Benjamin Esperei até que ela saísse do banheiro, mas os segundos foram se transformando em minutos e nada dela abrir aquela porta. Meu lobo estava agitado e me incentivava a interferir em sua privacidade, enquanto meu lado humano esperava por sua permissão. "Ravenna, está tudo bem?" perguntei depois de algum tempo, abrindo e fechando minhas mãos, para tentar afastar a ansiedade que corroía meu corpo. Não havia respostas, apenas uma série de barulhos que me faziam crer que minha escolha de alimentos não tinha sido das melhores. Me sentei na cama, secando minhas mãos suadas na calça de moletom e olhando fixamente para a porta, apenas esperando a deixa que me fizesse arrombá-la. Não demorou muito até que ouvi seu choro baixinho e me levante, forçando a fechadura com mais força que o necessário. Encontrei Ravenna sentada no chão, com a cabeça encostada no azulejo e respirando rápido. Seu peito se movimentava de forma acelerada, acompanhando as lágrimas que escorriam por seu rosto. "
Benjamin "Eu preciso de respostas." falei apertando o copo em minha mão até ouvi-lo estralar com a pressão. "Me dê isso aqui, não precisamos de mais problemas." Connor arrancou o copo de mim e analisou minha postura. "Trazê-la para cá foi um desafio claro ao meu pai. Preciso que mantenha a descrição." ele me olhou surpreso e passei a mão com força por meu cabelo, o segurando no final e dando um leve puxão. "Por que está fazendo isso?" o encarei de forma mortal, e ele levantou as mãos. "Benji, eu só quero entender. Você nunca trouxe ninguém que não fosse da sua família para esse apartamento. Agora simplesmente traz uma desconhecida e ignora as ordens do alfa?" suas palavras me deixaram desconfortável e me sentei a poltrona do outro lado da sacada, abaixando minha cabeça entre as pernas, tentando deixar que minhas ideias se reformulassem. "Eu não sei explicar, só preciso de tempo." voltei a me sentar e respirei fundo. "Só mais alguns dias para entender." Connor se aproximou com cuid
RavennaSeu comentário me deixou mexida. A forma que ele me olhava estava diferente e arrumei minha postura abaixando a cabeça, para não ter mais que encarar sua intensidade azul."Peço desculpas novamente." falei olhando para o chão."Ravenna, se eu estivesse incomodado, você não estaria aqui, concorda?" seu indicador levantou meu queixo e o encarei. "Não faço nada que eu não tenha vontade, lembre-se disso." ele sorriu de forma enigmática, soltando meu queixo."Vou tentar me lembrar." dei um passo para trás, saindo de perto de seu corpo, que parecia chamar pelo meu de uma forma nova."Deveria ir se deitar. O médico disse que seu estado ainda é delicado, e que as contrações do seu estomago podem piorar o caso." ele cruzou os braços e suspirei baixo."Me sinto entediada, só isso. Teria algum livro que poderia me emprestar?" ele concordou e segurou meu pulso, me fazendo segui-lo."Pode vir até o meu escritório, quando quiser." ele abriu a porta que ficava em frente ao meu quarto.Um esc
RavennaMeu coração estava batendo de forma descontrolada, parecendo que iria sair de meu peito e dançar no chão do quarto. Minhas pernas e braços tremiam, pela emoção daqueles toques.Como aquilo tinha acontecido? Quando parei de enxergá-lo como meu anfitrião e deixei que as coisas acontecessem daquela forma?Corri ao banheiro, passando &aacu
Ravenna"Achou o que procurava, loba?" seus olhos faiscaram em minha direção e tentei me manter firme."Não ...não estava procurando nada." falei com a voz tremula."Não?" ele deu um passo em minha direção e eu dei um passo para trás. "Talvez meu imediato tenha instigado sua curiosidade." ele rosnou e me senti acuada.
BenjaminSilenciei meu lobo que me instigava a derrubar aquela porta e continuar a questioná-la. Ele estava irado com a invasão de privacidade da parte de Ravenna.Coloquei uma roupa qualquer e desci esperando Connor na portaria. Assim que seu carro apontou na esquina, fui até a calçada e entrei no banco do passageiro.
RavennaNão consegui fechar os olhos por nenhum minuto naquela noite. Fui até a cozinha em busca de um remédio que auxiliasse na dor de cabeça que eu estava sentindo.Benjamin me deixou ali sozinha e isso para mim era uma escolha clara. Ele queria que eu saísse de sua vida, e não me ajudaria a achar meu caminho, mas eu precisava de tempo.
BenjaminO apartamento continuava intacto. Ravenna não estava saindo do quarto por nada, a culpa começou a pesar em meu peito."Não sei Connor." falei com meu imediato que continuava a resmungar ao meu lado sobre o problema que eu estava criando dentro da minha alcateia. "Só mantenha essa maldita boca fechada." rosnei irritado.Ele me olhou assustado, e se afastou atendendo meu pedido. Voltei até o corredor e farejei a porta dela, que continuava trancada, sem ruídos aparentes. O cheiro de capim-limão agora se misturava com o cheiro de medo e ansiedade. Meu lobo estava arisco e queria a todo tempo vir a tona."Vá comprar alguma sopa ou caldo. Qualquer coisa leve." Connor me olhou sem entender."O que pretende com isso?""FAÇA O QUE MANDEI." Alterei minha voz com um rosnado potente no final.O lobo saiu correndo e voltei a cozinha olhando o que ela poderia ter pego para se a