— O que aconteceu? — Perguntei, sentindo a ansiedade crescer no peito.— Por que você está de roupa? Você saiu durante a noite?Ele suspirou, se sentando na cama e esfregando o rosto com as mãos.— Sim, eu saí — Ele admitiu