LAURANaquela noite não fizemos apenas sexo, fizemos amor de maneira fluida e natural. Foi tudo lindo e perfeito. Feito sem pressa, cheio de carícias, tesão e delicadeza.No dia seguinte, Enzo conseguiu um encaixe para eu me consultar com uma obstetra na melhor clínica da cidade. Eu estava nervosa e ele também. Queríamos logo poder saber se estava tudo bem com o nosso bebê. Eu também sentia que ele estava ali, mas esse sentir apenas não me acalmava ou era o suficiente.— Laura Cabrine — chamou a secretária da médica.— Sou eu. — Nós nos levantamos e de mãos dadas entramos no consultório.— Olá, Srta. Cabrine. Como vai? Sente-se, por favor — pediu a médica com grande receptividade. — E o senhor deve ser o pai, presumo. — Estendeu a sua mão para Enzo.— Sim.Sentamo-nos à sua frente.— Fiquem à vontade. Vou olhar o resultado do seu teste sanguíneo de gravidez feito esta manhã — disse ela abrindo um envelope. — Ah! Meus parabéns! Vocês serão papais! — disse sorrindo alegremente.Eu ainda
LAURAMais tarde tomei o meu banho e me arrumei para o jantar com Enzo. Calcei sandálias pretas e vesti um vestido novo de cor champanhe, simplesmente lindo. Ele era justo ao corpo, alças finas, decote em "V" nos seios e de comprimento um pouco acima dos joelhos. Sequei os meus cabelos e os deixei soltos, depois fiz uma leve maquiagem caprichando na máscara de cílios.— Uau! Que mulher linda eu tenho! — elogiou Enzo ao entrar no closet.— Você gostou?— Não, eu não gostei. Eu amei! — Abraçando-me por trás olhando-me pelo reflexo do espelho à minha frente. — Você acha que será uma menina ou menino? — perguntou repousando a sua mão na minha barriga.— Eu acho que será um menino.— Eu acho que vai ser uma menina. Será que já devo começar a treinar a segurança dela? — perguntou sério e eu gargalhei.— Até parece que se for uma menina, não será você mesmo quem fará a segurança. Tenho certeza disso!Ele riu e beijou o meu rosto.— Você está enganada, amor. Ela terá a sua própria segurança,
LAURAO restante da nossa noite foi ainda mais bela e romântica do que já estava sendo antes do pedido. Nós nos beijamos, dançamos uma música lenta sob o lindo luar e fizemos juras de amor eterno um ao outro. Em casa, nós nos amamos com paixão na nossa cama, no chão, na banheira, sobre a bancada da pia, no banheiro e no chuveiro, antes de voltarmos para a cama e começar tudo de novo vendo o dia nascer. Após contar a notícia para todos da família no dia seguinte, durante o café da manhã de domingo, Enzo me deu três semanas para organizar o casamento.— O quê? Três semanas? Mas isso não vai dar nem para encontrar o vestido da noiva! — disse Angelita a Enzo.— Então você terá que ajudá-la com a organização ou iremos nos casar sem bolo, flores e vestido — respondeu Enzo.As três semanas também me pegaram de surpresa. Na noite anterior, quando Enzo disse querer que acontecesse logo o nosso casamento, pensei que o seu "logo" seria em três ou quatro meses, mas não em vinte e um dias.Depois
LAURADespedimo-nos de todos e subimos para o nosso quarto. Enzo ajudou-me a tirar o vestido e beijou o meu ombro e pescoço, fazendo-me arrepiar. Virei-me para ele e o beijei com paixão e tesão. O nosso beijo esquentou e as suas mãos foram para a minha bunda, puxando-me mais para ele e permitindo que eu sentisse a sua ereção tão rochosa guardada dentro da calça.— Me deu até água na boca — sussurrei nos seus lábios.— Não vou te amar assim, Laura. Será nossa primeira noite de marido e mulher e eu não quero que seja rápido. Além de que quero que seja onde eu possa te fazer gritar muito — disse com provocação, roçando os seus lábios nos meus.— Mal posso esperar para chegar ao Caribe.Nós embarcamos às sete da noite com destino direto a nossa lua de mel, onde passaríamos sete dias sozinhos em uma ilha privada. O voo durou quase cinco horas e usamos esse tempo para dormir e descansar, já que estávamos exaustos com o dia e a correria com os últimos preparativos do casamento.Quando enfim
