ENZOEstava saindo de um dos galpões de armazenamento de drogas, quando senti o meu celular vibrar no bolso interno do meu paletó. Era Laura. Olhei as horas no meu relógio de pulso e vi que já passava das nove da noite. Sabia que era tarde, mas não tinha a noção de que havia perdido o jantar.— Oi, amor. Desculpe. Sei que perdi o jantar — disse ao atender.— É, você perdeu, mas tudo bem. Eu sei que está ocupado. Só quero saber se está tudo bem com você. Sumiu o dia todo, nunca some assim. Sempre liga ou manda mensagens no meio do dia.— Estou bem, mas ainda cheio de problemas. Estou saindo da empresa agora — menti. Não queria envolver Laura nesse mundo e expô-la ainda mais ao perigo ou às consequências dos meus atos ilícitos. — Logo chegarei, não fique preocupada.— Está bem. Até daqui a pouco, então.— Até. — Encerrei a chamada.Demorei mais do que o previsto, falando ao telefone com Serra. Ele tinha uma notícia sobre Fahorelli. Ele estava na Alemanha, território inimigo tanto para m
ENZOAjoelhei-me entre as suas pernas e olho no olho, comecei a tirar a sua calcinha vagarosamente. Ela tinha um olhar quente, excitado e estava toda arrepiada dos pés à cabeça. Passei a calcinha pelos seus pés sempre tão bem cuidados, admirando as unhas pintadas delicadamente em um tom rosa-claro.Acariciei as suas coxas e abaixei a minha cabeça de encontro a sua intimidade, quando o meu celular tocou sobre o criado-mudo ao lado. Laura suspirou frustrada e eu também. De longe vi o nome do Serra se iluminar na tela e soube que era uma emergência, eu tinha que atender. Ele nunca me ligava depois que eu chegava em casa, conhecia bem as minhas regras e sabia que para me perturbar depois que já estava no meu recinto, só se fosse caso de vida ou morte.— Desculpe-me, amor. Mas eu tenho que atender.Laura não me respondeu, apenas por sua feição soube que odiou eu dizer isso e o nosso momento ser interrompido.— Quem morreu? — perguntei ao atender a ligação, saindo da cama com muita indignaç
ENZOAnos atrás...— Enzo Ravouli Albertinni. Você aceita Monalisa Gilbert, como a sua legítima esposa?— Aceito — disse com um imenso sorriso e firmeza.— Monalisa Gilbert. Você aceita Enzo Ravouli Albertinni, como o seu legítimo marido?— Sim — disse ela emocionada.— Alianças, por favor — pediu o padre.O meu primo Tonny entregou as alianças ao padre, que a benzeu e me entregou a dela, enquanto ela recebia a minha.— Monalisa. Aceite esta aliança como prova do meu amor, fidelidade, lealdade e gratidão por todos os dias que você se desposar ao meu lado — disse e coloquei a aliança no seu dedo.— Enzo. Aceite esta aliança como prova do meu amor eterno por você. Em sinal de gratidão por tudo o que fez por mim até aqui e por tudo que eu sei que ainda fará. Aceite como símbolo da minha promessa de lealdade, fidelidade e companheirismo para os bons e maus momentos.— Eu te amo. — Beijei-a depois que ela colocou a aliança no meu dedo, sem esperar pelo padre permitir ou nos declarar marido
LAURALogo depois Giovanni, eu também fui para o quarto e segui para o banho. Deitei na sua cama, mas não dormi. Fiquei acordada esperando por ele, mesmo depois do aviso do seu pai. Eram duas da manhã e ele não havia chegado, ligado ou mandado uma mensagem sequer. Adormeci vencida pelo cansaço, chorando silenciosamente sozinha no quarto escuro.Acordei às oito com Lorenzo fazendo carinho no meu rosto com a sua pequena mãozinha macia. Ele já estava de roupa trocada e com bigodinho de suco de uva. Sorri e sentei-me na cama espreguiçando-me.— Quem arrumou você?— A Anna.— Você já viu o seu pai hoje?— Não. E você?— Também não. Onde está o Caio?— Dormindo.— Ainda? — Ele assentiu. — Por que não vai acordá-lo enquanto eu me arrumo?— Está bem.— Mas lembre-se de acordá-lo com jeitinho, ele está dodói.— Vou acordar ele com jeitinho — garantiu e saiu do quarto.Levantei-me e tomei um banho lavando os cabelos. Ao sair do banheiro, encontrei Enzo no quarto.— Oi! — disse sorridente e cami
