Benjamin
A semana passou rapidamente e, finalmente, chegou o dia da viagem. Estávamos no hangar particular da alcateia, prontos para partir. Connor e Astoria estavam conosco, e eu dava as últimas instruções a Connor sobre a alcateia.
"Connor, não se esqueça de avisar sobre qualquer problema. Estarei com o telefone ligado o tempo todo," disse, tentando esconder minha preocupação.
"Ben, relaxe. Está tudo sob controle. Assim que chegarem, nos avise. Aproveitem a viagem," respondeu Connor, com um sorriso confiante.
"Mesmo assim, não hesite se algo grave acontecer, principalmente com Rubi," acrescentei, olhando para minha irmã.
"Fica tranquilo. Você acha que com a mamãe e com a Elain ela terá qualquer problema? Juntas elas criaram 8 crianças," respondeu Astoria. Dei uma risadinha, sabendo que era verdade, mas aquilo não diminuía meu rece
RavennaSaí da massagem sentindo-me uma nova pessoa. As dores nas costas e nos quadris tinham diminuído consideravelmente, e meu corpo parecia mais leve. Ben estava esperando do lado de fora da sala, após uma ligação, com um olhar ansioso."Como você está se sentindo agora, amor?" perguntou, levantando-se rapidamente e vindo em minha direção."Bem melhor. A massagem foi incrível," respondi, sorrindo para ele. "Vamos tomar um suco no restaurante?""Claro, vamos lá," ele disse, segurando minha mão e guiando-me pelo corredor.O restaurante do spa era acolhedor, com grandes janelas que deixavam entrar a luz do sol e ofereciam uma vista deslumbrante da praia. As mesas estavam espalhadas em um espaço amplo, decorado com plantas e flores frescas que adicionavam um toque de frescor ao ambiente. Sentamos em uma mesa perto da janela, e eu não pud
BenjaminEstávamos no quarto, nos arrumando para o luau que aconteceria mais tarde. Ravenna parecia tensa, e embora eu tentasse não me preocupar, era impossível ignorar a inquietação em seus olhos. Enquanto ela se olhava no espelho, percebi que seus movimentos estavam mais lentos e hesitantes."Rav, fala comigo. Não está se sentindo bem, meu amor?" perguntei, tentando manter a calma."Não é isso, só estou um pouco desconfortável," respondeu ela, forçando um sorriso.Continuei me vestindo, mas não conseguia tirar os olhos dela. Cada vez que ela se mexia, parecia estar lutando contra alguma dor interna. Chegou um momento em que ela não aguentou mais e deixou que as lágrimas molhassem seu rosto."Ravenna, o que está acontecendo?" perguntei, apavorado, indo rapidamente até ela."Eu não sei, Ben," sussurrou, as lágr
RavennaEu estava assustada com tudo o que estava acontecendo. As dores eram intensas e tudo parecia se desenrolar rápido demais. Segurei a mão de Ben com força, meu único ponto de segurança no meio do caos."Ben, por favor, não saia do meu lado," pedi, as lágrimas escorrendo pelo meu rosto."Eu não vou a lugar nenhum, amor. Estou aqui com você," ele respondeu, sua voz tensa tanto quanto a minha.A equipe trouxe uma cadeira de rodas para mim, e eu me sentei com a ajuda de Ben. Cada movimento era doloroso, e eu sentia meu corpo tremer de medo e incerteza. Ben empurrou a cadeira de rodas, não deixando que ninguém se aproximasse de mim, enquanto a equipe nos guiava até a ambulância que nos levaria ao hospital."Vai ficar tudo bem, Luna. Eu te prometo," ele disse, beijando minha cabeça e me ajudando a entrar na ambulância e deitar na maca."Pode
BenjaminEu estava tenso ao lado de Ravenna, vendo o quanto ela estava sofrendo. Meu lobo se debatia em meu peito, ansioso por fazer mais, por aliviar sua dor de alguma forma. Cada grito de dor dela era uma facada em meu coração, e me sentia impotente diante da situação."Senhor, quer entrar na banheira com ela?" a enfermeira perguntou, interrompendo meus pensamentos sombrios."Sim, claro," respondi sem hesitar. Levantei-me e fui até um lugar ao lado para me esterilizar antes de entrar.Voltei e entrei na banheira, sentando-me atrás de Ravenna. Ela descansou em meu peito, e eu envolvi meus braços ao redor dela, tentando transmitir toda a força e amor que eu tinha. Minhas mãos pousaram em sua barriga, e ela as segurou com força, jogando sua cabeça sobre meu ombro, cansada."Estou aqui, amor. Você está indo muito bem," sussurrei em seu ouvido, s