LAURANo dia seguinte, aproveitamos cada segundo do dia, tarde e noite. Ali não éramos a família super vigiada ou o Chefe italiano e a sua esposa traumatizada. Éramos só nós, a família Albertinni. Eu, meu amor e nossos filhos.Na volta para casa, Enzo veio me preparando para a cerimônia que aconteceria na noite seguinte, na qual eu seria apresentada a todos como a esposa da máfia. Eu estava um pouco nervosa com o evento, mas também muito feliz que as coisas estivessem dando tão certo para nós dois.No início, quando ele anunciou o nosso noivado, tive medo de sofrer rejeição pelo Conselho da máfia por não ter nascido na "família" e de que também me comparassem a Monalisa, fadando o destino do nosso relacionamento a um fim trágico e cheio de traições como o do seu primeiro casamento, mas felizmente isso não aconteceu. Acho que todos, até mesmo aqueles velhos homens de feição carrancuda, conseguiram ver o nosso amor.O dia seguinte passou e a noite chegou trazendo a tão ansiada cerimônia
LAURAHonestamente, eu tinha pena da Melissa. Ela nunca seria capaz de achar alguém com quem sentir e dividir alegrias e o amor que eu e Enzo dividíamos. Havia tanta amargura e ódio no seu coração, que isso a deixava doente e provocaria uma vida infeliz. Assim que ela passou por mim, escorei-me no balcão respirando fundo e levei a taça em direção à minha boca, mas antes que a sua borda tocasse os meus lábios, ela foi rapidamente retirada da minha mão por Serra.— Mas o que você está fazendo? — perguntei confusa, encarando-o.— Não vai beber isto! Tenho certeza de que vi Melissa colocar algo no suco enquanto estava distraída conversando com aquela senhora, esposa do conselheiro.— O quê? Não é possível que ela tentaria algo assim, ainda mais aqui no meio de todos! — disse incrédula.— O que está acontecendo? — perguntou Giovanni parando ao nosso lado.— Tenho certeza de que vi Melissa colocar algo no suco quando a taça estava sobre o balcão e enquanto Laura conversava distraída — respo
LAURAAo entramos, os seus seguranças detinham Melissa segurando-a firmemente, prendendo-a contra uma pilastra.— Senhor Albertinni... O que está havendo aqui? Por que a minha filha está amarrada a esta pilastra? — perguntou o pai da Melissa, apavorado. Logo atrás dele desceu pela escada, o restante do Conselho e Giovanni. — Exijo saber o que está acontecendo!— Eu convoco o Conselho aqui para um julgamento neste instante! — disse Enzo.Os nove membros do Conselho posicionaram-se um ao lado do outro próximo à parede. Melissa começou a deixar a sua marra cair e mostrar o seu medo. As suas pernas tremiam e a sua respiração era ofegante. Enzo havia me contado algumas coisas a respeito de um julgamento na máfia e nele só existia uma única pena para quem era um julgado como um traidor: a morte. Ela vem em diversas formas de execução, desde as mais rápidas até as mais cruéis e torturantes.— Eu acuso Melissa Viglorio de tentativa de assassinato contra a minha esposa, Laura Albertinni — pron
ENZOAcordei cedo e saí de casa antes que Laura acordasse. O sol ainda nem sequer brilhava direito no céu. Seria um dia cheio. Eu tinha um encontro com o meu novo carcereiro e depois outro encontro com o Conselho antes da execução de Melissa. Ainda havia tempo para a revogação da sentença e eu queria garantir que isso não aconteceria.Tomei o meu banho e me arrumei fazendo o mínimo de ruído possível para não acordar a minha esposa. Antes que passasse pela porta, parei e voltei para escrever um bilhete a ela, para que não ficasse preocupada comigo. Caminhei até o jarro com rosas de todas as cores sobre o aparador, próximo ao closet, e apanhei uma rosa branca voltando em seguida até a cama.Sobre o meu travesseiro, deixei a flor e o bilhete com uma pequena declaração de amor. Velei o seu sono por breves segundos observando o jeito que dormia de barriga para cima com a mão esquerda guardando o seu ventre que começava a crescer. Deixei o quarto e encontrei o meu pai no corredor.— Saindo