LAURADespedimo-nos de todos e subimos para o nosso quarto. Enzo ajudou-me a tirar o vestido e beijou o meu ombro e pescoço, fazendo-me arrepiar. Virei-me para ele e o beijei com paixão e tesão. O nosso beijo esquentou e as suas mãos foram para a minha bunda, puxando-me mais para ele e permitindo que eu sentisse a sua ereção tão rochosa guardada dentro da calça.— Me deu até água na boca — sussurrei nos seus lábios.— Não vou te amar assim, Laura. Será nossa primeira noite de marido e mulher e eu não quero que seja rápido. Além de que quero que seja onde eu possa te fazer gritar muito — disse com provocação, roçando os seus lábios nos meus.— Mal posso esperar para chegar ao Caribe.Nós embarcamos às sete da noite com destino direto a nossa lua de mel, onde passaríamos sete dias sozinhos em uma ilha privada. O voo durou quase cinco horas e usamos esse tempo para dormir e descansar, já que estávamos exaustos com o dia e a correria com os últimos preparativos do casamento.Quando enfim
LAURANo dia seguinte, aproveitamos cada segundo do dia, tarde e noite. Ali não éramos a família super vigiada ou o Chefe italiano e a sua esposa traumatizada. Éramos só nós, a família Albertinni. Eu, meu amor e nossos filhos.Na volta para casa, Enzo veio me preparando para a cerimônia que aconteceria na noite seguinte, na qual eu seria apresentada a todos como a esposa da máfia. Eu estava um pouco nervosa com o evento, mas também muito feliz que as coisas estivessem dando tão certo para nós dois.No início, quando ele anunciou o nosso noivado, tive medo de sofrer rejeição pelo Conselho da máfia por não ter nascido na "família" e de que também me comparassem a Monalisa, fadando o destino do nosso relacionamento a um fim trágico e cheio de traições como o do seu primeiro casamento, mas felizmente isso não aconteceu. Acho que todos, até mesmo aqueles velhos homens de feição carrancuda, conseguiram ver o nosso amor.O dia seguinte passou e a noite chegou trazendo a tão ansiada cerimônia
LAURAHonestamente, eu tinha pena da Melissa. Ela nunca seria capaz de achar alguém com quem sentir e dividir alegrias e o amor que eu e Enzo dividíamos. Havia tanta amargura e ódio no seu coração, que isso a deixava doente e provocaria uma vida infeliz. Assim que ela passou por mim, escorei-me no balcão respirando fundo e levei a taça em direção à minha boca, mas antes que a sua borda tocasse os meus lábios, ela foi rapidamente retirada da minha mão por Serra.— Mas o que você está fazendo? — perguntei confusa, encarando-o.— Não vai beber isto! Tenho certeza de que vi Melissa colocar algo no suco enquanto estava distraída conversando com aquela senhora, esposa do conselheiro.— O quê? Não é possível que ela tentaria algo assim, ainda mais aqui no meio de todos! — disse incrédula.— O que está acontecendo? — perguntou Giovanni parando ao nosso lado.— Tenho certeza de que vi Melissa colocar algo no suco quando a taça estava sobre o balcão e enquanto Laura conversava distraída — respo
LAURAAo entramos, os seus seguranças detinham Melissa segurando-a firmemente, prendendo-a contra uma pilastra.— Senhor Albertinni... O que está havendo aqui? Por que a minha filha está amarrada a esta pilastra? — perguntou o pai da Melissa, apavorado. Logo atrás dele desceu pela escada, o restante do Conselho e Giovanni. — Exijo saber o que está acontecendo!— Eu convoco o Conselho aqui para um julgamento neste instante! — disse Enzo.Os nove membros do Conselho posicionaram-se um ao lado do outro próximo à parede. Melissa começou a deixar a sua marra cair e mostrar o seu medo. As suas pernas tremiam e a sua respiração era ofegante. Enzo havia me contado algumas coisas a respeito de um julgamento na máfia e nele só existia uma única pena para quem era um julgado como um traidor: a morte. Ela vem em diversas formas de execução, desde as mais rápidas até as mais cruéis e torturantes.— Eu acuso Melissa Viglorio de tentativa de assassinato contra a minha esposa, Laura Albertinni — pron