RavennaAs emoções me inundavam como uma maré, cada onda trazendo uma nova camada de amor, gratidão e alívio. Ver Ben com Rael em seus braços era um sonho realizado. Seus olhos brilhavam com um amor tão profundo que meu coração se apertou de felicidade."Ele é perfeito," murmurei, observando cada movimento do nosso bebê. "Não consigo acreditar que finalmente estamos todos juntos."Ben olhou para mim, seus olhos refletindo a mesma emoção que eu sentia. "Sim, ele é perfeito. Você foi incrível, Ravenna. Mais uma vez."Com a ajuda da enfermeira, fomos levados de volta ao nosso quarto. Ben segurava Rael com tanto cuidado, como se estivesse segurando o próprio universo. Eu me deitei na cama, exausta, mas incapaz de tirar os olhos deles."Já ligou para avisar a família?" perguntei, minha voz um sussurro suave."N
BenjaminEstávamos no quarto do hospital, com Ravenna amamentando Rael e eu observando a cena com um sorriso de pura felicidade. Mas logo percebi que precisávamos de algumas coisas para o nosso pequeno."Ben," Ravenna começou, me tirando dos meus pensamentos, "precisamos comprar algumas coisas para ele. O bebê não pode ficar sem nada até voltarmos para casa. O pessoal do SPA foi gentil em nos dar uma roupinha, mas precisamos de mais.""Eu estava pensando a mesma coisa. Não trouxemos nada, e ele não pode ficar assim até chegarmos em Dublin," respondi, determinado a garantir que Rael tivesse tudo o que precisava. "Você ficará bem sozinha por algum tempo?" questionei, sentindo meu lobo rosnar para essa possibilidade."Claro. As enfermeiras estão aqui para me ajudar e, assim que ele terminar, pretendo dormir um pouco." Sorri, me levantando e beijando sua testa."Me ligue
RavennaReceber alta foi um alívio imenso. Os médicos e enfermeiras nos parabenizaram e nos deram instruções finais sobre os cuidados com Rael. Agradecemos a todos pelo carinho e pela dedicação. Ben, como sempre, cuidava de cada detalhe, carregando as malas e a bolsa do bebê."Vamos para casa," ele disse, com um sorriso confiante, ajudando-me a chegar ao carro alugado. Fiquei surpresa ao ver a BMW."Você alugou uma BMW?" questionei, rindo. "Por que não estou surpresa?"Ele deu risada. "Não há motivo para nos privarmos de conforto. Além do mais, é um pequeno luxo que podemos nos permitir."Ri de seu comentário enquanto me acomodava no banco do passageiro. Rael estava quietinho no bebê conforto, bem preso no banco de trás. Ben verificou mais uma vez para garantir que tudo estava seguro antes de entrarmos na estrada rumo ao aeroporto.Durante o trajeto, conversamos sobre como a família reagiria ao ver Rael. "Como você acha que Rubi vai reagir ao ver o irmãozinho?" perguntei, me virando n
BenjaminO jato pousou suavemente, e a sensação de estar em casa encheu meu coração de alívio. Desembarquei primeiro, pedindo para Ravenna esperar um pouco."Eu já volto, amor. Espere um instante, vou verificar como está o vento e se o nosso carro já chegou," disse, beijando sua testa e saindo em direção à escada.Assim que coloquei os pés no chão, avistei Connor encostado no carro, com um sorriso maroto nos lábios. Ele caminhou em minha direção, seus olhos brilhando de curiosidade."Vocês demoraram," ele disse, sem perder o sorriso. "Qual é a surpresa, Ben? Vai me deixar louco de curiosidade."Ri, aproximando-me e dando-lhe um abraço apertado. "Também é bom vê-lo, Connor. Senti sua falta, beta."Ele me ignorou, insistindo. "Ben, fala logo! Preciso saber o que é ou vou enlouquecer." Comecei a rir."É só com isso que se preocupa?" falei sério, cruzando os braços. "Como está minha irmã? Vocês estão bem novamente?""Estamos. Sei que para nós parece bobagem, mas para ela, a fala das garot