RODRIGOFiquei por semanas tentando me livrar dos cães de guarda que o playboy colocou nas minhas costas e à espreita esperando o momento certo e estudando tudo à sua volta para saber como pegá-la de volta para mim. Só sairia daquele país com Laura. A tentativa de pegá-la no apartamento foi falha, assim como a de matar o Caio.Quando descobri que ela estava metida com um ricaço da cidade, fiquei louco. Ela sempre gostou de bancar a difícil para cima de mim, mas com ele foi sem dificuldades. Saquei qual era a sua. Ela devia estar de olho na grana que levaria nessa. Laura nunca foi burra ou deu ponto sem nó. No entanto, só de imaginar aquele playboy colocando as suas mãos nela, ficava louco.Por dias observei a casa e os empregados. Já conhecia a rotina de cada pessoa ali. Havia bolado um bom plano e já sabia de quem me aproximar para executá-lo. Precisava de um acesso rápido àquela casa para pegar Laura e matar o rico que achava que podia passar a mão no que pertencia a Rodrigo Figueir
LAURAAcordei já era tarde e o sol estava se pondo. Os meus olhos estavam um pouco inchados e avermelhados. Bateram na porta do quarto e, quando perguntei quem era, Caio se pronunciou do outro lado. Terminei de me vestir e fui até lá, abrindo-a.— Está tudo bem? — perguntou ele.— Está. Por quê?— Você está trancada aí dentro o dia todo.— Só estava cansada. Passei a noite controlando a febre do Lorenzo.— Ele saiu com o avô. Quer comer alguma coisa?— Quero. Para onde foram? — Saí do quarto.— Não sei. Ele disse que ia levar Lorenzo para se distrair.— Ele passou bem à tarde?— Sim, só chateado. E você? Conseguiu falar com Enzo?— Não. Ele não me atende e nem responde as minhas mensagens. E para ficar ainda mais interessante, descobri que ele está atrás de alguém e escondendo algo de mim.— Como descobriu?— Escutei uma conversa do Giovanni com ele. Sei que não é educado, mas fiz isso e não me arrependo.— Você nem imagina o que possa ser?— Não.— E de quem ele estaria atrás?— Tamb
LAURALágrimas transbordaram dos meus olhos lavando o meu rosto. O meu coração doía. Estava sentindo-me usada, enganada e traída. Guardei todas as pastas de volta na gaveta e a tranquei novamente. Saímos do escritório e sentei-me nos primeiros degraus da escada.— Então... o que vai ser? — perguntou Caio. — Vamos ficar e vê-lo entrar por aquela porta anunciando a volta da digníssima esposa ou vamos nos retirar agora?— Eu quero ir embora — sussurrei. — Mas antes vou tirar satisfações, ele me deve isso!A porta da frente foi aberta e Giovanni passou por ela com Lorenzo no seu colo. Limpei o meu rosto molhado. Ele colocou o menino no chão, que correu até mim e pulou nos meus braços.— Até que enfim você acordou! Estava com saudade. — Ajeitou-se para deitar no meu colo. Acariciei os seus cabelos lisos e o seu rostinho angelical. — Você está triste — afirmou sentando-se novamente. — O que aconteceu? — perguntou curioso e preocupado. Tão novo e já sentia preocupação.— Nada. — Forcei um so
LAURATerminei de jogar as minhas coisas dentro da mala sem me preocupar em amassá-las. Giovanni saiu do quarto com Lorenzo e eu fui atrás do Caio para mandá-lo arrumar as suas malas, encontrando-o na sala de TV. Ele mais do que depressa arrumou as suas coisas enquanto esperávamos pelo táxi que chamei. Quando ele chegou, pegamos as malas e, antes que saíssemos pela porta, dois dos cães de guarda do Enzo entraram e pararam diante da porta, impedindo-nos de sair.— Lamento, mas não podemos deixar vocês saírem de casa — disse um deles.— Estamos presos aqui? — perguntou Caio exaltado.— Recebemos ordens diretas do Sr. Albertinni para não os deixar sair.— Isso só pode ser brincadeira, não é?— Se acalme, Caio. Enzo já está voltando — disse Giovanni ao entrar no hall.— Que se foda! — gritou Caio. — Quem ele pensa que é para nos manter trancados aqui? Ele não passa de um filho da puta egoísta! O que ele pensa que somos? Um passatempo? Ele pensa que Laura é seu brinquedinho? O que Enzo ain