RAFAELLA MARTINI NARRANDO.VERONA, ITÁLIA. — Quer acabar com essa noite no meu quarto? — Ele perguntou baixinho no meu ouvido e eu só confirmei com a cabeça.Eu precisava do som da voz dele nos meus ouvidos, ela era capaz de me fazer entrar em combustão espontânea, me fazia pirar e desejar muito mais...Os nossos beijos já foram se intensificando ali mesmo, as mãos dele deslizavam pelo meu corpo que ainda estava vestido. Subimos a escada quase tropeçando um no outro. Eu já entrei no quarto desabotoando a camisa dele e ele tirando a minha camisola.— Você não pode ficar andando assim em casa...— Por que não?— Porque eu não quero os outros olhando para você...Eu não sei qual era o limite que eu estava tentando encontrar. Eu me entregava inteiramente para ele e me deixava levar pelo toque de suas mãos quentes passando em mim.Ele me deitou na cama apenas de calcinha e ele tinha tirado toda a roupa dele.Os dedos do Leonardo estavam dentro de mim brincando com a minha
RAFAELLA MARTINI NARRANDO. VERONA, ITÁLIA.Eu abri os olhos lentamente quando eu ouvi um celular despertando, olhei para o lado e o Leonardo estava pelado na mesma cama que eu...O meu coração disparou ao notar o calor do corpo dele ao meu lado. Ele estava acordado, me observando com um olhar diferente..— Bom dia. — Ele disse suavemente com um sorriso tocando os seus lábiosAquele tom carinhoso me surpreendeu, trazendo um misto de alívio e confusão. Havia algo reconfortante na maneira como ele falava, apesar da situação desconcertante em que eu me encontrava.— Bom dia — Respondi com a minha voz saindo mais hesitante do que eu pretendia.Leonardo se esticou e tirou o lençol da cama, revelando manchas escuras de sangue.Ele parecia tranquilo, quase satisfeito com o que via.— Precisamos disso como prova — Ele explicou dobrando o lençol com precisão.— Para mostrar ao conselho que a consumação do casamento foi feita.Assenti lentamente, tentando processar tudo. Me levantei com cuidado,
RAFAELLA MARTINI NARRANDO. VERONA. ITÁLIA.A frustação do Rocco era nítida, ele trocou algumas palavras com Leonardo e depois disso foi embora. Lorenzo apareceu na sala de jantar, se sentou e começou a comer.— Lorenzo, recebemos o convite de aniversário do Martin.— E daí? Não estou nem um pouco interessado.Leonardo ignorou o comentário e continuou.— Vocês irão ao shopping hoje.— Nem pensar. — Lorenzo retrucou, cruzando os braços de forma desafiadora.— Não vou gastar meu tempo com isso.Leonardo olhou para o Lorenzo e respondeu:— Não é uma opção, Lorenzo. Você vai ao shopping, e Rafaella vai com você.O meu coração acelerou. A última coisa que eu queria era passar mais tempo sozinha com Lorenzo. Desde que Leonardo e eu começamos a nos aproximar, Lorenzo fez questão de me mostrar o quanto me desprezava. Mas sabia que contrariar Leonardo só complicaria mais as coisas.Suspirei e me da cadeira..— Tudo bem Lorenzo, vai ser tão rápido que você nem irá perceber a minha presença.No
RAFAELLA MARTINI NARRANDO. VERONA, ITÁLIA.O dia do aniversário de Martin chegou, mas o clima tenso entre Lorenzo e eu continuava muito estranho. Apesar disso, eu precisava acompanhar Leonardo nesse aniversário. Alguém bateu na porta e em seguida a abriu.— Posso entrar? — Leonardo perguntou.— Sim.Eu estava terminando de passar o batom. Leonardo se sentou na cama e ficou me olhando.— Eu preciso te contar uma coisa. — Ele parecia aflito.— O que aconteceu?— Rafaella, o Martin, ele tem uma aliança com o seu pai também.— Então, você está me dizendo...— Sim, Adam vai estar lá. — Ele me interrompeu.— Não acho uma boa ideia irmos, Leonardo.— Temos que ir. Martin é um ótimo fornecedor e se deixarmos de ir por causa de Adam, vão começar a inventar que estou com medo dele.— Tudo bem... — Eu disse, abaixando a cabeça.— Ei... — Leonardo levantou da cama e se aproximou de mim. — Não precisa se preocupar, não irá acontecer nada.— Fecha o meu vestido, por favor. — Eu pedi, e ele afirmou
