Benjamin
O avião tocou o solo mexicano com um solavanco suave. Olhei para Ravenna, que dormia ao meu lado, exausta pela tensão e ansiedade. Toquei seu ombro suavemente, sentindo um misto de alívio e preocupação.
“Rav, acorda,” sussurrei, tentando ser o mais gentil possível. "Chegamos, querida." Beijei sua testa, sentindo que estava um pouco quente.
Ela abriu os olhos devagar, assustada por um instante antes de perceber onde estávamos. “Já chegamos?” perguntou, a euforia substituindo rapidamente o medo em seus olhos.
“Sim, estamos no México,” respondi, sorrindo ao ver sua animação. “Vamos.”
Ravenna saiu do avião às pressas, quase correndo em direção ao carro designado para nós. Acompanhei-a, tentando manter o passo, enquanto Connor conversava com o motorista na frente.
BenjaminEntramos no quarto, prontos para descansar, com uma sensação de alívio e felicidade que não sentíamos há muito tempo. Ravenna estava radiante com Rubi em seus braços, o sorriso dela era como um farol iluminando nosso lar. Rubi, calma e satisfeita, estava aninhada contra o peito da mãe, seu lugar seguro e acolhedor.Já se passaram dois dias desde que chegamos do México, e Ravenna praticamente não soltou nossa filha desde então. Eu entendia a necessidade dela de estar perto de Rubi, de garantir que nossa menininha estava segura. No entanto, também sabia que ambas precisavam descansar.“Rav, amor, você precisa descansar. Rubi também,” disse, suavemente, enquanto a observava balançando Rubi em seus braços.Ela olhou para mim, a expressão suave, mas determinada. “Eu sei, Ben, mas não consigo. É co
BenjaminAcordei com os raio de sol, sentindo o calor suave ao meu lado na cama. Ravenna e Rubi ainda estavam dormindo profundamente. Olhei para minha filha, de apenas sete meses, e uma onda de ternura me envolveu. Com cuidado, coloquei travesseiros ao redor dela para garantir que não rolasse para fora da cama. Beijei suavemente a testa de Ravenna, relutante em deixá-las.Fui direto para o banheiro me preparar para o dia. Acordei mais tarde
RavennaEstava sentada no chão do quarto com Rubi, cercada por brinquedos novos que ela mal podia decidir com qual brincar primeiro. O som de suas risadinhas enchia o quarto, um bálsamo para minha alma ainda em recuperação. Eu a observava, tentando absorver cada momento de sua alegria, quando senti a presença de Ben na porta. Ele se encostou ali, observando-nos com uma expressão séria.“Por que essa cara tão séria, Ben?” perguntei, tentando não deixar a preocupação transparecer na voz.Ele suspirou, entrando no quarto e se agachando ao meu lado. “Meu pai avisou que no final da semana será a condenação de Sarah. Ele perguntou se gostaríamos de participar.”Uma onda de tensão atravessou meu corpo. Sabia que esse momento era inevitável, uma parte importante para encerrar o ciclo de dor e terror que Sarah havia causado. Olhei para Ben, sentindo o peso da decisão. “Eu quero ir,” disse firmemente.Ben me observou, buscando qualquer sinal de hesitação. “Você tem certeza, Rav? Isso pode ser m
BenjaminAs semanas passaram voando, e finalmente chegou o dia da união de Cameron com Ragnar, o Alfa Supremo. A comemoração estava acontecendo em Denver, na mansão de Ragnar. A opulência do lugar e a quantidade de alfas presentes era impressionante. Cada detalhe da decoração, desde as flores exuberantes até os lustres cintilantes, refletia o luxo e a grandiosidade desse evento.Ravenna estava ao meu lado, com Rubi nos braços, vestida com uma linda roupinha rosa-claro que combinava com o vestido da mãe. Ravenna, agora exibindo uma discreta barriguinha de gravidez, atraía olhares de muitos convidados.“Parece que todos estão comentando sobre a nossa união e nossos filhos,” disse eu, sorrindo para Ravenna.Ela riu suavemente, acariciando a cabeça de Rubi. “Sim, é engraçado pensar que tudo começou aqui, nesse lugar. Foi onde nos vimos pela primeira vez, onde deixamos a loucura nos dominar e nos entregamos ao desejo que nos consumiu.”Assenti, a lembrança ainda vívida na minha mente. “Sim
