RAFAELLA MARTINI NARRANDO. VERONA, ITÁLIA. Aqui estou eu, outra vez me preparando para sair de casa escondido. E eu que pensava que essa fase tinha acabado, quando ouvi a porta do quarto do Lorenzo fechando, eu fiz um rabo de cavalo nos meus cabelos, abri a porta do meu quarto bem devagar e desci as escadas nas pontinhas dos pés. Olhei pela janela da sala e por sorte não tinha nenhum segurança próximo aos carros. Então eu abri a porta, fui até o carro do Lorenzo e entrei no porta-malas. Fiquei ali encolhida esperando pelo Lorenzo, quando ele entrou no carro e pediu para o motorista dele ir até o hospital. Como eu ia descer desse porta-malas sem ser vista? Não faço a menor ideia, mas, agora já estou aqui e não posso mudar. O carro parou, Lorenzo desceu do carro e eu conseguia ouvir o motorista rir com o próprio celular. E agora? Como vou fazer. — Acho que ele vai demorar, vou comer alguma coisa. — O motorista disse e saiu
LEONARDO RIZZI NARRANDO VERONA, ITÁLIA. Algo me dizia que Rafaella realmente estava falando a verdade, os olhos dela me dizia isso. Mas, o que Rocco queria no meu escritório? Ele nunca teve essa liberdade de mexer nas minhas coisas. Alguém bateu na porta e em seguida a porta abriu. Rocco entrou, quando viu Rafaella em pé ao meu lado, ele parou e colocou as mãos no bolso. Rafaella tinha medo do Rocco, ela pegou na minha mão e as mãos dela estava geladas. — Pelo jeito está sendo bem cuidado. — É um pouco, ela demorou para chegar aqui. — Leonardo, podemos conversar em particular? — Rocco perguntou. — Rafaella, você quer sair ou participar dessa conversa? — Leonardo... — Rocco disse coçando a cabeça. — Eu prefiro sair, quando ele sair eu volto. — Rafaella disse pegando a sua bolsa e saiu. — Como você está se s
LEONARDO RIZZI NARRANDO. VERONA, ITÁLIA. Eu me esforcei para me levantar, a dor ainda me incomodava, mas eu sei que estou melhorando. O tiro que levei vai deixar marcas profundas, tanto físicas quanto emocionais, mas o desejo de retaliação era mais forte que qualquer fraqueza. Eu me sentia cansado por ficar deitado, esperando pela minha recuperação. Me levantei, tomei um banho, coloquei o meu resto e desci.— Bom dia. — Falei ao ver a Rafaella na mesa.— Bom dia, tem certeza de que irá sair?— Sim, vou enlouquecer se ficar aqui Rafaella.— Cuidado, você ainda não está 100%.— Não se preocupe, vou tomar cuidado.Após comer e tomar os remédios fui para o carro e pedi para que o motorista me levasse até o galpão.Os meus passos hesitantes estavam ecoando no chão velho galpão. Rocco, já estava lá com uma expressão carregada de seriedade, com os olhos sombrios.— Leonardo, encontrei o homem que atirou em você. — Rocco disse com a voz grave.Senti um arrepio ao ouvir isso, finalmente iria
CELINA MARTINI NARRANDO. ITÁLIA. A vida sempre foi bem complicada para mim, se hoje eu tenho tudo o que eu tenho, foi porque me esforcei para chegar aqui. Quando eu tinha os meus 20 anos, o meu caminho cruzou com o de Rocco, em um jantar no qual a minha mãe era funcionária da casa. E lá estava ele, lindo e cheiroso. Naquela noite, eu entreguei tudo o que tinha de mais precioso para o Rocco, a minha pureza, a minha inocência. Só que na minha vida também tinha o Adam. O problema era que Adam era casado, eu sabia que não passava de um passatempo para ele e com isso o meu contato com o Rocco passou a ser presente, claro que escondido da minha mãe, ela não podia saber disso. Só que Rocco sempre disse que eu e ele nunca teríamos algo sério, mas, ele sabia do meu sonho de ser casada com um homem importante dentro da Máfia e com isso ele me ajudou com o plano da morte de Amélia. A partir dai, eu estava dentro da casa do sub-chefe da Máfia Inglesa e com uma dívida eterna com Rocco. Sim, foi