ENZOAcordei cedo e saí de casa antes que Laura acordasse. O sol ainda nem sequer brilhava direito no céu. Seria um dia cheio. Eu tinha um encontro com o meu novo carcereiro e depois outro encontro com o Conselho antes da execução de Melissa. Ainda havia tempo para a revogação da sentença e eu queria garantir que isso não aconteceria.Tomei o meu banho e me arrumei fazendo o mínimo de ruído possível para não acordar a minha esposa. Antes que passasse pela porta, parei e voltei para escrever um bilhete a ela, para que não ficasse preocupada comigo. Caminhei até o jarro com rosas de todas as cores sobre o aparador, próximo ao closet, e apanhei uma rosa branca voltando em seguida até a cama.Sobre o meu travesseiro, deixei a flor e o bilhete com uma pequena declaração de amor. Velei o seu sono por breves segundos observando o jeito que dormia de barriga para cima com a mão esquerda guardando o seu ventre que começava a crescer. Deixei o quarto e encontrei o meu pai no corredor.— Saindo
ENZOTomei o meu banho no banheiro do quarto de hóspedes e vesti com um terno limpo. Saí de lá e segui ao encontro com o Conselho, já estava quinze minutos atrasado. Ao chegar onde estavam todos reunidos, deixei claro a minha vontade de que a pena de execução fosse aplicada. O Conselho, em comum acordo com o meu pai e eu conselheiro pessoal, decidiram que a pena de morte por enforcamento seria aplicada.Mais tarde, quando o sol já havia se posto, liguei para casa para saber como estavam as coisas. Laura atendeu ao celular no primeiro toque.— Estava esperando a sua ligação. — Oi, meu anjo. Como estão as coisas por aí?— Tudo certo. E por aí?— Está tudo bem. Só liguei para dizer que eu amo vocês e para avisar que não irei chegar a tempo do jantar.— Tudo bem. Já esperava por isso. — Eu tenho que ir.— Nós também amamos você, Enzo.— Me espere acordada. Chegarei antes da meia-noite.— Claro. Até daqui a pouco.— Até, amor. Dê um beijo no nosso filho por mim.— Eu farei. Encerramos a
LAURAOs dias foram se passando e tudo foi ficando para trás. Eu já me encontrava no sétimo mês de gestação e a minha cunhada Angelita decidiu que devemos fazer um chá de bebê para Alícia. Eu não tinha muitas amigas, mas estava começando novas amizades com as mulheres da máfia.Ela se encarregou de cuidar de tudo e no fim ficou perfeito. O chá foi no nosso jardim dos fundos e contamos com poucos convidados, que deram o total de cinquenta pessoas. Estava no meu quarto terminando de me arrumar quando uma leve batida soou na porta e Angelita passou por ela em seguida.— Está pronta? — perguntou ela sorridente vindo até mim.— Estou sim. — Levantei-me da penteadeira ao canto do quarto.— Tem algo que preciso muito te contar. — disse ela com um enorme sorriso no rosto.— O que é? Não me diga que também está grávida — falei com enorme ansiedade e curiosidade.— O quê? Não! Ao menos ainda não. Mas a notícia é que... — se interrompeu e estendeu-me a sua mão esquerda, onde vi um solitário da T
LAURAAmava de verdade estar à espera de um filho, mas nem tudo estava sendo às mil maravilhas como sempre li e ouvi as mulheres descreverem. Acho que na hora de falar sobre maternidade, elas se empolgam e esquecem-se de relatar as partes terríveis. Estar no final de uma gestação não era nada agradável.Maldita aquela que disse que estar grávida era o paraíso ou a oitava maravilha do mundo. Se você ouviu uma gestante dizer isso a você, referindo-se à gestação inteira, cuidado! Ela está mentindo. Esta mulher apenas quer que você pense que tudo é incrível para engravidar e viva a tortura de uma reta final que ela viveu, assim, não se sentirá sozinha no universo da maternidade.Desde o final do oitavo mês, eu não sabia o que era dormir, transar, ou vestir uma roupa e me achar bonita. E nem vamos falar dos pés e rosto inchados. Mas querem saber de uma coisa? Independente de tudo isso, eu mal podia esperar para estar com a minha filha nos meus braços e sentir o seu cheirinho único pela pri