CameronEu estava sentada em um quarto luxuosamente decorado, cercada por todos os preparativos para o meu casamento com Ragnar. O vestido de noiva, pendurado ao meu lado, era absolutamente deslumbrante, mas meu coração estava pesado de tristeza. Não queria me casar com Ragnar. Cada fibra do meu ser ansiava por Tayrus, o homem que eu amava de verdade. Tudo parecia tão errado.O som da porta se abrindo interrompeu meus pensamentos. Minha mãe, Celine, entrou na sala, a preocupação evidente em seus olhos. Eu ainda não estava vestida, apenas envolta no roupão de seda branco que me deram."Querida, como está se sentindo?" ela perguntou suavemente, se aproximando de mim.Suspirei, olhando para ela. "Estou... confusa, mãe. Isso tudo parece tão errado. Eu não quero me casar com Ragnar. Eu sinto falta de Tayrus. Amo ele." senti minhas mãos frias, e olhei para meus dedos que tremiam, fazendo o tecido branco se mover rapidamente.Celine se sentou ao meu lado, pegando minhas mãos nas suas. "Camero
BenjaminAlguns meses se passaram desde que a calmaria voltou a tomar conta de nosso lar. Conforme nosso pequeno filho se desenvolvia dentro de Ravenna, Rubi se tornava a garotinha mais linda e esperta que eu conhecia."Alfa, estão precisando de sua atenção lá na área central." Um dos meus lobos me chamou, e o acompanhei.Era bonito ver como a alcateia começava a tomar forma depois de tanto tempo de devastação nas mãos de Mason. A cada dia, um novo sorriso surgia nos lábios do povo e me fazia sentir como se eu estivesse no caminho certo."O que aconteceu?" questionei, observando várias pessoas paradas ao redor de uma árvore antiga."Temos que retirar essa árvore daqui. Ela está comprometendo todo o chão e as estruturas tubulares, mas..." ele não conseguiu terminar de falar."Não podem tirar uma árvore centenária. Ela está aqui, antes de qualquer um de nós. A alcateia foi formada ao redor dela e é injusto apenas a descartar." Soltei o ar exasperado e passei as mãos pelo cabelo.A única
BenjaminApós a conversa com Connor, algo dentro de mim pareceu aflorar e meu lobo se sentiu inquieto, como se não estivéssemos dando a total atenção que deveríamos a nossa companheira e nossa família.Assim que saí da casa dele, fui direto para a minha, em busca de Ravenna. Eu precisava olhá-la e ver que não estava deixando de lado seus sentimentos e nossa relação.Ver o que aconteceu com Connor e Tory clareou um lado de minha mente e, pela primeira vez em meses, me senti desconectado de minha companheira."Bom dia, senhor Reynolds," uma das lobas que trabalhava em minha casa me cumprimentou, assim que passei pela porta."Bom dia, onde está a senhora Reynolds?" questionei, e a loba me indicou o jardim. Avancei pelo amplo salão, tentando manter a postura, mas meu lobo queria correr em direção a ela.Por onde eu passava, os funcionários da casa me cumprimentavam, porém, eu mal movia minha cabeça. Meu foco estava completamente em ver minha companheira e ter certeza de que ela era feliz
RavennaA presença de Benjamin tão cedo em casa acendeu um alerta em minha mente. Eu queria acreditar que era só a tensão de ver sua irmã e seu amigo em uma confusão de sentimentos, mas, ao mesmo tempo, eu pensava que o peso de tudo que aconteceu estava realmente mexendo com ele.Ser alfa era algo que ele queria, mas a forma como aconteceu não foi planejada. Talvez Ben precisasse de um escape, e eu precisava ajudá-lo com isso."Vamos fazer assim, vou tentar organizar as coisas que faltam para o aniversário da Rubi e para a chegada do bebê. Se der tempo, vamos neste final de semana; se não, vamos depois do aniversário dela. Pode ser?" questionei, sentindo a intensidade emanar de seu corpo."Posso contratar pessoas para ajudá-la com isso," ele falou se levantando e estendendo a mão para que eu fizesse o mesmo. Ao me levantar, coloquei as mãos nas costas,