RAFAELLA MARTINI NARRANDO. VERONA, ITÁLIA. Eu passei o dia inteiro trancada em meu quarto, perdida nos livros que tinham no escritório do Leonardo. Estava evitando encontrar com Lorenzo ou Rocco. Em alguns momentos, eu me perdia na leitura ao pensar no Leonardo. Será que ele está bem? Ele é teimoso, resolveu ir trabalhar sem que o médico liberasse. Quando a noite chegou, eu desci para a cozinha e comi ali mesmo. Voltei para o meu quarto, tomei um banho e me enrolei na toalha. O pouco de roupa que eu tinha ali, no meio tinha uma camisola que a bruxa da Celina não tinha gostado e eu nunca pensei que fosse usar aquilo. Passei um hidratante pelo corpo, coloquei a camisola sem calcinha, me perfumei, soltei os meus cabelos e parei em frente ao espelho.As minhas mãos passaram pelo meu próprio corpo, eu me olhei e como eu estava me achando bonita, será que algum dia um homem vai me olhar como uma mulher, será que um dia homem vai sentir tesão em mim, será que um dia algum homem vai me amar
LEONARDO RIZZI NARRANDO. VERONA, ITÁLIA. Destranquei a porta, abri apenas uma fresta e era o Lorenzo. — O que você quer? — perguntei, injuriado. — Quero saber se você está bem. Rocco me disse que você matou o homem que atirou em você. — Está tudo bem, Lorenzo, estou um pouco ocupado agora. — O que você está fazendo? — ele disse, tentando ver pela fresta da porta. — Lorenzo, eu já disse que estou bem. Você quer mais alguma coisa? — Não, boa noite. Eu tranquei a porta e voltei para a cama. Rafaella tinha vestido a sua camisola novamente, o rosto dela estava vermelho de vergonha. — Desculpa por isso. — Não tem problema, é até melhor, a gente ia fazer besteira. — Você acha que íamos fazer besteira? — É apenas um acordo, Leonardo. Não podemos nos envolver, eu tenho o meu propósito e você tem o seu. — Desculpe se ultrapassei o seu limite. — Você não ultrapassou sozinho, eu também te dei liberdade para isso. Um silêncio incômodo pairou entre nós. Rafaella desviou o olha
LEONARDO RIZZI NARRANDO. VERONA, ITÁLIA.Eu estava sentado no canto mais escuro do galpão, olhando para o relógio e tentando ignorar a sensação de inquietação que me consumia. O barulho constante das máquinas e a conversa abafada dos outros membros da máfia eram como um zumbido irritante na minha cabeça. O meu dia estava longe de acabar, e eu já estava cansado.Rocco, se aproximou de mim com um olhar grave.— Leonardo, precisamos conversar. É sobre Rafaella.Meu coração deu um salto, mas mantive a expressão firme.— O que tem ela?— Algumas coisas não estão se encaixando Leo. — Ele começou, inclinando-se para frente.— Temos razões para acreditar que Rafaella pode estar nos traindo.— Outra vez isso, você está louco, Rocco? — Eu disse e senti o sangue subir na cabeça. — Rafaella nunca faria isso.Rocco ergueu as mãos, tentando acalmar a situação.— Eu sei que é difícil de ouvir, mas precisamos considerar todas as possibilidades. A segurança da máfia está em jogo, a su
RAFAELLA MARTINI NARRANDO.VERONA, ITÁLIA. — Quer acabar com essa noite no meu quarto? — Ele perguntou baixinho no meu ouvido e eu só confirmei com a cabeça.Eu precisava do som da voz dele nos meus ouvidos, ela era capaz de me fazer entrar em combustão espontânea, me fazia pirar e desejar muito mais...Os nossos beijos já foram se intensificando ali mesmo, as mãos dele deslizavam pelo meu corpo que ainda estava vestido. Subimos a escada quase tropeçando um no outro. Eu já entrei no quarto desabotoando a camisa dele e ele tirando a minha camisola.— Você não pode ficar andando assim em casa...— Por que não?— Porque eu não quero os outros olhando para você...Eu não sei qual era o limite que eu estava tentando encontrar. Eu me entregava inteiramente para ele e me deixava levar pelo toque de suas mãos quentes passando em mim.Ele me deitou na cama apenas de calcinha e ele tinha tirado toda a roupa dele.Os dedos do Leonardo estavam dentro de mim brincando com a minha