LEONARDO RIZZI NARRANDO. ITÁLIA. Quando entramos para o jantar, escolhemos uma mesa afastada de Adam e Celina, na esperança de evitar conflitos ali na festa. Mas Rafaella continuava bebendo. Rafaella estava mais solta, mas também mais instável, e eu não sabia exatamente como lidar com aquilo.Rocco se aproximou de mim enquanto eu observava Rafaella, a sua expressão de preocupação não passando despercebida.— Leonardo, você está vendo isso? — Rocco perguntou com um tom sério.— Isso não é normal. Ela está bebendo demais e pode acabar causando problemas. Você precisa fazer algo.Eu olhei para Rafaella, que estava conversando animadamente com uma mulher, mas seus olhos estavam distantes, a risada forçada. Eu sabia que Rocco estava certo, mas não sabia como acalmar Rafaella.— Eu sei, Rocco. — A minha voz saiu tensa.— Já tentei falar com ela, mas parece que não adiantou. Ela está passando por muita coisa, e eu não sei como ajudar.Rocco me observou com uma expressão de desaprovação.—
RAFAELLA MARTINI NARRANDO. ITÁLIA. Eu me lembro perfeitamente do momento em que Leonardo decidiu conversar com Martin. Notei o olhar concentrado de Martin, seus olhos fixos em Leo, como se a conversa fosse de grande importância. Não era difícil adivinhar que o assunto era sério; havia uma tensão palpável no ar. Decidi que era melhor dar um tempo de toda aquela intensidade. O meu estômago estava embrulhado e a bebida começava a pesar. Saí da sala, deixando o burburinho da festa para trás, e caminhei até o jardim. O ar fresco da noite me envolveu, proporcionando um alívio imediato. A luz da lua iluminava suavemente o jardim, criando um cenário quase mágico. Mas mesmo o ar fresco não parecia suficiente para tirar aquela sensação da bebida. Me apoiei na borda de uma fonte, tentando recuperar o equilíbrio. Foi então que ouvi os cochichos. Vozes baixas, como se fosse uma conversa em segredo. A princípio, não consegui distinguir de onde vinham, mas minha curiosidade foi mais forte. Segu
RAFAELLA MARTINI NARRANDO. VERONA, ITÁLIAO escritório estava quieto, a tranquilidade só quebrada pelo som suave da lareira no canto da sala. Eu estava sentada à mesa, tentando juntar os meus pensamentos. A foto que encontrei entre os livros pesava em minhas mãos como uma bomba prestes a explodir. Fiquei ali parada, olhando para aquela foto. A imagem de Rocco e Celina juntos, íntimos demais, era uma evidência incontestável do que eu tinha visto naquela noite.A porta se abriu com um estrondo, e antes que eu pudesse reagir, Rocco estava dentro da sala. Ele avançou em minha direção, os olhos faiscando de raiva e determinação. Antes que eu pudesse sequer pensar em me defender, ele me prensou contra a parede.— Eu sei que você nos viu ontem à noite, Rafaella — disse ele, com a voz baixa e ameaçadora.— Rocco, eu... — Meu coração batia descompassado.— Não tente negar — ele interrompeu, apertando o meu pescoço. — Você viu e agora está tentando expor algo que não entende.As minhas mãos tr
LEONARDO RIZZI NARRANDO. VERONA, ITÁLIA.Ao abrir a porta da sala, Rafaella estava caída no chão da sala, inconsciente, com Rocco parado ao seu lado, como se fosse uma estátua. O meu coração quase parou de bater. Gritei pelo seu nome.— Rafaella!Me ajoelhei ao seu lado, desesperado. Aproximei meu rosto do dela, procurando sinais de vida. Seu peito subia e descia levemente, indicando que ela ainda respirava. Toquei seu rosto, meu desespero crescendo a cada segundo.— Rocco, o que você fez? Desgraçado. — Eu gritando, me virando para ele com uma raiva que nunca havia sentido antes.Rocco, que normalmente é tão seguro de si, parecia agora um menino assustado. Ele gaguejou, tentando se explicar.— Nós... nós discutimos. Ela foi subir a escada, e... e se desequilibrou. Não foi minha culpa!— Sua culpa ou não, você vai torcer para ela não morrer, ou eu acabo com você! — Gritei com minha voz saindo falhada pelo medo e a raiva.Eu sabia que não podia perder tempo ali. Peguei Rafaella nos bra